[10 COISAS] Os Melhores de 2012

2012 foi um ano de muitas leituras pra gente! E em meio a tantos livros, fica até difícil escolher qual (ou quais) foi o melhor do ano - mas a gente bem que tentou.
No 10 Coisas de hoje, cada um trouxe o que sua estante teve de melhor nesse ano que está acabando! :)

Larissa

Fazendo Meu Filme #4 - Fani Em Busca do Final Feliz

Tive leituras ótimas esse ano. Algumas muito intensas, algumas marcantes, algumas leves e divertidas, algumas emocionantes. Mas na hora de escolher uma pra eleger como melhor, eu não tive como desconsiderar o único livro que me fez sentir tudo isso ao mesmo tempo.

Poderia listar mil motivos pra essa ter sido uma leitura tão incrível, mas não preciso. Basta dizer que a Paula Pimenta conseguiu inserir em todas as mais de 600 páginas do livro um elemento que faz toda a diferença numa história: vida. Algumas histórias parecem ter vida própria, muitas fazem a gente se perguntar como seria se, mas nem todas tem o privilégio de realmente TER vida. A Fani poderia estar do meu lado. A Fani poderia ser eu. Há uma intensidade cativante na percepção do tempo, dos sentimentos, no narrar dos fatos. Há vida em cada uma daquelas linhas. Eu não li Fazendo Meu Filme, eu VIVI. E isso é um pouco difícil de ser substituído.

Amanda

Um Dia - David Nicholls

Nossa, escolher a melhor leitura de 2012 foi MUITO difícil. Fiquei dividida entre Jogos Vorazes, Sábado à Noite, Infinito e Um Dia. Cada um, à sua maneira, mexeu comigo. Mas, no fim das contas, pensei bastante e a escolha não poderia ser outra. A história de Dex e Em foi a que mais marcou.

Eu lembro que peguei o livro para ler com a expectativa lá em cima e ele não me decepcionou nem um pouco. Gostei muito da escrita do David, da construção das personagens e do modo como a estória se desenrola. Além do final que foi totalmente diferente do que eu esperava, mas eu gostei bastante.

Esse é um daqueles livros que mexe de verdade com nossas emoções e nos faz pensar acerca da vida, do tempo, das oportunidades perdidas.

Com certeza merece ficar na estante e ser lido várias vezes.

Maria Raquel

O Hobbit - J.R.R. Tolkien

Fiquei muito em dúvida entre duas leituras, mas no final O Hobbit acabou vencendo pelo sentimentalismo na cara dura. A outra era a continuação de Elixir, Devoted, que me surpreendeu demais (já tinha gostado do primeiro e o segundo foi melhor).

Li por causa do filme, antes dele lançar. Foi no meio de uma ressaca literária brava e talvez por isso não tenha apreciado realmente a beleza desse livro (comentei com uma amiga que havia emprestado que tinha achado "legal, mas não entendi o porquê de tudo em volta da história"). Mas é tão bem escrito que apesar da ressaca, foi minha melhor leitura do ano!

Claro que ajudou o fato de eu adorar histórias épicas/aventuras/fantasia. É incrível pensar que mesmo depois de 75 anos, Tolkien ainda sabe das coisas.

E, depois que assisti o filme, fiquei morrendo de vontade de reler. Esse vale a pena ter na estante.

"-Assim, chega a neve depois do fogo, e mesmo os dragões chegam ao fim!"

Diana

A Rainha do Castelo de Ar - Stieg Larsson

2012, conturbado pela faculdade, foi um ano de poucas leituras para mim. Ainda assim também tive dificuldade em selecionar a melhor delas.

Demorei pra conseguir terminar esse livro, mas o desfecho da trilogia Millenium não decepciona em nenhum momento. A Rainha do Castelo de Ar mantém o ar de suspense dos livros anteriores, porém tem um ritmo muito mais acelerado. É difícil desgrudar os olhos das páginas uma vez que você começa a ler! Sério.

E o jeito como a personagem Lisbeth Salander foi construída no decorrer dos três livros, as mudanças pelas quais ela passa e o que ela se torna no fim da trilogia fez ela entrar, com muito mérito, pra minha lista de melhores personagens da literatura.

Acho bom avisar que a trilogia Millenium não é indicada para quem quer uma leitura leve e descontraída. Mas garanto que, se você quiser mistérios e tensão, você deve começar a lê-la agora!!!

Drigo

Em Chamas - Suzanne Collins

É difícil escolher apenas um único livro entre tantos lidos esse ano, mas acabei escolhendo o segundo volume da trilogia que abalou o mundo em 2012. Não tinha um lugar por onde se passasse onde ninguém tivesse lido Jogos Vorazes ou assistido ao filme ou só visto alguma coisa sobre em algum lugar.

Eu gostei muito dos três livros, mas Em Chamas foi o que me deixou mais agoniado (entre todas as agonias da trilogia) pela arena ter uma praia infinita e mil e uma armadilhas demoníacas do Snow.

O jeito como a autora nos faz odiar o presidente Snow é indescritível, apesar de eu achar que livros na primeira pessoa nos fazem amar/odiar quem o narrador-personagem ama/odeia, então não tem como não torcer pelo Peeta desde a primeira cena dele dando pão para a Katniss literalmente morrendo de fome.

E é por causa dele que este livro se tornou o meu preferido de 2012. Quando os dois estão no topo de um prédio na Capital fazendo um piquenique, há uma cena muito romântica. Se tornou a minha cena preferida de todos os livros que já li.

Que venha 2013 com seus livros e cenas surpreendentes!

