Série: Trilogia Anômalos #1
Edição: 1
Editora: Gutenberg
ISBN: 9788582350751
Ano: 2013
Páginas: 304
Sinopse: Ser levada para uma cidade especial não estava nos planos de Sybil. Tudo o que ela mais queria era sair de Kali, zona paupérrima da guerra entre a União e o Império do Sol, e não precisar entrar para o exército. Mas ela nunca imaginou que pudesse ser um dos anômalos, um grupo especial de pessoas com mutações genéticas que os fazia ter habilidades sobre-humanas inacreditáveis. Como única sobrevivente de um naufrágio, ela agora irá se juntar a uma família adotiva na maior cidade de mutantes do continente e precisará se adaptar a uma nova realidade. E logo aprenderá que ser diferente pode ser ainda mais difícil que viver em um mundo em guerra.
Sybil Varuna tem 16 anos e é uma sobrevivente - duas vezes. Após anos de luta diária para manter-se viva em Kali, sua terra natal, bem no meio da zona de eterna guerra entre a União e o Império do Sol, ela acha que tirou a sorte grande quando é sorteada para ser transferida para uma das poucas áreas de trégua, onde finalmente começará a viver em paz; mas, por uma ironia do destino, o navio responsável pelo seu transporte, o Titanic III, afunda após um acidente de percurso, e Sybil é a única sobrevivente.
É assim que ela descobre que é uma anômala - uma humana com poderes especiais, no caso dela, relacionados à água: ela é capaz de sobreviver por muito tempo submersa sem respirar, e não é afetada pela baixa da temperatura. Após uma infinidade de testes, Sybil é designada a um lar adotivo em Pandora, uma cidade exclusivamente povoada por anômalos.
Enquanto sua vida parece melhorar consideravelmente em Pandora - ela tem uma família que adora, faz amigos na escola, tem comida boa na mesa e não corre risco de pisar numa mina terrestre a qualquer momento e ser feita em pedacinhos - logo fica claro que ser uma anômala num mundo em guerra é sinônimo de preconceito e perigo constantes. Tidos como aberrações da natureza, anômalos, como ela, são constantemente convocados para missões impossíveis ou para ficar na linha de frente da guerra, e sua vida não tem nenhum significado para a maioria dos humanos.
Se, em Pandora, nada disso pode atingi-la diretamente, as coisas mudam quando ela e três amigos são convocados para uma missão ultrasecreta do governo da União: devem invadir uma ilha afastada, controlada a mãos de ferro pelos dissidentes, e roubar dois arquivos de interesse do governo. Mesmo percebendo as evidentes falhas do planejamento, eles sabem que não tem opção, e partem. Em seu caminho, além dos obstáculos já esperados, eles se deparam com uma realidade afastada da bolha de paz de Pandora, e uma porção de revelações que vão mudar sua maneira de encarar sua própria condição como anômalos.
Quando fiquei sabendo do lançamento de A Ilha dos Dissidentes pela Gutenberg, fiquei super animada. Já tinha muito tempo que eu via a Bell (vulgo Bárbara Morais, autora) falando do livro no twitter ou no seu blog, o Nem Um Pouco Épico, e queria logo saber qual era a dessa história. Então, na Bienal do Rio, fui lá e comprei.
Não sou muito dada a distopias - li muito poucas, e dessas, confesso que só Jogos Vorazes me convenceu como uma perspectiva passível de acontecer na vida real. No geral, esse é o meu problema com o gênero: eu posso até gostar da história, mas não compro a ideia que a baseia, e, portanto, não consigo me identificar o bastante com a história. Antes de ler AIDD tive muito medo que isso acontecesse, e que eu torcesse o nariz pra tudo. Felizmente, não foi o caso. Até mesmo a origem dos anômalos é crível; a autora teve muito cuidado na construção do seu universo distópico que, embora não tenha sido 100% explicado nesse primeiro livro, fica sólido o bastante para fazer sentido pra mim. No todo, a distopia de AIDD me lembrou muito da Segunda Guerra Mundial, embora levada para um outro nível; dois blocos de nações inimigas (no caso, a União e o Império são as duas únicas nações remanescentes), uma guerra aparentemente interminável (no caso, que ocorre a centenas de anos) onde há pequenos espaços em falsa paz, inúmeros lugares que a guerra atingiu a ponto de devastação, e onde os grupos de excluídos (no caso, os anômalos) são ou levados para a execução (a linha de frente de batalha) ou para campos de concentração e/ou guetos dentro das grandes zonas habitacionais, para não se misturarem, perdendo completamente seus direitos.
