Continuando a postagem dos textos vencedores do 'Aconteceu no Halloween', em ordem decrescente, agora expondo o nosso segundo colocado para acabar com o suspense: MEDO, de Natalia Meisen!
MEDO
AUTORA: NATALIA MEISEN
SEGUNDO LUGAR NO CONCURSO CULTURAL 'ACONTECEU NO HALLOWEEN'
Talvez o pior de sentir medo não seja o sentimento de fato, e sim as ilusões que nossa cabeça custa em nos fazer acreditar.
Tudo começou em outubro dia 31. Faltando 40 minutos para meia noite, para ser exato. Ela estava parada em frente ao espelho, observando cada detalhe de seu rosto, cada imperfeição, cada traço. Ela não gostava do que via. Não gostava do modo a qual suas linhas se aprofundavam em volta dos olhos quando sorria. Não gostava do jeito a qual seu cabelo nunca permanecia bom em noite de lua cheia. Mas talvez, todos tivessem esse desafio na vida: Encontrar algo em si mesmo que realmente o fizesse bem. Perdida em seus próprios pensamentos, no fundo pode ouvir os talheres da cozinha sendo revirados. Só havia ela em casa e sempre se certificava de que a porta da entrada ficasse completamente trancada. Passo a passo, desceu os degraus indo em direção a cozinha. Desde alguns ocorridos da infância, sempre tivera grande pavor de qualquer tipo de invasão ou assalto. Seus pelos eriçavam ao pensar que alguém a observava, ou até mesmo, traçava planos malignos contra ela. De todos os medos que sentia, este era sem duvidas o pior. Quando, ao chegar a cozinha deu falta da grande faca que usava para cortar carne, ficou desesperada. Memorias de seu passado vieram à tona. Sua mãe foi morta por um serial killer que a observava na data do Halloween. Sem duvidas, algo que ela não esqueceu e nunca esquecera. O silêncio pairava na casa, tudo o que se podia ouvir eram seus próprios batimentos cardíacos, a forte respiração e seus lentos e delicados passos indo em direção à sala de estar. Ela estava dedicada a achar o infeliz que a estiver observando. A cada passada, turbilhões de pensamentos invadem a cabeça da pobre moça. Lembranças do corpo de sua mãe ao ser dilacerado vinham como um raio em dia de tempestade. Ela ia se aproximando ao seu destino e de repente algo veio em sua mente. Finalmente descobriu algo realmente bom em si mesma, a coragem e a curiosidade que a faz ir adiante. Ao chegar à sala, tudo estava calmo, talvez calmo até demais. Devemos desconfiar quando algo esta bom demais, certo? Bom, pelo menos era exatamente isso que a moça pensava. Por isso, esta grande calmaria não serviu para aquietar o coração da destemida mulher e sim para deixar com mais medo do que já estava. “Alguém esta aqui?” Gaguejou a pergunta, que obviamente, não foi respondida. Talvez, ela tenha falado baixo demais, então se pôs a repetir, desta vez em mais alto e bom som “Alguém esta aqui? Por favor, me responda.” E novamente, não houve resposta. Ela, então, começou a andar nervosa de um lado para o outro. Estava com as mãos tremulas e com o coração disparado. Seria o mesmo assassino que matou sua mãe? E se ele estivesse voltado para terminar o que havia começado há 15 anos? Definitivamente a garota estava com medo do que poderia acontecer. Vendo que não havia ninguém na sala de estar, subiu as escadas lentamente. Desta vez, rumo ao seu próprio quarto. Dentro dela existia a esperança de conseguir matar este homem cruel. A moça estava decidida a fazer justiça com as próprias mãos. Mas, ao mesmo tempo, estava com um medo absoluto de que este homem a matasse e logo depois a cortasse em pedaços. Dizem que despois dos batimentos cardíacos cessarem, o cérebro ainda funciona durante 7 minutos. E ela tinha certeza, se de fato morresse, este homem faria de tudo para que ela tivesse os 7 minutos de maior sofrimento durante sua vida. Com a faca na mão e estando no ultimo degrau da escada, a moça, que estava fortemente concentrada em seus pensamentos medrosos, se desequilibrou e rapidamente rolou escada a baixo, sua cabeça bateu com grande impacto sobre parede branca, a manchando com um forte tom de vermelho. Ela estava sangrando e com a infeliz queda, sua mão se elevou e caiu sobre seu peito. A mão estava segurando uma faca, que foi fincada em seu coração. Aos poucos a moça, que antes era destemida e corajosa, se transformou em um corpo gélido e sem vida. Ela morreu. Não foi um assassino ou um homem que a matou a sangue frio. O medo a matou. Foi na noite de Halloween. Não existia ninguém além de ela mesma na casa, o sentimento de medo e desconfiança a persuadiu a achar que havia alguém a observando. O medo usou argumentos convincentes, lançou memorias e pensamentos em sua cabeça. O medo a enganou, para depois, desfrutar da morte dolorosa da jovem.
O medo pode ser o nosso inimigo com as maiores cartas na manga e mesmo sem querer, somos completamente vulneráveis a ele.
