Autor: George Orwell
Editora: Companhia das Letras
Ano da primeira publicação: 1949
Nº de páginas: 413
Falar da que é considerada a maior obra de ficção distópica
de todos os tempos complicadíssimo. 1984
é um daqueles livros que gera tantas teorias, opiniões e pontos de vista quanto
leitores, e tentarei expor tudo que senti na minha terceira releitura do livro
aqui.
Ao contrário da maior parte de muitas distopias, o mundo de
1984 não admite discordância – ainda que ela se dê no palmo de caixa craniana
do indivíduo. A temível Polícia das Ideias se certifica de que nem mesmo em
pensamento o cidadão discorde do governo, auxiliados pela teletela (aparelho de
televisão que tanto transmite quando capta imagens) e pelo próprio povo –
sobretudo as crianças, vítimas de uma grande lavagem cerebral.
Winston Smith é um desses cidadãos. Funcionário público
(como todos os membros do Partido, a organização que dita as regras nesse
mundo) seu trabalho soa bastante peculiar, mas faz sentido: falsificar a
história.
Qualquer previsão errada feita pelos membros do Partido ou menção a
condições anteriores (quando a Oceania está em guerra com a Lestásia, por
exemplo, sempre esteve em guerra com a Lestásia, fazendo necessária a correção
de todos os registros que ditem o contrário). A parte mais complicada do seu
trabalho, porém, é eliminar do registro as pessoas “vaporizadas”, dissidentes
que desaparecem da face da terra (e da memória de seus conhecidos) para sempre.
Controlar o passado é controlar o futuro.
“O partido dizia que a
Oceania jamais fora aliada da Eurásia. Ele, Winston Smith, sabia que a Oceânia
fora aliada da Eurásia não mais de quatro anos antes. Mas em que local existia
esse conhecimento? Apenas em sua própria consciência que, de todo modo, em
breve seria aniquilada. E se todos os outros aceitassem a mentira imposta pelo
Partido – se todos os registros contassem a mesma história – a mentira
tornava-se história e virava verdade.”
Quando Winston começa a questionar a vida medíocre e sem
paixões imposta pelo Partido, ele tem certeza de que será vaporizado – a
questão é quando.
1984 é maravilhoso. Um clássico mais acessível do que a
maioria, versa sobre temas modernos, como a super vigilância das câmeras ou a
irredutibilidade dos governos. É difícil encontrar um tema envolvendo
totalitarismo de que Orwell não tenha tratado – até mesmo a língua é atacada,
criada a Novafala, idioma tão sem floreios que impediria por si só o “pensamento-crime”.
É chover no molhado recomendar a leitura.
Eu gosto de livros assim. Que falam de épocas. Acho que agregam muito ao nosso conhecimento!!!
ResponderExcluirVou procurar saber mais!
Beijos
http://plantaoonline.blogspot.com.br/
Eu li este livro e a primeira impressão que tive foi: estou no BBB!!!
ResponderExcluirOrwell soube tratar muito bem deste tema e foi bem claro e objetivo no que ele gostaria de dizer. Gostei muito da sua resenha! Bjo
http://chadelivroecupcakedechocolateecereja.blogspot.com.br/
Também não li, ohmeudeus.
ResponderExcluirPreciso me atualizar.
Preciso de mais horas no dia.
Socorro.
To muito por fora de tudo.
Céus,
Quero ler. Mesmo. É isso.
Beijo