[RESENHA] As Crônicas de Nárnia 7: A Última Batalha — C. S. Lewis

Olá!

Série: The Chronicles of Narnia, livro #7

Título Original: The Last Battle

Minha Edição: 2ª (Volume Único)

Editora: wmf Martins Fontes

ISBN: 978-85-7827-069-8

Ano desta edição: 2009

Ano da publicação original: 1956

Páginas: 110

Sinopse:

"Toda grande história tem um final. Nos últimos dias de Nárnia o desonesto macaco Manhoso convence seu amigo, o burro Confuso, a vestir uma pele de leão que encontraram no rio e fingir ser Aslam, para conseguir melhores condições de vida para os habitantes daquele lado do país. Em pouquíssimas semanas a notícia de que Aslam está de volta se espalha e chega aos ouvidos do rei Tirian que parte apenas com seu fiel amigo, o unicórnio Precioso, para encontrar o Criador de Nárnia. Logo descobrem que na trama perversa, Manhoso se auto-proclamou rei de Nárnia e, em nome de Aslam, está escravizando os animais falantes e livres para os calormanos. Desacreditados de sua fé, os narnianos deixam de acreditar em Aslam, o que pode colocar todos os planos do macaco em perigo. Agora, os filhos de Adão e as filhas de Eva terão de lutar sua última batalha em Nárnia. Em nome de Aslam e até mesmo contra o maníaco deus Tash.”

Após quase um ano do fim da minha leitura de A Cadeira de Prata, decidi terminar a saga da família Pervensie e agregados às fabulosas terras narnianas e adjacências.

Quando começamos este livro de Lewis, notamos que a escrita ficou um tanto quanto rebuscada e profunda, dado que a saga é infanto-juvenil, mas ainda assim fabulosa e cheia de saudosismos desde a primeira frase.

“Nos últimos dias de Nárnia, lá para as bandas do Ocidente, depois do Ermo do Lampião e bem pertinho da grande cachoeira, vivia um macaco.”

C. S. Lewis – Cap. 1

Como não odiar Manhoso desde a primeira página até o fim? Como não tentar gritar com os personagens para que deixem de ser idiotas e corram para o outro lado? hahaha

Reis que são tapeados, golpes de sorte que nos deixam boquiabertos, um povo que está deixando de acreditar na Magia Profunda para correr atrás de um falso profeta.

E quando ninguém acredita que os Pervensie, Estáquio e cia. não são os antigos heróis e heroínas de Nárnia e dá aquela sensação de “todos eles vão arder no mármore do Inferno”.

Aqui nós temos um bom exemplo de como um povo inteligente pode dominar outro apenas pela religião, o que aconteceu por várias vezes na história da humanidade.

O rei Tirian parece mais um deslumbrado quando encontra Eustáquio e Jill do que um homem que lutou em várias batalhas. Lewis vai me desculpar, mas as falas do rei são as mais maçantes, hahaha.

Desde O Cavalo e Seu Menino aprendi a não gostar do povo da Calormânia, porque sempre querem dominar Nárnia e escravizar o povo. Isto acaba acontecendo no último livro por culpa do macaco.

Falando nisso, se Hollywood decidir fazer um quarto filme de Nárnia, sugiro que O Cavalo e Seu Menino seja uma animação dentro de A Cadeira de Prata, pois a história é contada para Eustáquio e Jill no castelo do velho Caspian X.

São essas coisas que fazem da narrativa de Lewis uma experiência única e só comparável a Tolkien (que aliás, eram grandes amigos e criaram mundos parecidos). E também é por isso que vocês não podem deixar de ler e reler essa história que é imortal e inspirou muito da literatura fantástica na segunda metade do século XX.

E aí, qual a sua crônica preferida? Diga nos comentários.

até...