[INDICAMOS] Divergente

Você sabe que nós, aqui da NRA, detestamos esperar as novidades chegarem até a gente, né? É por isso que, em geral, a gente vai lá e corre atrás do que quer saber. Ou ler. Ou assistir.
Então, ao invés de esperar até Abril, quando a adaptação de Divergente chega aos cinemas brasileiros, eu simplesmente acordei ontem e procurei o torrent do filme pra baixar. Naquela qualidade excelente de filmes gravados no cinema, hoje eu assisti. E as minhas impressões você confere agora!

Caso você não conheça a história de Divergente, vai aí um resumo rápido: numa Chicago destruída pela guerra, a sociedade foi reorganizada em cinco facções. São elas Abnegação (que tem como carcterística principal de seus membros o altruísmo); Amizade (felicidade e gentileza); Erudição (inteligência e conhecimento); Franqueza (honestidade); e Audácia (coragem). Beatrice Prior, nossa protagonista, é uma garota nascida na Abnegação, mas que, ao completar dezesseis anos e fazer seu teste de aptidão, descobre que sua mente funciona de uma maneira diferente das demais - ela é divergente, ou seja, apresenta múltiplas aptidões, e por isso, é considerada perigosa para as autoridades. Tendo nas mãos o poder de escolher o próprio destino, ela muda de facção para a Audácia, onde faz amigos e inimigos e acaba descobrindo os podres e as guerras de poder dentro do sistema que, até então, ela julgava perfeito.

Quando li Divergente, fiquei instantaneamente apaixonada, apesar desse amor ter sido desfeito ao longo Insurgente e me desfeito um bom tanto do amor inicial. Confesso que, juntando tudo, eu não tinha lá muito boas expectativas.
das continuações da trilogia. Tem um ritmo rápido, tem ótimos personagens, e é uma descarga constante de emoções no leitor. Quando saiu a notícia do filme, eu já tinha lido

Acabei deixando qualquer animação de lado, independente do quão promissores os trailers fossem. Pra começo de conversa, eu nem gostava muito das poucas escolhas do casting de que eu tinha algum conhecimento - achava a Shailene Woodley muito diferente da Tris que eu tinha imaginado, achava estranho ver Ansel Egort como seu irmão quando, em A Culpa das Estrelas, eles fariam um par romântico, e, acima de tudo, achava Theo James muito velho pro papel do personagem Quatro. Basicamente, vi e pus todos os defeitos que podia. Não queria gostar. Estava de bode dessa história. Não é pra menos que decidi assistir o filme em casa antes de gastar dinheiro no cinema.

Mordi minha língua em praticamente todos os sentidos. O filme de Divergente me lembrou todas as emoções que eu tanto adorei no primeiro livro, e me deixou meio besta e ansiosa o tempo todo, ainda que eu soubesse o que ia acontecer. É extremamente fiel ao livro, e não tem aquele problema de tentar antecipar coisas dos livros seguintes, nem de tentar corrigir o final pro caso de flopar e as continuações não ganharem as telas. Ele existe e se firma no que é, sem prolongamentos desnecessários. São duas horas de sentimentos ininterruptos, super bem escritos, bem dirigidos e bem filmados.

Embora eu não tenha concordado com todas as escolhas de elenco (alguns porque eram diferentes demais do que eu imaginava, e alguns porque eu simplesmente não gostei mesmo), meus principais temores se desfizeram. Shailene é uma ótima atriz, e em menos de dez minutos de filme eu já tinha comprado a ideia de que ela sempre tinha sido a minha Tris. Ela e Ansel tem uma química muito boa em cena, e minhas frescuras foram pro espaço pelo simples fato de que são apenas frescuras mesmo. E Theo James... ah, Theo. Eu juro que não queria gostar de você. Mas não consigo. Ele é o Quatro. Velho demais ou não, ele tem uma compreensão tão absoluta de quem é o seu personagem que é impossível desassociá-lo do papel agora. E ele e Shailene foram ótimos juntos, não tem como negar.

A relação de Tris e Quatro e os conflitos entre facções são os pontos mais explorados e bem Insurgente seja confirmado...
desenvolvidos. O que é ótimo, claro, mas não deixo de sentir falta de uma profundidade maior no relacionamento de Tris com os outros iniciados (especialmente com a Christina, que mais tarde se torna a sua melhor amiga - a amizade delas acabou se tornando um pouco rasa no filme) e de outros detalhes que fazem parte da construção dos personagens no livro, mas que não couberam na tela. Mas apesar dos pesares, o filme funciona, e acho que isso se estende até pra quem não leu os livros. E agora, apesar de eu não gostar das sequências, fico com uma pontinha de esperança de que Insurgente também ganhe as telas!

Até a próxima ;)