Tudo começou em outubro dia 31. Faltando 40 minutos para meia noite, para ser exato. Ela estava parada em frente ao espelho, observando cada detalhe de seu rosto, cada imperfeição, cada traço. Ela não gostava do que via. Não gostava do modo a qual suas linhas se aprofundavam em volta dos olhos quando sorria. Não gostava do jeito a qual seu cabelo nunca permanecia bom em noite de lua cheia. Mas talvez, todos tivessem esse desafio na vida: Encontrar algo em si mesmo que realmente o fizesse bem. Perdida em seus próprios pensamentos, no fundo pode ouvir os talheres da cozinha sendo revirados. Só havia ela em casa e sempre se certificava de que a porta da entrada ficasse completamente trancada. Passo a passo, desceu os degraus indo em direção a cozinha. Desde alguns ocorridos da infância, sempre tivera grande pavor de qualquer tipo de invasão ou assalto. Seus pelos eriçavam ao pensar que alguém a observava, ou até mesmo, traçava planos malignos contra ela. De todos os medos que sentia, este era sem duvidas o pior. Quando, ao chegar a cozinha deu falta da grande faca que usava para cortar carne, ficou desesperada. Memorias de seu passado vieram à tona. Sua mãe foi morta por um serial killer que a observava na data do Halloween. Sem duvidas, algo que ela não esqueceu e nunca esquecera. O silêncio pairava na casa, tudo o que se podia ouvir eram seus próprios batimentos cardíacos, a forte respiração e seus lentos e delicados passos indo em direção à sala de estar. Ela estava dedicada a achar o infeliz que a estiver observando. A cada passada, turbilhões de pensamentos invadem a cabeça da pobre moça. Lembranças do corpo de sua mãe ao ser dilacerado vinham como um raio em dia de tempestade. Ela ia se aproximando ao seu destino e de repente algo veio em sua mente. Finalmente descobriu algo realmente bom em si mesma, a coragem e a curiosidade que a faz ir adiante. Ao chegar à sala, tudo estava calmo, talvez calmo até demais. Devemos desconfiar quando algo esta bom demais, certo? Bom, pelo menos era exatamente isso que a moça pensava. Por isso, esta grande calmaria não serviu para aquietar o coração da destemida mulher e sim para deixar com mais medo do que já estava. “Alguém esta aqui?” Gaguejou a pergunta, que obviamente, não foi respondida. Talvez, ela tenha falado baixo demais, então se pôs a repetir, desta vez em mais alto e bom som “Alguém esta aqui? Por favor, me responda.” E novamente, não houve resposta. Ela, então, começou a andar nervosa de um lado para o outro. Estava com as mãos tremulas e com o coração disparado. Seria o mesmo assassino que matou sua mãe? E se ele estivesse voltado para terminar o que havia começado há 15 anos? Definitivamente a garota estava com medo do que poderia acontecer. Vendo que não havia ninguém na sala de estar, subiu as escadas lentamente. Desta vez, rumo ao seu próprio quarto. Dentro dela existia a esperança de conseguir matar este homem cruel. A moça estava decidida a fazer justiça com as próprias mãos. Mas, ao mesmo tempo, estava com um medo absoluto de que este homem a matasse e logo depois a cortasse em pedaços. Dizem que despois dos batimentos cardíacos cessarem, o cérebro ainda funciona durante 7 minutos. E ela tinha certeza, se de fato morresse, este homem faria de tudo para que ela tivesse os 7 minutos de maior sofrimento durante sua vida. Com a faca na mão e estando no ultimo degrau da escada, a moça, que estava fortemente concentrada em seus pensamentos medrosos, se desequilibrou e rapidamente rolou escada a baixo, sua cabeça bateu com grande impacto sobre parede branca, a manchando com um forte tom de vermelho. Ela estava sangrando e com a infeliz queda, sua mão se elevou e caiu sobre seu peito. A mão estava segurando uma faca, que foi fincada em seu coração. Aos poucos a moça, que antes era destemida e corajosa, se transformou em um corpo gélido e sem vida. Ela morreu. Não foi um assassino ou um homem que a matou a sangue frio. O medo a matou. Foi na noite de Halloween. Não existia ninguém além de ela mesma na casa, o sentimento de medo e desconfiança a persuadiu a achar que havia alguém a observando. O medo usou argumentos convincentes, lançou memorias e pensamentos em sua cabeça. O medo a enganou, para depois, desfrutar da morte dolorosa da jovem.
O medo pode ser o nosso inimigo com as maiores cartas na manga e mesmo sem querer, somos completamente vulneráveis a ele.
FIM
QUEEEEEM ESTÁ CURIOSO EM SABER O TEXTO DO PRIMEIRO COLOCADO, não deixe de voltar amanhã (06) para conferir!
E não deixe de dar sua opinião sobre o texto postado hoje também!
Obrigado à sua participação, Natalia, e parabéns :D
E agradecemos a todos pela participação! Não se esqueçam que ainda tem muito concurso da NRA que ainda vai rolar, então, aqueles que não ficaram entre as três vencedoras, ainda tem chance de ganhar nas posteriores!
E agradecemos a todos pela participação! Não se esqueçam que ainda tem muito concurso da NRA que ainda vai rolar, então, aqueles que não ficaram entre as três vencedoras, ainda tem chance de ganhar nas posteriores!
Um bom texto...
ResponderExcluirSensacional... um final inesperado, fiquei curioso até terminar!
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