Título (Original): Ready Player One
Autor(a): Enerst Cline
Editora: Leya
Ano da primeira publicação: 2012
Nº de páginas: 462
As distopias tomaram um lugar de favoritismo
tão grande em minhas leituras, que agora simplesmente não posso mais viver, um
mês que seja, sem ler um bom texto pós-apocalíptico. E foi justo em um longo
período de abstinência distópica que Jogador Número 1 entrou na minha vida. Eu
já vinha o namorando há muito tempo, enquanto passava pelos mezaninos das
livrarias, sempre esperando o momento certo para levá-lo para casa e, quando
isso aconteceu, meu lado geek teve uma grande surpresa.
Are you Ready?
Level 1
"As pilhas", espécie de favela de trailers onde vive Wade |
Como todo bom distópico, Jogador N° 1 começa em um futuro
distante, no ano de 2044, onde a humanidade passa por sérios problemas de fome
e miséria generalizada. A crise energética citada no livro como catalisador
para tal terrível condição mundial não é nova, mas totalmente crível.
Devido a fissuração
de Halliday pelos anos 80, Wade/Parzival é obrigado a se aventurar por um bando
de referências dessa época, muitas vezes as vivenciando imersivamente com seu
avatar, como encenar trechos do filme Jogos de Guerra, passando por ser o
próprio jogador “em carne e osso” do jogo Black Tiger, até explorar uma cidade
apocalíptica recriada a partir de um álbum da banda Rush. Experiências deliciosas,
mesmo para quem não viveu aos anos 80, como é o meu caso.
Level 2
Fan arte do avatar de Wade, Parzival |
No decorrer das aventuras de Wade, ele também encontra
outros competidores Art3mis, a geek que quer ganhar o prêmio por questões
nobres, e pela qual Wade tem uma paixão platônica (mesmo havendo a possibilidade
dela ser na vida real um homem de 200 kg chamado Chuck) ; e outros avatares, como os irmãos samurais Shoto e Daito. Mas eles não são os únicos. A grande corporação IOI também está atrás do
prêmio e da possibilidade de assumir o controle do Oasis, e farão de tudo para
isso, seja trapaceando, espalhando seus exércitos pela simulação, ou mesmo
matando pessoas na vida real. O que dá ao livro um ritmo acelerado e
empolgante.
Level 3
Ernest e Will Weathon encostados no DeLorean do escritor. Quero casar com Cline, só por causa do carro. Sou Maria Plutônio mesmo! |
Esteticamente falando a narrativa de Cline não é soberba,
mas faz perfeitamente seu papel ao nos proporcionar imersão e escapismo. A
construção de seus personagens foi muito bem feita, embora você encontre traços
neles de personalidades da vida real. Como por exemplo, a relação entre
Halliday e seu sócio Morrow, que me lembrou muito a dos fundadores da Apple, Steve
Jobs e Steve Wozniak. Até mesmo a IOI me lembrou um pouco uma mistura da AOL
com a IBM, adicionando-se, é claro, uma fantasiosa pitada facista.
Tenho certeza de que
quem é gamer ou geek e apreciador dos
anos 80 vai amar Jogador N° 1, e quem não for... bom, também vai adorar! Há
tantas referências a Star Wars, Animes, Douglas Adams, Live Action japoneses,
séries americanas, jogos arcade, músicas, MMORPGs que, em algum momento do
livro, você vai se identificar. E acredite, a leitura do livro vai ser feita
sem você sentir.
E você? Já leu ou tem
o seu? Não?! Ops...
GAME
OVER
Chris Salles é escritora wannabe e sofre bullying no mundo geek por nunca ter visto um Atari de perto.
TO LENDO ISSO AGORA E É REALMENTE MARAVILHOSO. NÃO SEI SE VOU LER A RESENHA, TEM SPOILER?!!?!?
ResponderExcluirNão tem spoilers, Clara. A não ser a questão dele gostar da Art3mis, mas também é só isso. Você vai AMAR!
ExcluirOiii, tudo bom?
ResponderExcluirEu também simplesmente AMEI o livro!! Não sou geek, então não entendi a maioria das citações, mas adorei mesmo assim. Imagino que para os nerds o livro deva ser ainda melhor!
Adorei a resenha.
E sei exatamente o que você quis dizer, também não consigo ficar muito tempo sem uma boa distopia hahah
Beijoss
Thaís - Instinto de Leitura
Nossa, Thaís, se para um leitor "leigo" o livro é ótimo, para um nerd é a suprema felicidade. Eu pirei muitas vezes durante a leitura nas referências de "De volta para o futuro", Douglas Adams, Star Wars... Boiei um pouco quando rola referência do Ultraman, é verdade, porque são duas ou três gerações abaixo da minha, mas gostei mesmo assim do que aconteceu no livro. E o personagem do Wade é apaixonante: inteligente, honrado, geek até dizer chega e romântico. Não tem como resistir a Jogador Número 1!
ExcluirE ele deve ter ficado gatinho depois que começou a malhar e deu jeitinho nas espinhas, po. kkkkkkkk. mas achei bizarra a parte que ele fala das sobrancelhas lol., cheguei na parte 3 agora
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