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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

[RESENHA] Marina — Carlos Ruiz Zafón


Título Original: Marina
Autor: Carlos Ruiz Zafón
Ano: 2011
Páginas: 189
Editora: Suma de Letras
Minha Edição: 1


"Neste livro, Zafón constrói um suspense envolvente em que Barcelona é a cidade-personagem, por onde o estudante de internato Óscar Drai, de 15 anos, passa todo o seu tempo livre, andando pelas ruas e se encantando com a arquitetura de seus casarões.
É um desses antigos casarões aparentemente abandonados que chama a atenção de Óscar, que logo se aventura a entrar na casa. Lá dentro, o jovem se encanta com o som de uma belíssima voz e por um relógio de bolso quebrado e muito antigo. Mas ele se assusta com uma inesperada presença na sala de estar e foge, assustado, levando o relógio. Dias depois, ao retornar à casa para devolver o objeto roubado, conhece Marina, a jovem de olhos cinzentos que o leva a um cemitério, onde uma mulher coberta por um manto negro visita uma sepultura sem nome, sempre à mesma data, à mesma hora.

Os dois passam então a tentar desvendar o mistério que ronda a mulher do cemitério, passando por palacetes e estufas abandonadas, lutando contra manequins vivos e se defrontando com o mesmo símbolo - uma mariposa negra - diversas vezes, nas mais aventurosas situações por entre os cantos remotos de Barcelona. Tudo isso pelos olhos de Óscar, o menino solitário que se apaixona por Marina e tudo o que a envolve, passando a conviver dia e noite com a falta de eletricidade do casarão, o amigável e doente pai da garota, Germán, o gato Kafka, e a coleção de pinturas espectrais da sala de retratos.
Em Marina, o leitor é tragado para dentro de uma investigação cheia de mistérios, conhecendo, a cada capítulo, novas pistas e personagens de uma intrincada história sobre um imigrante de Praga que fez fama e fortuna em Barcelona e teve com sua bela esposa um fim trágico. Ou pelo menos é o que todos imaginam que tenha acontecido, a não ser por Óscar e Marina, que vão correr em busca da verdade - antes de saber que é ela que vai ao encontro deles, como declara um dos complexos personagens do livro."



Marina tem um clima diferente do livro mais famoso de Carlos Ruiz Zafón – A Sombra do Vento. Ele é mais leve, mais infanto-juvenil, mas tem o mesmo encanto na forma como o autor usa as palavras para tecer a trama. Zafón é um dos meus autores preferidos não apenas por contar boas historias, mas por como ele conta essas historias, te fazendo mergulhas na Barcelona que ele apresenta, de um jeito lírico e muito instigante. Tem aquela sensação que é presente nos outros livros dele também, em que não se sabe muito bem o que é precisamente real e o que é uma lembrança deturpada, já que como ele gosta tanto de citar “Às vezes, as coisas mais reais só acontecem na imaginação. A gente só se lembra do que nunca aconteceu.”. E falando em citar, é um livro cheio de citações interessantes.
Oscar é um menino, um pré-adolescente, estudante de internato, e sua principal diversão é escapar para passear pelo antigo bairro cheio de casarões perto do seu colégio. É num desses passeios que ele conhece Marina, e a historia vai desenvolvendo através do fascínio dele pela menina e dos mistérios que eles vão descobrindo juntos. Os detalhes do mistério dão um toque macabro a historia, o que eu particularmente achei muito interessante, já que leva o enredo além do romance e mostra o que um menino apaixonado não faz por amor!
É um livro curto, bem rápido de ler, ótimo para férias e para quem quer uma leitura diferente.

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3 comentários:

  1. Marina foi um livro bastante agradável. Eu o li e amei, apesar do final. Nunca tinha lido nada do autor, e gostei bastante dele. Espero ler mais em breve.

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    1. Leia os outros, principalmente A Sombra do Vento, são muito bons!

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  2. Pra esse ano eu me propos ler Zafon, tenho aqui O jogo do Anjo, mas me arrependi agora de não ter comprado Marina quando o vi de promoção. Fiquei curiosa sobre os mistérios e a relação do Oscar com a Marina.

    Bjs, @dnisin
    http://diamanteliterario.blogspot.com.br/

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