Já se passou um dia e não apareceu nenhuma plaquinha de pegadinha do malandro no orkut, o que faz, de certa forma, com que se torne ainda mais verdadeiro.
Apesar de não a usarmos, agora nunca mais poderemos entrar na comunidade da NOSSOS Romances Adolescentes para matar saudades e reler os comentários dos nossos livros para fazer a inspiração voltar.
A Diana falou ontem sobre a história dela com a comunidade, e eu vim hoje para fazer a mesma coisa, mas apresentando o outro lado: o auge da NRA.
Eu tinha 14 anos na época em que entrei na NRA. Já escrevia desde os 12, mas nunca tinha coragem de mostrar a ninguém além de uma prima minha, que também era escritora.
Por pura sorte, naquele final de semana eu tinha dormido na casa do meu pai, que assinava a Gazeta do Povo, e acabei vendo essa notícia aqui! Foi questão de minutos para eu abrir o meu orkut e pedir para entrar na comunidade.
Que lugar melhor para mostrar o que eu escrevia do que um onde ninguém me conhecia e todos entendiam o que era escrever?
Mas o fato de ninguém me conhecer foi o que me deu medo logo que postei meu primeiro tópico: a comunidade estava lotada! Outros tópicos iam para o topo da página e o meu descia em questão de segundos, chamar a atenção naquele lugar parecia ser impossível.
Essa, queridos seguidores do blog, era a realidade da NRA pré-facebook. Toda a loucura era assustadora, mas fui recebida carinhosamente por todos que viam que eu era nova por ali.
Alguns destes, por sinal, que ainda são meus amigos.
Nos dois anos que eu permaneci na NRA orkut, eu li, escrevi, fiz amigos, participei das duas Olimpíadas NRA (um concurso de contos interno) e consegui, com o apoio de todos, terminar um livro, coisa que parece impossível hoje em dia.
Não tem toda aquela graça escrever sem aguardar ansiosamente pelos comentários, sem entrar na internet e abrir um sorriso enorme quando alguma leitora nova aparecia ou uma antiga te ameaçava
E é com esta tristeza que hoje eu publico esse discurso de despedida da NRA. E não posso nem prometer que, pelo luto, vou me esforçar para terminar os oito últimos capítulos do projeto que estou chutando desde o ano passado porque sei que só poderia cumprir se o meu vira tempo me levasse de volta para 2010.
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