Mel Geve

Millenium - Os Homens Que Não Amavam As Mulheres

A Diana elegeu o terceiro livro de Millenium como melhor de 2012. Eu só li o primeiro - até agora. Gostei tanto que Os Homens Que Não Amavam As Mulheres é meu escolhido.

Preciso assumir: antes do livro, vi o filme (e prefiro mil vezes ler primeiro, porque aí minha cabeça está certa e o diretor está errado, não o contrário). Mas enfim, acabei saindo no meio da sessão de tão horrorizada que fiquei durante uma cena pesadíssima de estupro. Me fez mal.

Meu pai quase ficou rouco de tanto insistir para que eu desse uma chance ao livro. Li quase forçada.

... E meu Deus. Que história incrível! Que trama complexa e bem escrita! Quantos personagens esféricos e humanos! Quantas reviravoltas! Fiquei deslumbrada com a mente criminosa do autor e com sua capacidade de envolver, em um só livro, tantas áreas do conhecimento.

A única coisa que me incomodou foi a minha incapacidade de pronunciar os nomes das personagens. Culpa do autor ser sueco.  Você pode imaginar que, para que minha principal queixa seja falar "Wennerström", "Blomkvist" e "Magnusson", o livro precisa ser muito bom, né? Recomendo loucamente.

Alice Machado

Dançando no Ar - Nora Roberts 

Vou confessar que, mesmo antes de Harry Potter chegar em minha vida, eu já era fascinada por bruxas e magia. Essa paixão, claro, me deixou curiosíssima para ler este livro quando eu era criança e o vi nas mãos da minha avó, mas ela disse que eu era muito pequena para lê-lo.

Obviamente, o tempo passou e eu já tinha esquecido isso completamente. Quem me contou este fato engraçadinho da minha infância foi minha própria avó, quando, no começo deste ano, eu estava ajudando ela na mudança, achei o livro em uma caixa e pedi emprestado na hora.

Se o fato de ele me interessar duas vezes, em idades distintas, já basta para eu indicar como o melhor do meu ano? Não, não basta. O livro é incrível. Sempre tive esse lado meio feminista, e as personagens principais, Nell, Ripley e Mia, são exatamente o que eu chamo de heroínas.

Tem todo um mundo envolvendo esta trama incrível. Não sou fã de romances, mas, quando misturado a esta história, eu cheguei a torcer por ele. É o primeiro livro de uma trilogia que me prendeu do início ao fim, e aposto como fará o mesmo com você!

Clara

Retrato do meu coração - Patricia Cabot

Com o passar do tempo vocês vão perceber que eu sou fã incondicional de tudo que a Meg Cabot escreve - seja como Jenny Caroll, como Patricia Cabot ou como Meg Cabot mesmo.

A indicação que eu tenho é de um livro MARAVILHOSO que ela escreveu com o pseudônimo de Patricia. "Retrato do meu coração", na teoria, é uma continuação do livro "Rosa do Inverno". Na prática, a semelhança é só os personagens. Digo, em "Rosa do Inverno" os personagens são Penny e Lord Edward. Em "Retrato do meu coração", o personagem principal é o Jeremy - sobrinho dos dois. Ou seja, Penny e Lord Edward aparecem apenas como os secundários dos secundários, para dar uma bronca ali outra aqui. No entanto, Jeremy é um mocinho cativante e apaixonante. Dividido entre menino mimado e meio perdido do século XIX e garoto apaixonado pela vizinha que foge das regras porque, naquele tempo, quer ser artista, sua trajetória é muito bem mostrada, com um pulo temporal da época que os dois eram jovens adolescentes para época que são jovens adultos e se reencontram, depois dele passar um tempo no exército inglês, na Índia e ela passar um tempo na França, estudando pintura. O livro é cativante do início ao fim! Eu pelo menos fiquei com muita vontade de descobrir o que acontecia no futuro daqueles dois garotos do início do livro. Claro, apesar de não ser 50 tons de cinzas, os livros da Patricia Cabot também são recomendados apenas para maiores de 18 anos!

Chris Salles

Divergente- Veronica Roth

   Louca por ficção científica e nerd não declarada, minha indicação não podia ser nada diferente do que uma boa distopia. E Divergente levou o prêmio de melhor do ano na categoria Mocinho e Mocinha Bad Ass.

 A história se passa em uma Chicago distópica, onde a sociedade se organiza em cinco facções: abnegação, amizade, audácia, franqueza e erudição. Aos 16 anos, todos os jovens de suas facções tem de escolher quais delas de fato querem seguir e é nesse momento que Tris, a personagem principal do livro, faz a escolha que mudará sua vida. Ao ingressar na facção da audácia ela se vê forçada a participar de diferenciados treinamentos, desde tiros com armas de fogo até luta corporal. Obviamente nem tudo são flores, e no meio do caminho Tris se vê lançada em uma conspiração que poderá colocar fim à maioria das facções e, é claro, a sua própria vida.

  Nesse ponto, gostei muito da personagem da Tris por ser corajosa, embora suas reações às vezes me parecessem um tanto insensíveis. Quatro, instrutor de Tris, e possível par romântico dela, me conquistou totalmente, ainda que eu não seja do tipo que gosta de mocinhos no estilo "brucutu sarado". A história, bem amarrada e com um toque de Jogos Vorazes, também me prendeu do início ao fim graças ao seu ritmo alucinante. Faltou um pouco de embasamento nas questões científicas,  é verdade, mas acho que só eu senti falta mesmo.

  Por isso, indico Divergente de olhos fechados para quem gosta de sentir as mais variadas emoções em um livro. Vocês não vão se arrepender.