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terça-feira, 22 de outubro de 2013

[FEITO A MÃO] Isto não é uma carta de amor


Para o Marcos porque ele sabe, mais que qualquer pessoa, que eu não levo muito jeito para esse tipo de carta...



Isto não é uma carta de amor, mas bem que poderia ser. Até porque, assim que escrevi a primeira letra eu pensei em ti e em como tu ficas bonito quando sorri. Pensei nos teus enormes olhos castanhos e no quanto eles revelam tudo sobre ti. Basta observar com mais cuidado que qualquer pessoa um pouquinho mais treinada na observação de olhos verá o quão bom tu és, o quanto te preocupas com o próximo e o quanto és incrível. Isso se a pessoa não ficar hipnotizada, como eu sempre fico, toda vez que demoro tempo demais te observando .
Isto não é uma carta de amor, mas bem que poderia ser, porque agora, enquanto escrevo, estou observando tuas costas e percebendo o quanto elas ficam incrivelmente mais bonitas quando iluminadas pela luz que entra pela janela do meu quarto. Tu não te dás conta – talvez seja influência da tua timidez – mas és absurdamente atraente. E esse poder de atração não deriva apenas da tua altura avantajada, da tua cor tão bonita ou das tuas mãos enormes. Tu és incrivelmente atraente simplesmente por existir, por ser quem és e mesmo que não tivesse nenhum dos atributos que tem, continuaria me atraindo tanto quanto a gravidade.
Isto não é uma carta de amor, mas bem que poderia ser, pois foi com contigo, em bem pouco tempo, que aprendi realmente o que é ser amada. Tu me mostraste o que é ter orgulho – orgulho bom, não aquele outro que tu criticas em mim – de estar ao lado de alguém. De ser genuinamente feliz por ter escolhido uma pessoa com quem se pode contar, alguém que está sempre disposto a tudo – se eu também estiver – e alguém que tem o coração e a alma mais bonitos que eu já conheci.
Isto não é uma carta de amor, mas bem que poderia ser, porque toda vez que eu penso nessa palavra – amor – é teu nome que vem à minha cabeça. Tu estás em todos os meus planos futuros, inclusive até adaptei aquele meu antigo roteiro da cerveja – lembra dele? – pra te incluir. Eu penso em ti quando durmo, acordo e até as estrelas, que eu amo tanto observar, ficaram ainda mais lindas depois que aceitaste ser bem mais que meu amigo.

Isto não é uma carta de amor, mas bem que poderia ser, porque eu te amo. Te amo de maneira absurda, te amo com cada célula do meu corpo, com cada pedacinho. Te amo tanto que vou ter que fazer um clone meu, para ver se consigo guardar tanto amor.

    Todas as cartas de amor são
    Ridículas.
    Não seriam cartas de amor se não fossem
    Ridículas.
    (...)
    Mas, afinal,
    Só as criaturas que nunca escreveram
    Cartas de amor
    É que são
    Ridículas.

    Álvaro de Campos

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Um comentário:

  1. Não sei se também seria ridículo assumir isso na rede, mas quem se importa...você me fez lacrimejar agora. Te amo, de uma forma que não sei explicar nem entender...só...te amo :'D.

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