Banner Submarino

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

[ESPECIAL SEMANA DO HALLOWEEN] Resenha de "Carrie, a Estranha"

Livro: Carrie, a estranha
Título Original: Carrie
Autor: Stephen King
Ano: 1974
Sinopse: Carrie é uma menina tímida e excluída em sua escola. Criada pela mãe, extremamente religiosa, Carrieta White, desenvolveu uma personalidade considerada bastante... estranha! Mas as esquisitices vão além do normal, pois  Carrie também possui poderes sobrenaturais, os quais acaba usando, muitas vezes, de maneira vingativa e assustadora.




Bom, pra começar, um livro do Stephen King dificilmente seria ruim. Nem mesmo o primeiro! Sim, “Carrie, a estranha” é o romance de estreia do rei do horror!

A cena inicial do livro já mexeu muito comigo: Carrie tem a sua primeira menstruação no vestiário do colégio e, sem saber o que era aquele sangue (já que sua mãe nunca lhe contara a respeito, por considerar a menstruação uma “marca do pecado”) a garota entra em pânico. As colegas impiedosas riem do desespero da protagonista e jogam montes de absorventes em cima dela. A cena é impactante por nos revelar, logo de cara, a ingenuidade de Carrie, o fundamentalismo da mãe e a maldade das garotas da escola.

Sue Snell é uma garota popular do tipo que todo mundo conviveu alguma vez na vida: a mais bonita, com o namorado mais cobiçado, porém não a mais malvada e esnobe. Pelo contrário, Sue se arrepende do que ela e as outras fizeram com Carrie e se torna uma amiga para a garota. A Sue é uma das melhores personagens, na minha opinião, justamente por ser tão humana. Ela não é perfeita, visto que não pensou duas vezes antes de zombar de Carrie, porém, é sim uma pessoa boa, capaz de mudar e evoluir no decorrer da trama. É ela quem sugere ao próprio namorado que leve Carrie ao baile da escola, por achar que toda garota merece ter essa experiência. Mesmo a garota estranha.

Conhecemos também (e odiamos profundamente) Chris Hargensen, a vilã-mor das colegas malvadas de Carrie. Após se recusar a ir pra detenção pelo incidente dos absorventes, Chris é proibida de ir ao baile. A moça popular e insuportável, crendo que tudo aquilo é culpa da esquisita da Carrie, passa então a tramar um plano com seu namorado Billy para humilhá-la.

E é entre todos esses fatos que vemos Carrie descobrindo um novo lado da vida e de si própria. Um lado capaz de se divertir, se sentir bonita e ter amigos, apesar da desaprovação da mãe. E por falar nela, com o decorrer da história, entendemos cada vez menos e detestamos cada vez mais a mãe de Carrie (que, no fim das contas, é a primeira e principal responsável por tudo de ruim que aconteceu à filha. E é também com isso tudo que vemos Carrie descobrindo seus poderes de telecinese.

E, bom, não vou revelar nada do final. Só digo que é a parte mais assustadora (ou melhor, perturbadora) do livro.

A história é construída não apenas por narração, mas também por notícias de jornais e trechos de livros ficcionais, inclusive um escrito por Sue Snell. Isso faz com que o enredo se torne mais próximo da realidade, quase nos fazendo acreditar que os poderes de Carrie seriam algo possível de acontecer com qualquer um.


“Mas a expressão ‘sinto muito’ é o xarope das relações humanas. É o que se diz quando derrama uma xícara de café ou se joga uma bola fora numa partida de boliche com as garotas da turma. Mas sentir realmente o que aconteceu é raro como o amor verdadeiro."                 (trecho do livro de Sue Snell, e uma das minhas quotes preferidas do livro)

Eu, particularmente, acho o livro mais do tipo que te aflige do que do tipo  que te assusta. O tipo que você conseguiria ler mesmo que seja facilmente impressionável. Eu não sou a maior fã de terror e juro que dormi bem todas as noites enquanto lia!

Agora, se você quiser assistir ao filme, tem que ter um pouco de estômago para cenas fortes e sangrentas. E eu te peço, por favor, assista a versão de 1976 e não a de 2002! Ou a de 2013 que você poderá ver no cinema. Eu estou aguardando com ansiedade!

      (cena do filme de 1976)

Ah, quer saber uma curiosidade interessante? Carrie é um dos livros mais banidos nas escolas estadunidenses e o filme foi banido na Finlândia. Vai dizer que isso não te deixou mais curioso? (:

Comente com o Facebook:

5 comentários:

  1. Esse autor é um clássico
    Mas não sei se teria coragem de ler algum livro dele

    Já estou seguindo ;)

    Beijos
    @pocketlibro
    http://pocketlibro.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. Eu queria muito ler o livro, e eu vi a versão de 2002. UHSAHASHU Tá eu sei que não é a preferida de todos, nem nada. Comecei a ver a de 1976, mas perdi depois o resto. Posso dizer que até o "clima" do filme é diferente.

    ;*

    ResponderExcluir
  3. Oi,
    Confesso que não li esse livro pq tenho medo! Rsrs
    Bjs!!

    Viciados Pela Leitura

    ResponderExcluir
  4. Olá!
    Nunca li nada do Stephen mas já avisaram que tem que ter estômago forte. Acho que ainda não estou preparada para tanto terror.
    Beijos!
    www.tesouroliterario.com

    ResponderExcluir
  5. Sabe que eu nunca li nada desse autor? Eu não curto muito terro então...
    O filme antigo eu assisti e até gostei um pouco, esse novo é provável que eu não veja, mas para quem gosta, deve ser um prato cheio.

    Bjs, @dnisin
    www.seja-cult.com

    ResponderExcluir