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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

[SEMANA VELÓRIO] Casa nova, vida nova

A Alice e a Diana falaram um pouquinho nas suas respectivas postagens (leia todos os posts da Semana Velório clicando aqui) sobre o passado da NRA, e hoje eu vim aqui falar sobre o futuro. Bom, o passado, mas o futuro do passado. Ah, vocês vão me entender.

Mas antes, deixa eu levar vocês pelo meu túnel do tempo. Afinal, eu também não sou de ferro...

Eu entrei na NRA no final de 2008. A comunidade tinha menos de um ano de vida, e talvez uns 300 e poucos membros dos quais metade era realmente ativo, mas já era um lugar atraente. Eu, que até então escrevia compulsivamente, mas não tinha pra quem mostrar, encarei a NRA como um lugar seguro - um lugar onde um monte de gente estava disposta a dar a cara a tapa, e que estava afim de escrever e ler e ser lido.

Não vou ficar aqui falando sobre como a NRA mudou a minha vida, embora seja verdade. Eu tenho pura convicção de que, sem ela, eu não estaria onde estou hoje. Não que eu jamais fosse chegar a ser escritora publicada - só acho que demoraria MUITO mais tempo pra fazer isso. A questão é que eu fui participativa na NRA por dois longos anos, até que a faculdade começou a tomar tempo demais, e a evolução das mídias sociais começou a nos levar cada vez mais pra fora do orkut e pra dentro do Facebook.

Em 2011, já percebemos que não era mais a mesma coisa. Muita gente já tinha abandonado o orkut, e outros, como eu, só se prendiam por coisas como a NRA. A ideia de expandir a comunidade pra outros meios veio da necessidade que todos os membros sempre sentiram de trazer cada vez mais gente pra dentro do nosso mundinho - queríamos acordar escritores que se escondiam por medo, e queríamos mudar a vida dos outros como a nossa havia sido mudada. Naquele ano, então, criei a fanpage da NRA no Facebook que por muito tempo ficou às moscas; eu era a única administradora, e ninguém sabia realmente como mexer numa fanpage. Era aquele tipo de ferramenta que existia, mas nenhum de nós tinha aprendido a usar. E enquanto isso, o orkut deteriorava.

Em 2012, começamos a discutir a ideia de abrir um site. Como sempre, a ideia era modernizar a NRA, já prevendo que, logo menos, o Orkut seria completamente esquecido. Passamos praticamente um ano em pequenas reuniões online pra decidir o que seria - formato, coluna, logo, coisas legais que poderíamos fazer. Mais de dez colaboradores se juntaram nessa empreitada. Enquanto o site não saia do papel, tentamos buscar outras plataformas que permitissem o mesmo sistema de postagens que tinha dado tão certo no Orkut, uma coisa que o Facebook não tinha e que a gente sentia que era necessário pra sobrevivência da comunidade. Tentamos um fórum online que não pegou, e, mais tarde, começamos a mexer o grupo da NRA no Skoob, a plataforma mais próxima que conseguimos descobrir.

Em Dezembro de 2012, o nosso blog, esse aqui mesmo onde você está, deu as caras pela primeira vez. Já são praticamente 2 anos em que a gente não para - ou tenta não parar. De 2008 pra cá, não foi só a lógica das redes sociais que mudou: as nossas vidas estão diferentes. Nem todo mundo tem hoje a mesma disponibilidade de seis anos atrás, nem a mesma energia. Continuamos amigos, unidos, empolgados, cheios de ideias. Algumas delas vocês veem por aqui, outras morrem na praia; acontece com todo mundo. O importante é que a casa pode ter mudado, mas o nosso espírito não. Ainda queremos aumentar essa família. Ainda queremos conhecer novos escritores. E ainda queremos você participando disso tudo com a gente.

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