Título Original: “300 — Rise Of An Empire”
Roteiro:
Zack Snyder e Kurt Johnstad
Diretor:
Noam Murro
Duração:
102min
Estúdio: Legendary
Pictures e Warner Bros. Pictures
Sinopse:
Dez anos antes dos eventos de 300 (2006),
na I Guerra Médica, o rei Dario I da Pérsia tem planos de invadir a Grécia, mas
quando desembarca nas terras gregas, após semanas de viagem marítima, vê seu
exército sem forças sucumbir diante da espada de Temístocles (Sullivan
Stapleton) e o exército ateniense. Mas antes que pudesse ordenar a retirada
persa, Temístocles lança uma flecha fatal que acerta Dario direto no peito, o
que causa a morte do rei na frente do filho Xerxes (Rodrigo Santoro).
Temendo a vingança brutal que viria, Dario pede
para Xerxes não enfrentar mais os gregos. Só que a calculista tirana Artemísia (Eva
Green) faz a cabeça do fraco Xerxes e o enche de rancor e ódio transformando-o
no temido Deus-Rei que assolará a Grécia.
Não se pode
falar de 300 sem pensar “This. Is. SPARTA!” frase imortalizada
por Gerald Butler na pele do rei Leônidas no longa de 2006. Porém, esta não é
uma história espartana, apesar do exército da rainha Gorgo (Lena Headey, sim a
Cercei Lannister de Game Of Thrones)
ser desejado fortemente por Temístocles e todas as cidades-estados.
Os atenienses e o mocinho Calisto (Jack O'Connell) |
A primeira
parte de A Ascensão do Império
acontece antes e em paralelo ao primeiro filme: enquanto Leônidas e os 300
lutam nas Termópilas conta trocentos persas e aliados de Xerxes, Temístocles
reúne um exército de “poetas e artistas” atenienses em alguns navios e bate de
frente com a terrível marinha persa liderada por Artemísia, e é justamente a
vilã de Eva Green quem tem as melhores falas e cenas.
Lena e a vingança da rainha Gorgo |
A fotografia
e sangue digital evoluíram se comparados ao primeiro e faz parecer que estamos
diante de uma HQ desenhada por computadores superpotentes e que ainda por cima
se mexe(!!!). O clima sempre nublado a claro com chuvas ocasionais em pontos
isolados dá o tom noir que o filme
gostaria de ter.
E como no
anterior há um excesso de câmeras lentas que só servem para fazer o sangue
jorrar dos corpos devagar devagarinho.
O ponto
positivo do roteiro é que partes importantes do filme são todas contadas pela
rainha Gorgo ou por Temístocles, como 300 também era narrado. E elas dão um tom de conto que é uma das poucas
coisas que prendem o expectador que quer história e não apenas sangue e cabeças
voando.
Lena Headley
pode estar irreconhecível para aqueles mais desavisados que se acostumaram a
sua cabeleira loira como a cruel rainha de Westeros, no seriado Game Of Thrones da HBO, mas ela reprisa
o papel da rainha Gorgo com propriedade e autoridade emprestadas de Cercei e a delicadeza e a bondade da espartana.
Artemísia no navio durante a Batalha da Salamina |
Eva Green... ah, Eva “Artemísia” Green... Tão cruel e tão sexy. A mulher que mexe com
forças escuras para corromper o rei da Pérsia e armar o contra-ataque que ficou
conhecido como II Guerra Médica parece não trocar de expressão durante os
102min de fita. Bem, isto fica no tom da personagem e não é um demérito!
Outro ponto a
favor são as cenas de batalha marítima, que no filme de 2006 ficou restrito a
apenas uma cena. São elaboradas e feitas com muito esmero por pessoas que souberam
mostrar cada detalhe dos navios.
Se em 300 a cena quente ficou reservada para
Leônidas e Gorgo, desta vez a vilã é quem tem seus minutos de prazer, em um dos
poucos alívios cômicos do filme.
Xerxes e Dario |
Rodrigo
Santoro reprisa o papel que o fez ser visto em Hollywood, o temido Deus-Rei
Xerxes I. A maioria das cenas dele são com Eva Green, mas quando ele contracena
com o corcunda ou chora com o pai dá um tom mais profundo a personagem que
antes era apenas um inimigo impiedoso e agora se torna uma peça no jogo da
guerra.
O que me incomodou
um pouco foi a indicação de “18 anos” que o Ministério da Justiça deu para o filme.
Eu acho que a história cabe muito bem para “16 anos”, como foi o primeiro que
tinha cenas muito mais fortes e que aproximavam o espectador dos
dramas intensos de cada um. A cena de sexo também era mais detalhada em 300.
Entre poucos feridos,
exércitos inteiros mortos e muuuito sangue digital, 300 — A Ascensão do Império é um bom divertimento para os fãs de
batalhas épicas, tramas históricas e gregos malhados se digladiando com
inimigos perversos.
Ah, em 3D a
fotografia e os efeitos visuais são muito perfeitos.
Já assistiu?
Vai ao cinema 3D?
Comenta aí o
que achou da nova visão sobre a II Guerra Médica.
até...
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