Para o Marcos porque ele sabe, mais que qualquer pessoa, que eu não levo muito jeito para esse tipo de carta...
Isto não é uma carta de amor, mas
bem que poderia ser. Até porque, assim que escrevi a primeira letra eu pensei
em ti e em como tu ficas bonito quando sorri. Pensei nos teus enormes olhos
castanhos e no quanto eles revelam tudo sobre ti. Basta observar com mais
cuidado que qualquer pessoa um pouquinho mais treinada na observação de olhos
verá o quão bom tu és, o quanto te preocupas com o próximo e o quanto és incrível.
Isso se a pessoa não ficar hipnotizada, como eu sempre fico, toda vez que
demoro tempo demais te observando .
Isto não é uma carta de amor, mas
bem que poderia ser, porque agora, enquanto escrevo, estou observando tuas
costas e percebendo o quanto elas ficam incrivelmente mais bonitas quando
iluminadas pela luz que entra pela janela do meu quarto. Tu não te dás conta –
talvez seja influência da tua timidez – mas és absurdamente atraente. E esse
poder de atração não deriva apenas da tua altura avantajada, da tua cor tão
bonita ou das tuas mãos enormes. Tu és incrivelmente atraente simplesmente por
existir, por ser quem és e mesmo que não tivesse nenhum dos atributos que tem,
continuaria me atraindo tanto quanto a gravidade.
Isto não é uma carta de amor, mas
bem que poderia ser, pois foi com contigo, em bem pouco tempo, que aprendi
realmente o que é ser amada. Tu me mostraste o que é ter orgulho – orgulho bom,
não aquele outro que tu criticas em mim – de estar ao lado de alguém. De ser
genuinamente feliz por ter escolhido uma pessoa com quem se pode contar, alguém
que está sempre disposto a tudo – se eu também estiver – e alguém que tem o
coração e a alma mais bonitos que eu já conheci.
Isto não é uma carta de amor, mas
bem que poderia ser, porque toda vez que eu penso nessa palavra – amor – é teu
nome que vem à minha cabeça. Tu estás em todos os meus planos futuros,
inclusive até adaptei aquele meu antigo roteiro da cerveja – lembra dele? – pra
te incluir. Eu penso em ti quando durmo, acordo e até as estrelas, que eu amo
tanto observar, ficaram ainda mais lindas depois que aceitaste ser bem mais que
meu amigo.
Isto não é uma carta de amor, mas
bem que poderia ser, porque eu te amo. Te amo de maneira absurda, te amo com cada
célula do meu corpo, com cada pedacinho. Te amo tanto que vou ter que fazer um
clone meu, para ver se consigo guardar tanto amor.
- Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
(...)
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Álvaro de Campos
Não sei se também seria ridículo assumir isso na rede, mas quem se importa...você me fez lacrimejar agora. Te amo, de uma forma que não sei explicar nem entender...só...te amo :'D.
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