Ao longo desses últimos 200 anos, Orgulho e Preconceito já ganhou vidas e formas diferentes. Já esteve na TV, já foi mais de uma vez pro cinema e até ganhou a internet. E como a gente adora boas adaptações, é delas que vamos falar no post de hoje!
Orgulho e Preconceito - Minissérie da BBC de 1995
Jennifer Ehle e Colin Firth
Larissa
Nessa clássica adaptação da BBC, em seis episódios somos apresentados a Lizzie Bennet, sua família, e todos aqueles conflitos que a gente já conhece da história - Bing se apaixona por Jane, Jane por Bing, Lizzie conhece Darcy, ela o odeia, ele a ama, bla bla bla, final feliz.
Um dos melhores pontos da minissérie (além da presença do Colin Firth que, vamos combinar, é um gato e não poderia ser um Darcy mais "adequado") é a fidelidade à obra. Enquanto em muitas outras adaptações uma parte da história se perde em virtude do tempo da obra, ou de alguma licença poética, na minissérie isso não aconteceu; embora eu já tenha lido o livro há uns bons anos, não consigo me lembrar de nada da história que esteja faltando nos capítulos da série. Quem já leu, pode respirar aliviado por nada ter sido cortado. E quem ainda não leu pode... não, não pode não. Leia primeiro!
Orgulho e Preconceito - Filme da Focus Features de 2005
Keira Knightley e Matthew Macfadyen
Keira Knightley e Matthew Macfadyen
Chris Salles
Mais uma adaptação
do romance de Jane Austen, o filme de Orgulho e Preconceito, foi lançado em
2005 tendo Keira Knightley no papel de Lizzy Bennet e Matthew Macfadyen como o
orgulhoso Darcy. Apesar da roteirista ter tentando ser o mais fiel possível ao
livro, permitiu-se fazer algumas alterações que, na minha opinião, só fizeram
engrandecer ainda mais a trama. Mas também, a mulher me leva quase DOIS anos
produzindo o roteiro. Algo de bom tinha que sair dali, não é? E de fato saiu.
Apesar de não gostar
muito do Macfadyen como Darcy – Collin Firth sempre será meu lorde inglês
esnobe favorito! – não há como negar que o ator, até então sem trabalhos de
expressão internacional, consegue cativar o público mesmo tendo de representar
um homem preconceituoso e arrogante.
Keira Nightly também
está ótima no papel de Lizzie, lhe emprestando um frescor e uma jovialidade que
eu sempre sentia na personagem da obra principal. Apenas os bicos teatrais e
exagerados que Keira fazia me deixaram um pouco irritada em certos momentos do
filme, mas graças a Deus tais eventos eram raros. Os atores que interpretam
Jane e Mr. Bingley também são adoráveis, tanto na fofura quanto na timidez. Então
não tem como não ficar devastada quando o Mr. B. vai embora de Netherfield
Park.
Acho que nunca um filme passou tão rápido
para mim, quanto às duas horas e nove minutos desta adaptação de Orgulho e Preconceito.
E pontos extras para o final, que não mostra beijo, claro, mas um Macfadyen
andando pelo campo em direção a Lizzie, cheio de atitude e sobretudo ao vento,
praticamente cantando “Esse cara sou eu...”.
Mas, se por um lado, a adaptação britânica tem
um “finale” bem pudico, o final alternativo americano, presente no DVD,
satisfaz as moçoilas românticas que esperam mais do que os castos beijos nas
mãos que ocorrem ao longo do filme. É de suspirar... Ai, ai...
Lost in Austen - Minissérie da ITV de 2008
Jemima Ropper e Elliot Cowan
Amanda é uma garota londrina comum, com um pequeno apartamento de sala-cozinha e um namorado que só quer saber de futebol. Ela gosta de fugir da realidade lendo seu livro favorito (como todos os leitores?), que vem a ser a maior obra de Jane Austen, Orgulho e Preconceito. Já o leu tantas vezes que até parece real para ela. Real demais. Tanto que uma noite sozinha em casa ela ouve um barulho no banheiro e vai ver o que é. Qual sua surpresa ao se deparar com a própria e única Elizabeth Bennet, a protagonista do livro, em pé bem em seu banheiro! A moça descobre uma passagem ali que interliga o mundo do livro ao mundo "real". Lizzy resolve se aventurar na vida do século XXI, enquanto Amanda realiza seu sonho de finalmente viver dentro do romance de Jane Austen. E, claro, conhecer o tão famoso Mr. Darcy!
Maria Raquel
(Pode conter spoilers, dependo do que você considere spoiler)
A minissérie é muito engraçada. Amanda descobre que existem vários lados de uma única história, e que adicionar um elemento estranho pode modificar totalmente o final. Quem assiste séries britânicas vai reconhecer muitos rostos familiares (como sempre), e quem nunca viu é um ótimo jeito de começar.
Só não gostei muito do final. Acho que poderia ser mais condizente com a realidade, algo como "às vezes seu 'príncipe' está mais perto do que imagina". Mas acho que a maioria de vocês não terá esse problema e irá amar cada minuto assistido.
