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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

[RESENHA] O Azarão – Markus Zusak


Título Original: The Underdog
Série: Trilogia Irmãos Wolfe #1
Autor: Markus Zusak
Ano: 2012
Páginas: 176
Editora: Bertrand Brasil
Minha Edição: 1

Antes de tornar-se mundialmente conhecido, Markus Zusak escreveu uma trilogia de sucesso que somente agora está sendo publicada no Brasil. O primeiro título chama-se O Azarão. Fãs de A menina que roubava livros não podem deixar de ler os romances que inciaram a carreira estelar desse autor. Narrado em primeira pessoa, o livro apresenta a história de Cameron Wolfe, um garoto de 15 anos, perdido na vida e que vive às turras com a família. Trabalha com o pai encanador e sua mãe está sempre brigando com os filhos, na pequena casa onde todos moram juntos. Steve é o mais velho e mais bem-sucedido. Sarah é a segunda, e está sempre dando uns amassos com o namorado. Rube é o terceiro e o mais próximo de Cameron. Os dois, além de boxeadores amadores, vivem armando esquemas para roubar lojas e outros locais do tipo. Contudo, os planos nunca saem do papel. Uma história sobre a vida e sobre as lições que dela podem ser tiradas. Um romance de formação que exibe um jovem incorrigível, infeliz consigo mesmo e com sua vida.



Cameron Wolfe é o filho mais novo de quatro irmãos, vindo logo depois de Rube, Sarah e Steve. Sua família de classe média vive numa casinha simples e não tem muita história pra contar. Seu pai é encanador. Sua mãe cozinha a mesma coisa todos os dias no jantar. Steve se acha melhor do que todo mundo só porque tem um bom emprego. Sarah gosta de dar uns amassos com o namorado no sofá da sala. Rube está sempre planejando roubos e ações de vandalismo que nunca vão pra frente. E então tem ele, Cameron. Tão comum quanto qualquer garoto nos seus 15 ou 16 anos. E igualmente despreocupado com o futuro.
Pelo menos era assim. As coisas mudam quando Cameron se apaixona por Rebecca, moradora de uma casa em que o pai de Cam vai prestar um serviço. Ele não sabia o que era estar apaixonado, mas isso muda sua perspectiva de vida - de repente, ele quer merecê-la. E pra merecê-la, precisa fazer aquilo que sua mãe tão veementemente implora a ele e Rube que façam: crescer. Mesmo sem saber direito como se faz isso. Ou se existe uma fórmula. Cameron só quer chegar lá - onde quer que isso seja.
Sou muito muito fã do autor Markus Zusak desde que li  A Menina que Roubava Livros. Ele se tornou meu autor preferido já nesse livro, e quando li Eu Sou o Mensageiro, soube que nenhum outro escritor teria o poder de mexer comigo da maneira como ele conseguiu. E até hoje não teve mesmo. Então era de se esperar que eu criasse expectativas imensas sobre seu novo trabalho, e que saísse correndo pra comprar o livro logo após seu lançamento. Quando o pacote chegou em casa, não pensei duas vezes - abri e comecei a ler.
É duro dizer isso, mas fiquei desapontada. Bem desapontada, na verdade. Embora a própria sinopse sugerisse algo menos denso que seus trabalhos anteriores, essa tal da expectativa é mesmo uma droga; fiquei esperando algo que mexesse profundamente comigo. Que me chacoalhasse, que me fizesse questionar a vida, a existência, as pessoas, o universo e tudo mais. Nada disso. Nem perto.
Ao invés disso, li uma um livro sobre uma vida comum, de um personagem sem graça, numa história onde nada acontece. Nada mesmo. Nem mesmo a paixonite do Cameron pela Rebecca é suficiente pra transformar o enredo em alguma coisa mais consistente. Embora a narrativa seja bacana - o livro é todo narrado em 1ª pessoa, e o Cameron tem um jeito engraçado de contar as coisas - não há o que segure a falta de acontecimentos. Quero dizer, é um livro de menos de 200 páginas do meu autor preferido. Eu esperava terminar em no máximo um dia, e já estava subestimando minha capacidade. Ao invés disso, demorei três dias pra lê-lo. Não por falta de tempo, mas por falta de interesse, de vontade. Eu não aguentava mais esperar que algo mudasse. E nada mudou.
Gostaria de dizer que recomendo O Azarão em algum nível, mas não estaria sendo sincera. Markus Zusak continua sendo um autor fantástico, mas agora, pra mim, tem um enredo infeliz no currículo. A série tem ainda mais dois volumes, e não decidi ao certo se vou ler ou não. Posso não ter desistido do autor, mas acho que já desisti da família Wolfe!

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2 comentários:

  1. Nunca li A Menina Que Roubava Livros. Lerei.
    E achei "O Azarão" uma péssima tradução para "The Underdog".

    (e eu amo a música Underdog do primeiro cd dos Jonas Brothers)

    (e para que esse comentário fique ainda mais aleatório, eu não gosto de banana)

    Beijos

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  2. Underdog pra mim só o underdog project (summer jaaaaaaam)...

    Nunca li nada do Mark, mas meu namorado ama a menina que roubava livros...


    E Mel, tb naõ gosto de banana

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