Claro que o "estilo de vida" de cidades como Pandora, no livro, não é sequer comparável à realidade de um campo de concentração, mas vocês entenderam a noção geral do meu exemplo, certo? Acho que é por isso que a história se tornou tão completa pra mim.
Gostei muito de Sybil e da maior parte dos personagens secundários (Andrei ♥). Pra não falar que eles são isentos de defeitos, acho que a única coisa que me incomodou mais, num quadro geral, é que Sybil parece se adaptar muito facilmente à sua nova realidade, uma vez que é transferida para Pandora. Ainda que eu consiga entender esse conceito de que "com o que é bom a gente se acostuma fácil", não deixo de pensar que uma garota com o histórico de Sybil - vinda de um lugar que nunca conheceu paz, órfã, que passou mil necessidades na vida, que viu quase todos os seus amigos morrerem - deveria desconfiar mais das coisas e das pessoas. Ela cria laços e apegos meio rápido demais com a sua nova família, e reage quase sempre positivamente demais pro meu gosto. Sabe aquele negócio de "gato escaldado"...? Senti falta disso. Mas tive a sensação de que o caminho pra essa insegurança e desconfiança se trilhou inversamente, à partir do momento em que ela parte pra sua missão e descobre algumas verdades. Imagino que no próximo livro, o seu comportamento vá ser bem diferente do que foi até aqui.
Se você ainda não conhece A Ilha dos Dissidentes, não sabe o que está perdendo. Sério. É um livro fantástico, pra se ler em dois dias, comendo as unhas até o talo no final. Corre pra conferir :)
Oie Larissa
ResponderExcluirfiquei bastante tentada a comprar o livro na bienal, ainda mais porque o enredo me remeteu a HQ dos X.men, e como fã achei que gostaria muito.
Mas acabei não comprando (burra), e me arrependi.
Adoro distopias, e acho que irei gostar bastante dessa. Só queria saber se tem romance.
bjos
www.mybooklit.com
Não chega a ter romance não, Jacque, não na maneira mais "habitual". Rolam indícios, criam-se ships, mas não chega a vias de fato - não nesse primeiro livro ;)
ExcluirTambém tenho o pé atrás com distopias. Achei a ideia dos Jogos Vorazes bem legal, mas o universo ao redor não me convence a ponto de me fazer embarcar na história. E essa coisa de mutantes é sempre bem delicada, principalmente para quem é fã de X-men como eu rs. Mas fiquei curioso para ler.
ResponderExcluirJá está na minha lista de livros para comprar e cada vez que eu leio uma resenha nova sobre este livro, fico com mais vontade ainda de ler.
ResponderExcluirAdorei sua resenha. Eu já não tenho esse problema com distopias... eu sempre mergulho de cabeça nas fantasias, mesmo sendo muito surreal. rsrs Pelo menos é o que tem acontecido até agora.
Beijos! ;*
http://viajandocomnideck.blogspot.com.br/
Eu adorei a resenha, e desde a primeira vez que li a sinopse desse livro, fiquei super curiosa pra ler. Também não leio muitas distopias, mas quem sabe eu dou uma chance pra ele rs
ResponderExcluirEstou seguindo aqui, beijos!
Patricia
experimentandolivros.blogspot.com.br
gostei de sua resenha.. vou ler A Ilha dos Dissidentes com certeza..
ResponderExcluirhttp://www.meusfantasticoslivros.blogspot.com
Tenho que ler.. Adoro distopias. Fã de Jogos Vorazes aqui♥
ResponderExcluirhttp://estantespace.blogspot.com.br/