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quarta-feira, 10 de abril de 2013

[RESENHA] Finale — Becca Fitzpatrick

Série: Hush Hush #4
Título Original: Finale
Autora: Becca Fitzpatrick
Ano: 2013
Páginas: 304
Minha edição:


Nora e Patch pensavam que seus problemas tinham ficado para trás. Hank estava morto, e seu desejo de vingança não precisava ser levado adiante. Na ausência do Mão Negra, porém, Nora foi forçada a se tornar líder do exército nefilim, e era seu dever terminar o que o pai começara — o que, essencialmente, significava destruir a raça dos anjos caídos. Destruir Patch. Nora nunca deixaria isso acontecer, então ela e Patch bolam um plano: os dois farão com que todo mundo acredite que não estão mais juntos, manipulando, dessa forma, seus respectivos grupos. Nora pretende convencer os nefilins de que a luta contra os anjos caídos é um erro, e Patch tentará descobrir tudo o que puder sobre o lado oposto. O objetivo deles é encerrar a guerra antes mesmo que ela venha a eclodir. Mas até mesmo os melhores planos podem dar errado. Quando as linhas do combate são finalmente traçadas, Nora e Patch precisam encarar suas diferenças ancestrais e decidir entre ignorá-las ou deixá-las destruir o amor pelo qual sempre lutaram.

CUIDADO: a resenha pode conter spoilers!

Nora Grey está ferrada.
Depois de fazer um juramento de sangue com seu pai, o popularmente conhecido por Mão Negra, Nora tem de liderar o exército nefilim à guerra contra os anjos caídos. Mais que ser a líder, Nora precisa vencer; se não ganhar a guerra, se falhar ou se for deposta, ela e sua mãe morrerão. Assim, sem pressão nenhuma.
Então agora ela está no maior impasse de sua vida: precisa liderar os nefilins rumo à vitória, mas seu acordo com os arcanjos previa que não haveria uma guerra, para começo de conversa. E como garantir a vitória e a liberdade de toda a sua raça sem entrar em confronto mortal com os anjos caídos? E pior, como fazer isso sem desmoronar sua relação, agora completamente proibida, com Patch?
Há poucos dias do início do Chesvan, quando a guerra está marcada pra acontecer, Nora ainda não tem uma solução. Pra piorar, sua meia-irmã e mala em tempo integral Marcie resolveu se mudar pra sua casa, um arcanjo corrupto está ameaçando Patch (e, consequentemente, Nora), Vee está escondendo coisas dela e Dante, o antigo braço-direito do Mão Negra e agora uma constante pedra no sapato de Nora, apresenta a ela uma possibilidade obscura e perigosa de garantir a vitória nessa guerra. E conforme o cerco for se fechando, Nora precisará escolher melhor em quem confiar - especialmente, deverá decidir se pode confiar nela mesma.
Esperei muito muito muito tempo por Finale. Quando comecei a ler Sussurro, na verdade, a série já entrou pra minha lista de favoritos, pura e unicamente por um motivo: PATCH. Minhas altas doses de piriguetagem literária com relação a ele, somado ao fato de que a Nora não é uma das piores protagonistas que eu já vi, e que o livro tem personagens secundários fantásticos, me fizeram amar todos os livros. Menos o segundo. Mas isso não vem ao caso.
Bacca Fitzpatrick construiu uma série de mistérios que tornaram o universo de Hush Hush consistente e curioso. Ao longo dos três livros anteriores, fomos levados a desvendar mentiras, segredos, conspirações, e ir abrindo caixas e caixas pra sempre encontrar uma coisa nova e inesperada dentro. Tipo aquelas bonecas russas, sabe? Parecia que nunca ia acabar. E aí, chegamos em Finale. Quando achamos que todos os mistérios estavam resolvidos, e que era só a preparação pra guerra. Bom, não é.
Em Finale, voltamos ao bom e velho mistério sobre quem-está-mentindo, e em quem Nora e Patch podem ou não confiar - mistério esse que se mantém até o último minuto, por mais que todo mundo já esteja desconfiado e talvez até certo de quem é quem na história. Temos um longo caminho de preparações, de correrias, de chantagens e altos e baixos pro que está por vir. Mas o que está por vir, realmente?
Confesso que, embora o livro seja muito bom, ele foi bem mais chato e longo do que eu esperava. Enquanto eu li Silêncio em apenas um dia, a leitura de Finale se esticou pra quase três. Não que ele seja desinteressante, mas ele não me manteve eletrizada naquela necessidade louca de engolir todas as páginas de uma vez. Muito da história se passa em cenas e conversas e negociações que parecem não levar a lugar nenhum, e que são muito mais enfadonhas do que rápidas. E tem muito pouco Patch. ME JULGUEM.
Mas esse nem foi o ponto mais baixo de Finale pra mim. Duas coisas me soaram muito piores: o segredo da Vee (quem leu, sabe do que estou falando), que eu achei muito WTF, mal explicado e, honestamente, super desnecessário; e a conclusão do último capítulo, que foi rápida demais. Aliás, mais do que rápida, ela foi repentina. Tipo, num minuto, a Nora estava chorando porque está todo mundo morto e tem pessoas mortas e ah, vencemos, e no outro o Patch aparece, ela esquece de tudo, não temos mais ideia do que aconteceu a partir daí e corta pro epílogo de três anos depois. Tipo, OI? Foi o timing mais esquisito da minha vida! Apesar de eu ter achado a luta toda bastante rápida e pouco desesperadora pro meu gosto, esse foi o momento mais bizarro. Não fosse a fofura extrema do epílogo, eu certamente teria abominado o final.
Apesar dos pesares, a série acabou e vai deixar saudades. Já estou há alguns dias curtindo a minha DPL, e ainda pretendo reler só pra ter um gostinho a mais do Patch!
Ah, Patch....

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Um comentário:

  1. Eu não vejo a hora de ler Finale, sei que vou chorar litros por ser uma das minhas series favoritas, mas não da para ficar sem saber o que acontece. Fico triste por saber que muita gente tem comentado que ficou faltando alguma coisa nele. :/

    Bjs, @dnisin
    www.seja-cult.com

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