Com a gente, não foi diferente. Cada um tem uma história pra contar, e é pra não deixar esse aniversário passar batido que viemos dividir os nossos últimos momentos de Potterheads no cinema com vocês!
Larissa:
Assisti ao último filme sozinha e em terras estrangeiras. Queria poder dizer que fui pra premiere em Londres, mas não. Na época do lançamento, eu estava em Malta, uma ilhazinha no Mediterrâneo, fazendo um curso de inglês. Era a primeira vez que eu ia ter a experiência de assistir um filme da franquia desacompanhada dos meus amigos, e justamente no último! Mas tudo bem. Eu não ia deixar de ver na estréia só por isso.
Comprei o ingresso pra pré-estréia e topei ir sozinha, porque nenhum dos amigos que fiz durante o intercâmbio era muito fã. Saí do alojamento e peguei uma fila que virava quarteirões pra uma das três salas de cinema em toda a ilha - as três iriam exibir o mesmo filme, por sinal. Tirei onda por mensagem de texto com os meus amigos porque eu veria o filme bem antes que todo mundo, considerando o fuso horário. E, depois de um super atraso na sessão, começou.
Não vou esquecer a sensação de ficar perdida no começo, porque, contra todas as possibilidades, eu
a frente do cinema no dia da pré-estréia!! |
Puf. Acabou. Pensa nos últimos dez anos da sua vida e esquece. Não tem mais esperas, não tem mais filas, não tem mais releituras de última hora pra comparar livro e filme, não tem mais definhamento nas premieres nem aquela agonia a cada teaser. Acabou e não tem nada que você possa fazer pra reviver a última década, por mais que assista cada filme cem vezes de novo. A experiência que eu tive, que você teve, ela foi única e só sua, e você, como eu, um dia vai falar dela pros seus filhos, na esperança de que eles captem uma centelha daquilo que você viveu. Mas acabou. Puf. Simples assim.
Mas a gente nunca vai esquecer.
Alice:
Minha primeira pré estreia de Harry Potter... e a última de todas. Acho que isso resume toda a mistura de euforia e nervosismo que eu senti na tarde do dia 14 enquanto tentava fracassadamente transformar meu cabelo curto no da Bellatrix Lestrange com alguns apliques que insistiam em cair. Eu mal acreditava que tinha conseguido convencer meus pais, mas lá estava minha mãe cuidadosamente pintando a marca negra no meu braço e sorrindo por ver o quanto eu estava feliz.
Sabe aquela sensação de acolhimento em um lugar onde você não conhece ninguém? Foi isso que aconteceu quando eu cheguei no andar do cinema: as pessoas sorriam, acenavam, conversavam e dividiam o nervosismo juntas. Na fila, surtei junto com uma Luna Lovegood que eu nunca descobri a verdadeira identidade.
Ou talvez tenha até descoberto e esquecido quando deu 00h13, o exato momento que as luzes se apagaram e todas as emoções possíveis vieram enquanto a última parte da história do Harry passava na telona.
E então... vieram os créditos e eu não conseguia nem me levantar. Eu soluçava, tremia e chorava, mas não tive vergonha disso, pois fui imediatamente compreendida por todas as garotas que borraram a maquiagem pelo mesmo motivo e por vários garotos que se viam perdidos após o fim.
Nunca mais teriam aquelas contagens regressivas que pareciam infinitas. Nunca mais enfrentaríamos filas enormes para comprar ingresso. Nunca mais ficaríamos loucos esperando por fotos inéditas do filme para ter alguma ideia de como estavam gravando.
Mas esse "nunca" não era tão poderoso assim. Os filmes acabaram, mas a magia daquele mundo tão nosso ainda estava lá e eu sabia que estariam por muito tempo, já que nenhuma daquelas pessoas que eu vi chorar e de milhares de outras que choraram no mundo todo deixariam que acabasse.
E hoje eu vejo que estava certa.
Drigo:
Quando a imagem vai entrando no selo da Warner Bros. em pedra já espero que seja um novo Harry Potter. Acho que vocês também. Nós nunca estamos realmente preparados para o fim, mas quando chega, vem em grande estilo.
A temida e aguardada Parte II me causou muita ansiedade, pois o dia não chegava nunca! Diferente das minhas amigas aí, acabei indo no sábado, mas a emoção não foi menor. (Foi até na mesma sala em que assisti as estreias de A Ordem da Fênix, O Enigma do Príncipe e As Relíquias da Morte - Parte I, hahaha) Ir ao cinema sozinho é bom, ainda mais quando não se conhece ninguém da sua idade ou que more perto com a mesma fixação nas histórias. A sensação de estar cercado por pessoas tão fãs quanto eu foi uma das melhores da minha vida.
Não chorei horrores, apenas umas lágrimas discretas nas lembranças de Severo, que inflamaram uma espinha, enfim... Tive medo de como fariam o roteiro, pois o sexto havia sido a adaptação mais diferente de todas, e a Parte I não colocou em xeque a reputação de Dumbledore como acontece no livro. Mas, quando assistimos todos de uma vez só, vemos que a magia do cinema é completamente diferente da magia da leitura, nem tudo cabe ali (
O melhor de tudo é que ontem, a minha vizinha de onze anos estava lá em casa com a minha mãe assistindo o 6º e a Parte I. Ver os olhinhos dela brilhando com aquele mundo, a tristeza pela destruição d'A Toca, as surpresas com a bolsa de Hermione... tudo me fez ter certeza de que um dia, os filhos de nossos filhos saberão que Hogwarts existe e esperarão suas cartas com tanta expectava quanto nós. No fim de semana re-assisto a Batalha Final de Hogwarts.
Ir a uma estreia de HP no cinema... sensação inesquecível! A ansiedade do antes era inigualável! Vi a parte 1 do Relíquias da Morte em Dublin, Irlanda, e foi memorável!
ResponderExcluirBjoka,
Livro Lab
Ahhh.. Lembro-me deste momento.
ResponderExcluirNem preciso dizer que chorei pacas. Assisti na minha própria cidade - haha -, mas foi incrível do mesmo jeito, rs!
Beijos, Lu ♥
http://luizando.blogspot.com.br
Lembro que no final do ultimo filme eu fiquei horas falando "Acabou" e com aquele vazio no peito :?
ResponderExcluirTem especial HP essa semana tbm no meu blog
http://des-construindooverbo.blogspot.com.br/
Ahhhhhh q saudade... pelo menos ainda podemos ver / ler pra sempre né...
ResponderExcluire Bates Motel é legal, acho q ainda vai melhorar mais :)