Como são apenas quatro capítulos curtos a série está inteira no YouTube (sem legenda).
O que você está esperando pra assistir? Garanto que vai ser um tempo muito bem gasto!
The Lizzie Bennet Diaries - Websérie do YouTube de 2012-2013
Ashley Clements e Daniel V. Gordh
The Lizzie Bennet Diaries é uma adaptação modernizada do romance de Jane Austen, Orgulho e Preconceito. A história é narrada principalmente através dos vídeos de Lizzie Bennet em seu canal, enquanto também é acompanhada por ela e outros personagens em mídias sociais.
A série foi criada por Bernie Su e Hank Green.
Juliana
Antes de falar sobre TheLBD, preciso primeiro agradecer (acho que ainda não tinha feito isso) à alma abençoada da Maria Raquel, que apresentou a mim e outras pessoas perdidas a essa série tão maravilhosa que é The Lizzie Bennet Diaries quando ela ainda estava no comecinho. OBRIGADA, MARIA RAQUEL, SUA LINDA! *abraço*
Agora. Continuemos. \o/
Eu diria que TheLBD é, dentre as que eu conheço/já ouvi falar, a adaptação mais inovadora de O&P. Não apenas pelo formato de vlog, mas também por ter vários elementos que são diferentes da história original – elementos que só servem para preencher a história e fazê-la melhor. E também porque os roteiristas da série adaptam o livro para o mundo de hoje de uma maneira muito inteligente :D
Não é, claro, a adaptação mais fiel quando se trata de diálogos, trechos específicos e alguns personagens secundários (por conta do espaço e tempo curtos), mas o vlog segue o
enredo de uma maneira bem sutil e característica, fazendo a história fluir de um
jeito que prende o espectador. E isso se adiciona às mídias sociais utilizadas
pelos personagens (todos eles têm Twitter, alguns têm Tumblr e canais no
Youtube) e aos spin-offs da série, que, apesar de não serem obrigatórios para
quem assiste TheLBD, são muito importantes pra quem quer saber o que acontece
com os personagens ausentes nos vídeos. Essa foi, pelo menos pra mim, a melhor ideia que os criadores da série já tiveram e o que faz desta adaptação única. Os personagens interagem uns com os outros e com os
fãs, postam fotos e relatam acontecimentos que nos fazem contar os poucos dias que faltam para o
próximo vídeo.
Bem, acho que já digitei falei muito, rs. Vou deixar o link aqui e torço mesmo para que, quem ainda não assistiu, assista. Vale muito a pena. Todo mundo da NRA dá seu apoio \o/ Né, Lucie? :P HAHAHAHA
OBS: Caso seu inglês não seja bom o suficiente para entender os vídeos, sempre dá pra acessar o canal da Larissa! Ela legenda os vídeos maravilhosamente para todos poderem assistir *---------*
é o Darcy, pfvr. ele merece |
Anne Hathaway e James McAvoy
Drama biográfico sobre a escritora inglesa Jane Austen, que antes de tornar-se famosa com livros como "Orgulho e Preconceito" ou "Razão e Sensibilidade", apaixona-se perdidamente por um jovem irlandês.
Larissa
Nem sei se 'Becoming Jane' se classifica exatamente como uma adaptação. Enfim, é uma biografia romantizada, como vocês já devem imaginar. E boa parte da história se passa enquanto Jane Austen escrevia "First Impressions" - a.k.a. Orgulho e Preconceito.
O bacana do filme é ver o quanto o romance dela com Tom Lefroy (o tal jovem irlandês) a influenciou a escrever um dos romances mais célebres de todos os tempos. Jane sem dúvida tem muito da Lizzie, e Tom é claramente a inspiração para Darcy. Além disso, tem um ponto que mexeu particularmente comigo, e que aposto que vai mexer com todo mundo que se dá a escrever: enquanto a história de Darcy e Lizzie acaba com um final feliz, a de Jane e Tom não. De certa forma, através do livro, ela refaz a própria história. E não é isso que a gente mais gosta de fazer ao escrever?
Perfeito! Adoro a obra da Jane, e as suas críticas foram bem condizentes com as adaptações que pelos menos eu assisti! rs Agora fiquei muito interessada no The Lizzie Bennet Diaries, nunca tinha ouvido falar! Acho que vou experimentar rsrs
ResponderExcluirSIIIIIM! \O/\O/\O/
ExcluirExperimenta simmmmmmmmm, porque TLBD é Lindo! O fandom ultimamente tem surtado com várias coisas que estão acontecendo na série.Recomendamos muito.
ResponderExcluirNOSSA, EU TENHO MUITA COISA ATRASADA PRA VER SOBRE A JANE... JESUS...
ResponderExcluirAhh como eu amo Jane Austen, é uma das minhas autoras preferidas e Orgulho e Preconceito é um meu livro de cabeceira... ahh Mr. Darcy!
ResponderExcluirAdoro as adaptações da BBC para os livros de Austen, não curto muito os filmes.
abraços
Melissa
http://decoisasporai.blogspot.com.br/