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domingo, 9 de junho de 2013

[DO BAÚ] Got to get you into my life

Como estamos na semana do Dia dos Namorados, nada mais justo que tirar do nosso baú um conto que começa exatamente nessa data: o Dia dos Namorados!
Inspirado na música homônima dos Beatles, Got to get you into my life (ou "Tenho que ter você na minha vida") é regado a músicas e um humor bem sacado. Continue lendo pra saber mais..

Nesse conto de 2010 da fofíssima Clara Savelli, conhecemos Luísa em toda a sua transtornada dor de cotovelo pelo Dia dos Namorados. É 12 de Junho, ela está num pub lotado de casais apaixonados e não podia estar menos contente com a própria situação. Ela odeia o Dia dos Namorados, porque...


Enquanto dou meu primeiro gole, passo novamente por minha mente alguns dos motivos pelos quais eu odeio demais esse dia e sou a favor de que ele seja abolido do calendário.
1) É puro comércio e hipocrisia! É ridículo que as pessoas sejam forçadas a comprar presentes umas pra outras só por causa dessa data. E quer saber do que mais? Aposto que aquelas porcarias de floriculturas ainda só existem por causa dessa data! Tá legal, dessa e do dia das mães, mas que se dane.
2) Todo mundo arruma um rolo nas vésperas desse dia. Sério. É como se as pessoas falassem “ah, meu Deus! O dia dos namorados está chegando, preciso arrumar um estepe para não me sentir um solitário”. Gostar da pessoa? Ah, fala sério, isso é o menos importante. Afinal, romances armados não duram, não importa o que “Muito Bem Acompanhada” te mostre.
3) Todas as propagandas felizes e bonitinhas na televisão que me deixam com vontade de chorar toda vez que eu vejo. Pelo amor de Deus, isso é um preconceito! Deveria ser contra a lei que se passasse propagandas sobre amor e namorados sorridentes, num mundo em que, sabemos bem, os relacionamentos longínquos estão cada vez mais raros e fadados a desgraça.
4) Todas as amigas que conhecemos surgem com um crush doido por te contar o que ganharam de presente, ou como foi/ vai ser linda a noite romântica que o fulaninho da vez planejou.
5) E a última, mas não menos importante, coisa que eu mais detesto no dia dos namorados é o fato de que nunca, em todos os meus dezoito anos, eu o tenha passado acompanhada.
Acho que isso me deixa meio traumatizada, vá saber.
Mas, mais do que tudo, ela odeia esse dia - especialmente nesse ano - pela lembrança que ele traz. Ela poderia estar acompanhada. Ela poderia estar feliz. Mas, infelizmente, tem um dedo meio podre pra escolher namorados.

É meio difícil não odiar esse dia, quando você acabou de sair de um relacionamento do qual realmente gostava (mesmo que ele tenha durado menos de três meses, mas a culpa não foi minha, sério!), mas, aparentemente não era correspondida o suficiente. Ou pelo menos é isso que você descobre quando vê seu ex-namorado passeando de mãos dadas com uma dessas miniaturas de garotas de saltos inversamente proporcionais a sua altura, todo sorridente. E, se bobear, ele nem lembra mais qual é o seu nome.
Luísa não sabe, mas as coisas estão prestes a mudar. Ela já perdeu a conta de quantos uísques bebeu quando recebe uma bebida - e um bilhete. E junto do bilhete, a surpresa: um rapaz com um sotaque incrível, palavras lindas na ponta da língua e a capacidade estonteante de fazê-la repensar suas más impressões sobre o dia 12 de Junho...

Li esse conto da Clara já há muito tempo, mas me lembrei dele não só pelo tema - Dia dos Namorados - como também pela capacidade que ela sempre tem de misturar o irreal com a coincidência e fazer com que a gente acredite nas possibilidades - do coração, das situações e da vida. Porque coisas incríveis podem acontecer quando a gente menos espera; e por que isso não pode significar encontrar um inglês perfeito num pub bem quando a gente está mais desiludida?

Pra ler o conto na íntegra basta clicar aqui e acessá-lo no findado orkut (se sua conta ainda estiver viva).

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2 comentários:

  1. Também tem disponível aqui, gentem: http://pontodeconto.blogspot.com.br/2009/06/got-to-get-you-into-my-life.html

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