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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

[RESENHA] A Libélula no Âmbar - Diana Gabaldon

Série: Outlander #2
Edição: 1
Editora: Rocco
ISBN: 853251975X
Ano: 2006
Páginas: 896
Sinopse: O soldado Jamie Fraser, por quem Claire se apaixona, precisa ajudar o príncipe Carlos Stuart a formar alianças que o apóiem na retomada do poder. Pressente-se, entretanto, que a rebelião fracassará. De fato, a tentativa de devolver o trono aos católicos arruinará os clãs escoceses. Enfrentando um velho rival, Claire tenta impedir muitas mortes cruéis e salvar o homem que ama. Assim são os primeiros capítulos de A libélula no âmbar , segunda etapa de Outlander, série de Diana Gabaldon, que começou com A viajante do tempo . O romance tem início quando, depois de assistir a uma cerimônia celta, Claire atravessa séculos de história e cai no mesmo lugar, só que no ano de 1743, e encontra Jamie, seu grande amor.

CUIDADO - CONTÉM SPOILERS DO PRIMEIRO LIVRO DA SÉRIE

Em 1968, Claire Randall Fraser está de volta a Inverness depois de longos vinte anos. Acompanhada da filha, Brianna, ela visita o vilarejo de onde, um dia, duas décadas atrás, ela desapareceu e para onde voltou. Sua desculpa para a visita é simples: uma pesquisa histórica a respeito de alguns mortos no levante Jacobita do século 18. Para a sua filha, que sequer desconfia do passado da mãe, esse é um motivo tão bom quanto qualquer outro - ela é, afinal, filha de um historiador. Ou pelo menos ela acha.
Mas as coisas saem do controle de Claire num dos passeios turísticos, e ela se vê derramando sobre a filha - e sobre Roger, o filho adotivo do padre que, um dia, ajudou Frank Randall com suas pesquisas sobre a árvore genealógica de sua família - todos os acontecimentos que a levaram até ali; e também, inevitavelmente, sobre o verdadeiro pai de Brianna.
O ano é 1745, e Claire e Jamie Fraser estão exilados na França, ambos fugitivos na Escócia. Claire está grávida, e ela e Jamie decidiram fazer tudo em seu poder para tentar parar a futura revolução comandada pelo Rei Charles para tentar retomar o trono escocês das mãos inglesas. Para isso, eles buscam ajuda de Jared, um primo distante de Jamie, que lhes oferece abrigo e uma posição razoável na corte em troca de ajuda com os negócios. Assim, o Sr. e Sra. Broch Tuarach começam a fazer amizades, escutar conversas, roubar algumas cartas e tecem planos para tentar impedir o banho de sangue que está a caminho.
Muitas coisas, no entanto, entram em jogo - na dança de poderes da corte, os Fraser são vistos com educado interesse e como um intrometimento desmedido. Além disso, a linha sanguínea que dá origem a Frank, o amado ex-marido de Claire, se coloca em risco quando Mary Hawkins, futura progenitora, se vê cada vez mais distante do casamento que deveria ter com Jonathan Randall. Até onde as interferências de Claire e Jamie poderão assegurar um futuro melhor - e poderão as suas ações, na verdade, traçar o destino inevitável que está por vir?

Libélula no Âmbar começa da maneira mais confusa imaginável, completamente fora do esperado ao final de Outlander. Quando comecei a ler, fiquei tão cismada que visitei o site da autora em busca de uma resposta; o que ela "me disse" é que o livro não começa nem termina como você imagina, mas é só continuar lendo que vai ficar tudo bem. Aceitei o conselho e fui em frente.
Passada a confusão inicial, embarquei numa narrativa que segue o mesmo ritmo do primeiro livro: rápida, porém descritiva, romântica e reflexiva, intercalando momentos de calmaria com trechos de tensão em que a gente se desespera a ponto de pensar que agora a coisa toda vai pro brejo. Se eu estava esperando um livro menos intenso do que Outlander, me enganei redondamente: este não apenas é tão intenso quanto, como também é muito mais perigoso; afinal de contas, nada agora diz respeito exclusivamente ao futuro de Claire, mas ao de uma nação inteira. Enquanto eles lutam para tentar prevenir uma guerra, a gente não pode deixar de se perguntar - será possível mudar o futuro?
Uma das minhas pequenas frustrações com relação a este segundo livro (e que, eu imagino, pode vir a se repetir nos livros seguintes) é que a autora não se prolonga muito nem se complica demais nas questões referentes aos possíveis paradoxos e mudanças no tempo. Sendo eu uma amante de estudos e histórias envolvendo viagens no tempo, é impossível que eu não sinta falta desse tipo de análise ou exploração mais profundas - na maior parte do tempo, sinto que falta uma reflexão maior ou mesmo um peso consequente das ações que são tomadas no curso da história, como se o tempo todo nada fosse importante e Claire fosse só espectadora, e não agente. Mas ao mesmo tempo, cabe também o pensamento de que essa não é a proposta de Outlander - o livro é um romance histórico, e discussões acerca do tema "viagens no tempo" talvez não tenham espaço suficiente. No fim das contas, acabo sempre deixando pra lá.
Terminei A Libélula no Âmbar com o coração na mão, pronta pra outra; mas decidi dar um tempinho dessa vez. Tenho um longo período de hiatus até a série voltar, e não adianta correr com a leitura. Por enquanto, sem mais Jamie pra mim!

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Um comentário:

  1. Eike que coisa de louco! Se tem uma coisa que já percebi e para o qual preciso preparar meu pobre coração é a capacidade da Diana de surpreender, chocar e estraçalhar nossos sonhos! Como assim ela volta pra época dela? ELA TÁ GRÁVIDA MEUBOMDEUSDOCÉU, estou imaginando uma menininha linda E RUIVA <3 e com o sorriso lindão do Jamie <3
    Bom, pelo jeito agora que o negócio começa a pegar fogo mesmo, agora que vamos ver mesmo como o fator "viagens no tempo" vai conduzir a história, antes era um propulsor, agora pode vir a ser uma consequência e é assim que eu gosto. Cada passo tem que ser bem pensado, afinal tudo pode afetar o rumo do mundo inteiro :O Gosto muito dessa problemática de viagens no tempo, é o que mais me atrai, apesar de ser meio bugante as vezes hahaha
    Jamie e Claire metidos em um corte, cheios de segredos e intrigas, ai senhor, isso só pode dar confusão! E eu SABIA desde a primeira vez que citaram essa revolução que isso ia dar uma dor de cabeça pra todo mundo, só espero que o Jamie não morra nela, porque né, aí eu morro junto uhsauhs :(
    Esses momentos de tirar o fôlego são responsáveis por quase me proporcionar ataques cardíacos, porque se forem iguais os da série estarei duplamente perdida '-'
    Adorei a resenha!
    Beijão!

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