Resenha nacional, vamos ler?
"Por detrás das roupas surradas masculinas que costumava
vestir, um mundo incrivelmente estranho se escondia. Nadia sabia que sua cabeça
não era comum e que suas ideias divergiam do que era normal. Apenas ela
conseguia ver o que não existia. Apenas ela era capaz de desenhar com perfeição
um personagem visto em um sonho.
Guitarrista, estudante, filho, cético, objeto sexual de quem o quisesse. Ainda assim, Adrien não era feliz. Contudo, a vida monótona e libertina parecera ganhar um sentido especial quando estranhos sonhos se projetaram em sua mente e quando a missão aparentemente inimaginável lhe fora imposta: impedir que uma determinada garota chegasse ao Yume, o local proibido para meros humanos."
É feio
admitir, mas eu comecei a ler Yume,
primeiramente, porque fui atraída por essa capa maravilhosa. Em segundo lugar,
a temática também me atraiu. Sempre fui muito ligada à questão dos sonhos.
Em Yume,
lidamos com dois personagens principais. Temos Nadia, uma alemã que vive com a
mãe em condições financeiras muito difíceis e acaba passando mais tempo no
mundo da Lua do que na realidade. Desenhista, imaginativa em excesso, ela chega
até mesmo a ver os objetos falando consigo em seus devaneios cotidianos. O mais
estranho, porém, são os sonhos que ela tem tido, com frequência, com um rapaz
desconhecido com quem parece ter uma grande ligação. Um dia, ela recebe uma
proposta misteriosa de desenhar um personagem de seus sonhos com perfeição e é
claro que o rapaz é o escolhido.
O rapaz é
Adrien, brasileiro, que, semelhantemente tem tido sonhos com uma bela mocinha
desconhecida. É rapaz difícil, rebelde, mulherengo, que se sente muito atraído
pela doce e inocente mocinha de seus sonhos, diferente das mulheres com quem
costuma lidar.
Para que
tenha uma vida melhor, Nadia acaba sendo mandada pela mãe para o Brasil, para
morar com o primo Yooki, e só nos resta esperar com que os destinos dela e de
Adrien se cruzem.
Os
personagens são legais. São bem trabalhados, em sua maioria. Nadia é uma
protagonista agradável, Adrien beira um pouco o clichê de bad boy sofredor, mas nada prejudicial. É interessante ver, também,
as influências diferentes da autora que ela joga em alguns personagens, em
especial o peso que a cultura nipônica possui na obra, sendo vistos tanto no
primo Yooki, o cara legal que cuida de
Nadia, quanto em Arashi e Alice, amigos de Adrien, que são personagens bastante
cativantes da história.
O que me
decepcionou no livro foi que a história em si é um pouco lenta, se desenvolve,
na maior parte, com poucas coisas realmente significativas acontecendo, que eu
sinto que poderiam ter sido um pouco condensadas. A trama é relativamente
previsível.
Faltou também um desenvolvimento um pouco melhor do mundo Yume, que, na trama, é um mundo de sonhos, mas que demora bastante para aparecer e, embora seja muito mágico e encantador quando aparece (as criaturas, personagens e ambientes são mesmo dignos de um "País das Maravilhas"), deixa uma sensação de que ele poderia ter sido mais explorado. Temos uma árvore de espelhos, uma bruxa, uma súcubo, um monstro desenhado por Nadia na infância que, nesse universo, ganha vida e ainda bate papo com ela. Aparecem tão brevemente que deixam um gosto de quero mais que, pra mim, foi mais amargo do que doce, mas foi minha parte preferida da história.
No geral,
é uma boa leitura, que flui bem. Recomendável para quem gosta de romances com
uma pitadinha de sobrenatural.
Interesante el libro, lo apunto. xoxo
ResponderExcluirParece ser muito interessante
ResponderExcluirA resenha me chamou bastante atenção
Beijos
@pocketlibro
http://pocketlibro.blogspot.com.br
Parece legal, mas não vou criar muitas esperanças porque ultimamente estou chata pra julgar livros.
ResponderExcluirAh, não gostei.
ResponderExcluirNão da resenha, a resenha foi hiper boa, mas eu não gostei da história. Sei lá.
Escreva mais resenhas, Ray!
Caramba, descobri apenas agora essa resenha oO' Dá para acreditar?
ResponderExcluirHahaha. Obrigada pela resenha, querida :) Fiquei feliz em lê-la.
Abraços!