A entrevistada de hoje, Cynthia Bandeira Lino, nasceu na cidade de São Paulo no dia 4 de junho de 1979. Possuindo a paixão pela escrita desde pequena, já pensava em seguir a carreira de escritora anos depois da sua formação do Ensino Médio, um sonho que passou a concretizar no último ano de sua graduação em Pedagogia na Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL). Ela não esconde que a sua maior inspiração para seus escritos é a sociedade: seu primeiro livro, Desabafos de Mulher, foi lançado em 2012 pela editora Clube de Autores com um tema que aborda dificuldades de uma mulher em busca da felicidade. Já A Luta pela Libertação, sua segunda obra lançada neste ano (2013) e na mesma editora do livro anterior, conta a história de uma jovem que tenta superar seus vícios, seus refúgios.
Tive umas noções sobre o trabalho da Cyntia através do vídeo em que era a sua entrevista no PlayTV, além de alguns vídeos em palestras que ela compareceu, nas quais ela foi abordando sobre sua vivência como escritora e se posicionou tanto como escritora como leitora quanto a literatura. No papo que nós duas tivemos, a Cyntia topou nossa proposta de uma entrevista aqui no blog, a qual você confere aqui conosco :)
1) Gostaríamos de saber um pouquinho
sobre você: em sua vida, o que a fez pensar e decidir consigo mesma "Eu
vou ser escritora"? E, depois que você teve a certeza, como foi lidar com
a profissão?
Bem, eu sempre
amei a literatura desde o início de minha vida. Meu amor pelos livros e pela
escrita foi crescendo dentro do meu coração a tal ponto, que chegou um momento
que eu comecei a ter a necessidade de produzir os meus próprios textos. A
certeza veio no final da minha adolescência. Escrevi meu primeiro livro aos 22
anos, mas demorei 10 anos para conseguir publicá-lo. Quando eu finalmente
consegui ser escritora de fato, lidar com isso, a principio foi meio
complicado, pois minha literatura foi subestimada por alguns, pessoas que nem
tiveram interesse em ler o que escrevi e já foram falando mal, sem nenhum
subsídio para isso, ou seja, totalmente injustamente. Mas com o tempo, eu fui
aprendendo a levar esse tipo de gente na boa. Modéstia a parte, mas quem lê
meus livros, gosta muito. Pelo menos os leitores com quem eu falo gostam. Eu
amo a minha profissão e espero, com a ajuda de deus, conquistar mais coisas,
melhorar sempre minha escrita e fazer com que meus livros sejam conhecidos e de
preferência aceitos pelo grande público.
2) Você tem dois livros publicados:
Desabafos de Mulher e A Luta na Libertação. Para aqueles que não conhecem seu
trabalho, conte-nos um pouco sobre os dois.
Respectivamente, o segundo e o primeiro livro |
O primeiro
fala de uma cinquentona que está vivendo um momento muito doloroso, que é fazer
uma retrospectiva sobre seu duro passado, buscando a cura para suas feridas
psicológicas. O segundo conta a história de uma debutante de família muito
pobre, que não se conforma com sua modesta vida. Por conta disso, ela acabou entrando
num caminho obscuro, que teve consequências bastante graves.
3) Como foi o processo de publicação do
seu primeiro livro? Demorou muito a terminá-lo? Foi difícil publicá-lo?
Foi um
processo bem lento. Demorei 10 anos para encontrar uma editora. Demorei três
meses para escrever a história, mais um tempão para dar acabamento e definir
capa. Sim, foi difícil publicá-lo.
4) Como foi a reação de seus familiares
quando você decidiu seguir a carreira de escritora?
Ficaram
bastante surpresos. Jamais ninguém nem poderia sonhar que um dia eu fosse me
tornar uma escritora. Mas ficaram muito felizes e orgulhosos com essa notícia!
Apóiam-me em tudo, especialmente a minha mãe.
5) Tem algum escritor ou escritores, no
qual ou nos quais você se inspirou para trilhar nesse caminho? Se sim, em qual
ou em quais?
Sim, vários.
Mas vou citar apenas três, senão vou ficar muitas horas aqui falando (risos).
Os autores que mais me inspiram são Thalita Rebouças, Marcelo Rubens Paiva e
Lycia Barros.
