[RESENHA] Insaciável — Meg Cabot

Olá!

Hoje os vampiros que se mordam, pois essa mocinha os acha ridículos e sem sal algum. Principalmente sem vida.

Série: Insaciável #1.

Título Original: Insatiable
Editora: Galera Record
Autora: Meg Cabot

Ano: 2011
Páginas: 505

Meena Harper não acredita em vampiros. Para falar a verdade, acha que são as criaturas misóginas mais ridículas já inventadas por pessoas que não tinham nada para fazer há muitos milênios.

Mas tudo muda quando a novela Insaciável, na qual ela é colaboradora, decide inserir uma trama sobre as demoníacas criaturas sanguessugas. E de quebra começa a namorar Lucien Antonesco, um príncipe romeno tão sedutor quanto perigoso.

Afinal, Meena seria apenas mais uma garota, se não fosse paranormal: ela pode ver quando as pessoas ao seu redor irão desencarnar.

Quando eu vi esse livro na prateleira da Saraiva, no Dia dos Pais de 2011, quase pedi pro meu pai comprar. Admito, a sinopse me pegou pelo estômago e sim, me lembro do dia, pois era um domingo e eu tinha levado meu pai ao shopping, o que não acontece muito.

Enfim, após o decepcionante final de Amanhecer, tinha me desiludido com as histórias dessa nova geração de literatura vampiresca. Mas quando li a orelha de Insaciável fui mordido por uma sede louca de lê-lo.

1) A mocinha odeia vampiros em níveis homéricos;
2) Ela é co-roteirista de uma novela;
3) Um vampiro se apaixona por ela;
4) Meena é uma paranormal!

O problema era o preço, por isso só comprei há algumas semanas e logo furou a fila da minha Lista de Futuras Leituras, hehehe.

Com uma narrativa engraçada e bem amarrada (tem um ar meio de suspense policial), Meg Cabot vai nos levando para onde quer, faz com que odiemos e amemos todos os personagens. Pois é, a autora consegue humanizar todas as personagens, mas isso não quer dizer que todos são iguais nessa trama.

Não, dá pra perceber direitinho quem é do bem e do mal, só que ninguém é igualzinho 24h/dia, todos temos os nossos altos e baixos diariamente, todos temos aquela pessoa que desgostamos, aqueles amigos grossos (quase irmãos), e, claro, todos já conhecemos um vampiro na vida sem saber.

Humanizar personagens, é isso que aqueles que querem ser escritores, e os que já são, devem tirar como lição dessa leitura. Até mesmo criaturas sanguinolentas como vampiros já foram "vivos" um dia e não deixam de ser humanos só porque devem canibalizar para sobreviver. Eu acho...

Infelizmente, Insaciável sofre com o mesmo problema de 98% dos livros traduzidos para o português: as repetições infinitas da mesma palavra excessivamente. Se o narrador está falando de uma única personagem naquele parágrafo, não precisa repetir "ela" quinze vezes em sete linhas. A nossa língua é tão legal, porque os verbos indicam qual a pessoa a quem se referem; ao contrário do inglês que só muda no tempo (passado, presente e futuro), às vezes nem muda.

Fora isso, a minha primeira experiência com Meg Cabot foi empolgante e muito divertida. Pensei que seria um livro meio menininha, mas não, é um livro que agrada totalmente a homens e mulheres. É fofo, engraçado, sexualmente agradável, tenebroso, sinistro e memorável. A narrativa tem um ritmo alucinante, cheio de ganchos que nos deixam com aquela sede de continuar lendo sem parar.

Mal posso esperar para ler o segundo, e último (segundo Meg Cabot), livro da série: Mordida.

Sem dúvida uma leitura obrigatória para quem, assim como Meena Harper, não aguenta mais ouvir falar em vampiros fofinhos que não viram cinzas ao serem iluminados pelo sol.

Bem, é isso!
até...