[RESENHA] Enigmas de Londres: Espíritos do Tâmisa — Ben Aaronvitch

Fãs de Doctor Who, preparem seus corações!

Título Original: Rivers of London

Autor(a): Ben Aaronvitch

Editora: Fantasy – Casa da Palavra

Ano de publicação: 2012

Páginas: 368

Há algum tempo estava eu passeando despreocupadamente pelos blogs literários – adoro curtir um ócio –, quando uma frase estampada na capa de um lançamento da Casa da Palavra me chamou muita atenção.

"O que aconteceria se Harry Potter crescesse e se unisse ao CSI?"

Como fanática assumida, sou capaz de ler/comprar/assistir qualquer obra que seja comparada com a história linda, maravilhosa, magnânima, perfeita… do tão conhecido bruxinho. Fora o fato de que (aqueles que me conhecem da comunidade NRA sabem bem disso) sou fã de fantasmas. Então, quando li a sinopse e descobri que se tratava de uma trama onde um policial capaz de ver fantasmas é recrutado para trabalhar em uma força-tarefa contra crimes sobrenaturais, eu não hesitei, comprei o livro no ato.

Assim que recebi a encomenda do livro em casa, ainda tive outra maravilhosa descoberta, a obra era escrita por um antigo roteirista da série de Doctor Who. Todos os nerds pira!

Então, talvez por ter elevado demais minhas expectativas, acabei um tanto frustrada na minha leitura. A narrativa é rápida e fluida, mas as ideias não são bem encadeadas. A trama acaba confusa, talvez por um pecado na tradução, ou quem sabe pelo fato de que o autor – uma vez que é roteirista – estava acostumado a ter imagens para ilustrar seus pensamentos e acabou não os desenvolvendo com tanta clareza na escrita do livro.

De toda forma, é um livro agradável, divertido e leve. É uma leitura boa para aqueles que gostam de devorar uma obra inteira durante uma tarde livre. Em determinados momentos, achei que a trama tinha toques semelhantes a Anita Blake, no que diz respeito a criatividade para criar os personagens sobrenaturais, isso me agradou.

Deixo, por fim, um gostinho da obra para que os fãs de Harry Potter apreciem:

“– Então magia é real – eu disse. – O que faz de você um... o quê?
– Um mago.
– Como Harry Potter?
Nightingale suspirou.
– Não, não como Harry Potter.
– Em qual sentido?
– Eu não sou um personagem de ficção – disse Nightingale.”