6) Como é sua análise sobre o apoio dado
a literatura nacional nos dias de hoje?
O apoio ainda
é bem pequeno, comparado ao que os escritores brasileiros merecem e necessitam.
Muitas pessoas encaram não somente a literatura, mas também o teatro, os
museus, enfim, tudo o que é cultural como luxo de gente rica e algo
desnecessário na vida do ser humano. Não é verdade. Tudo o que é cultural faz
parte da formação das pessoas. Vejo muitos gastarem muito comliteratura
estrangeira e falarem mal dos livros nacionais. Fico arrasada com isso! A
literatura brasileira é maravilhosa! Espero, do fundo do meu coração, que essa
realidade um dia mude e que as pessoas comecem a valorizar a literatura
brasileira e tudo mais da nossa cultura do jeito certo.
7) Para você, quais são as partes mais
difíceis de ser escritora? E quais são as partes legais?
As partes mais
complicadas são fazer a divulgação das minhas obras e ter de ouvir críticas de
pessoas que nem leem meus livros. Procuro não discutir com elas, evitar
polêmicas. Mas é duro ouvir grosserias de boca calada. Não suporto escândalos.
Sobre as partes legais, nossa têm muitas! Uma delas é o carinho que recebo dos
admiradores do meu trabalho. Ah! Que delícia que é escutar alguém elogiar
sinceramente meus livros e perguntarem quando é que vai sair o próximo! Esse
ano me aconteceu duas coisas super legais: Dei a minha primeira entrevista
filmada para um programa cultural de um canal da internet (que foi um momento
delicioso) e dei a minha primeira palestra numa biblioteca de São Paulo. Foi
super legal, apesar de terem ido poucas pessoas, o publico interagiu de modo
muito bacana comigo!
8) Café, chá ou Coca-Cola?
Aprecio os
três. Mas meu preferido é o chá.
9) Se pudesse morar em um lugar que só
existe em livros, qual seria? Hogwarts? Panem? Terra Média? Qual?
Em nenhum dos
três. Eu adoraria morar num casarão, desses no estilo arquitetônico dos
colégios antigos, cheios de jardins, com dúzias de bibliotecas e todas as
pessoas que tem enorme carinho por mim sempre em volta.
10) Que conselho você dá a
aqueles que nos acompanham na NOSSOS Romances Adolescentes e que desejam seguir
a carreira literária?
Em
primeiro lugar, que tenham coragem de encarar as críticas. Segundo, leiam MUITO
e DE TUDO UM POUCO SEMPRE. Terceiro, comece a escrever o quanto antes, nem que
sejam contos pequenos e poesias curtas. Tenham em mãos um bom dicionário e
livro de gramática. Procure na internet sites e vídeos de dicas para escritores
iniciantes (no YouTube está cheio de ótimos vídeos, principalmente da escritora
Lycia Barros, que dá ótimas orientações para novos autores). Escrevam com o
coração, jamais só visando agradar meio mundo, mas sim, o que vocês acreditam
que seja legal. O verdadeiro sempre agrada mais que o artificial, podem ter
certeza disso! Busquem apoio das famílias, acreditem em vocês mesmo. Se vocês
não acreditarem, ninguém os fará por vocês.
Redes sociais da autora e para conhecer mais suas obras:
- Página no Facebook
- Perfil da Cyntia no Facebook
- Twitter da Cyntia
- O canal dela no YouTube contendo as palestras referidas na entrevista e mais (dê uma olhadinha!)
- Perfil da Cyntia no Skoob
- Página no Skoob de Desabafos de Mulher
- Página no Skoob de A Luta Pela Libertação
- Interessado em ler as histórias? A página no site do Clube de Autores em que contém informações sobre Desabafos de Mulher e onde você poderá comprar o livro. E também a página onde você pode saber mais sobre A Luta Pela Libertação e também a compra da segunda obra da autora!
- O perfil da Cyntia no Clube de Autores
- E-mail para contato com ela: cyntiabl@ig.com.br
Não conhecia a autora
ResponderExcluirMas foi bom conhece-la a partir da entrevista
Estão de parabéns
Beijos
@pocketlibro
http://pocketlibro.blogspot.com
Muito obrigado por ler a entrevista, Angela!
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