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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

[NOSSAS DICAS] A necessidade do ponto final


Oi, gente bonita! Já sabem quem está falando, né? É eu, o suprassumo de toda a beleza grega: Matt Bomer. Mentira, é o Douglas Marques (ou Doug) mesmo. E hoje, aqui no Nossas Dicas, preciso falar de um assunto extremamente importante quando se tenta (ou fracassa, como no meu caso) uma carreira literária: a necessidade de terminar um livro. 

Bora lá!



O coveiro tem o túmulo, o padeiro tem pão, o cozinheiro tem a lasanha, o pedreiro tem a casa... e você, tem o quê do seu trabalho? Não, calma! Não foi para magoar!

Difícil, né, gente? Querer ser escritor sem ter livro. É tipo querer ser músico sem saber tocar um instrumento. Mas aí você pensa: se eu estou aprendendo a tocar um instrumento, já sou músico? E aí eu re-pergunto: se você está escrevendo um livro, já é escritor? A resposta é um claro, sonoro e doloroso: depende. 

Tem gente que tem 387 livros parados na página 13. E não é por misticismo, não. É por pura e simples falta de compreensão da noção do que significa ser escritor. Ninguém disse que escrever seria fácil, disse? Quem esperar da profissão de escritor uma constante "vou-escrever-essa-cena-linda-ai-Jesus" está fadado ao sucesso, e eu explico agora o porquê.

Não sei quanto a vocês, mas, para a minha pessoa, todo começo de livro é uma festa. Tantas ideias! Tanta coisa nova para passar para o papel! Só de falar agora, já sinto vontade de começar a escrever outro livro, e olhem que comecei o atual há menos de duas semanas. Moral da história: você escreve, escreve e quando vê, aquela fonte inicial de inspiração se dissipou. Aí você não sabe mais para onde ir.

Pensem o seguinte: você se apaixona pela pessoa mais linda dos vários universos disponíveis pela Teoria das Supercordas. No começo, é aquela coisa boa! SMS a todo instante, ligação a cada quinze minutos (ou sempre que a Tim derruba a chamada, o que dá mais ou menos cinco em cinco minutos), todos capazes de vencer o mundo para ficarem juntos. Aí a paixão passa. Como manter? 

Tanto no caso citado como quanto à escrita a resposta é a mesma: amor. Em negrito, assim, destacado, quase gritando. Porque escrever é isso. É amar com tanta força aquele pedaço que se descola de nós mesmos na mesma medida em que nos completa que não existe outra alternativa que não seja continuar. Aquela história precisa ser contada. Aquelas vidas precisam ser vividas. Você precisa parar de sofrer. 

Entretanto, não é porque é amor que não existem dicas capazes de ajudá-lo a manter. Se existe auto-ajuda para relacionamento, existe Douglas Marques para a escrita (SOU TÃO LINDO QUE QUERO MORRER). Vou explicar: nos manuais de auto-ajuda não existem aquele monte de dicas do tipo "cheire o chulé do seu parceiro duas vezes por dia a fim de que vocês se sintam mais conectados"? Então, o que eu quero dizer aqui é: esquematize a sua obra. Anote novas ideias, faça descrições em fichas dos personagens, elabore ligações no enredo... Eu mesmo tinha o costume de encher a parede do meu quarto com anotações para a história. Post-its, sulfite velho... já anotei esquema de livro até em verso de rótulo de Coca-Cola.

Se você não quer começar com livros, inicie com contos. Escreva dez contos, vinte, trinta... quantos forem necessários para que você se sinta seguro o bastante para começar e terminar um livro. Não confunda, entretanto, desistir de uma história porque a inspiração acabou com desistir de uma história porque você percebeu que o enredo não funciona. Mas aí você pergunta (e você tem perguntado muito na minha cabeça, convenhamos. Acho que é por isso esses novos remédios do meu psiquiatra): e como eu sei diferenciar se quero desistir de um livro porque sou burro de preciso desistir de um livro porque ele é chato? Aí é com você, gatinha ou gatinho da literatura. Mas ficar de férias literárias sempre é uma boa para perceber. Deixar o livro de molho por alguns dias ou semanas (talvez até meses e anos) é bacana para estabelecer essa diferença. Só não vale se esconder atrás de desculpas para não retomar a obra.

Terminando o livro, que pode ser cinquenta, cem ou quatrocentas páginas, aí você vai sentir a melhor sensação da sua vida. Dever cumprido, histórias contadas. Você se sente no céu por algumas horas, dias ou meses. Então, sem que perceba, sente um comichão. Um incômodo, uma coceira n'alma.

Está na hora de começar outro livro. 

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5 comentários:

  1. Lindo, Doug.
    E eu to me sentindo diretamente tocada porque tenho dois livros pela metade e não sei se quero/devo/deveria continuar.
    Obrigada.

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  2. Curti e mto seu post.
    Tbm acho que a galera começa mto no oba-oba e dps não sabe p/ onde vai, aí a gente vê mtas histórias com ótimas ideias, mas enredos fracos ou sem pé nem cabeça. Espero que continue nessa ideia, pq dps de terminar o livro, ainda tem mto chão, até de fato virar um livro! rs

    Andy_Mon Petit Poison
    POISON TRIP - Os Magos (Opiniões) j.mp/14EwqkT

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  3. nossa super amei seu blog hein
    lindo demais
    e esse post então nossa bem escrito e explicativo, você esta de parabéns.

    estou seguindo seu blog e ficaria honrada se pudesse retribuir pelo menos a visita

    http://alinewdesigner.blogspot.com.br/

    Beijos e tenha um dia maravilhoso

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