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quinta-feira, 27 de junho de 2013

[RESENHA] A Pirâmide Vermelha - Rick Riordan

Série: As Crônicas Dos Kane - Livro 1
Edição: 1
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788598078977
Ano: 2010
Páginas: 445
Tradutor: Debora Ísidoro
Sinopse: Desde a morte de sua mãe, Carter e Sadie viveram perto de estranhos. Enquanto Sadie viveu com os avós, em Londres, seu irmão viajava pelo mundo com seu pai, o egiptólogo brilhante, Dr. Julius Kane.
Uma noite, o Dr. Kane traz os irmãos juntos para uma experiência de “pesquisa” no Museu Britânico, onde ele espera para acertar as coisas para sua família. Ao contrário, ele liberta o deus egípcio Set, que expulsa-lo ao esquecimento e forças das crianças a fugir para salvar suas vidas.
Logo, Sadie e Carter descobre que os deuses do Egito estão acordando e, o pior deles – Set – tem a sua visão sobre o Kanes. Para detê-lo, os irmãos embarcam em uma perigosa viagem em todo o mundo – uma busca que traz os cada vez mais perto da verdade sobre sua família e seus vínculos com uma ordem secreta que existiu desde o tempo dos faraós.

Sadie e Carter Kane são irmãos, mas sua convivência é tão escassa que mal poderiam se considerar amigos; enquanto ela mora com os avós em Londres, ele viaja pelo mundo com o pai, o egiptólogo Julius Kane.
É numa das duas visitas anuais a que seu pai tem direito que o destino une definitivamente os dois. Após buscarem Sadie em casa, os três vão visitar o British Museum - um daqueles passeios a que Carter já está habituado, mas que Sadie odeia - e, em questão de minutos, tudo muda. Seu pai pede aos dois que tranquem o curador numa sala, enquanto pega uma peça muito valiosa - a Pedra de Rosetta - e murmura coisas estranhas. E é aí que tudo explode. Literalmente.
Formas estranhas começam a deixar a Pedra, e, antes que possa fugir, Julius Kane é preso dentro de um caixão mágico e arrastado para o centro da terra. Os irmãos Kane agora estão perdidos, em todos os sentidos da palavra. Quando seu tio, Amós (que, aliás, eles nem sabiam que existia!) vai buscá-los para levá-los para a sua casa em Nova York, a situação piora. Entre crocodilos albinos, babuínos inteligentes e barcos que fazem viagens enormes em apenas alguns minutos, Sadie e Carter serão apresentados ao passado da família Kane e a todo um submundo que, até então, eles só conheciam nos livros de seus pais; os deuses do antigo Egito vivem, e estão retornando. E, é claro, isso não tem nada de bom, já que o pior dentre eles, Set, está construindo um portal para se fortalecer e subjugar o mundo. E eles só tem pouco mais de cinco dias para vencê-lo. E não fazem ideia de como fazer isso.
O primeiro volume de As Crônicas dos Kane tem todo aquele tom introdutório que a gente já conhece de livros de fantasia. Muitas informações, toda uma mitologia pra processar, o universo dos nossos protagonistas sendo revirados e virados outra vez. Por isso, e também pelo fato de a mitologia egípcia ser um bocado complicadinha e, em geral, envolver nomes bem estranhos, boa parte do livro e dos diálogos tem uma cara um pouquinho didática. Sabe aquela sensação de "pessoas normais não falariam desse jeito"? Então. Mas é perdoável, simplesmente porque, de outra forma, ficaria impossível acompanhar e entender os acontecimentos sem algum conhecimento prévio. É um "mal necessário".
O livro também conta com uma quantidade impressionante de personagens, algo com que eu já estava acostumada desde Percy Jackson. Rick Riordan tem um jeito muito legal de apresentar os personagens coadjuvantes sem torná-los inteiramente coadjuvantes, e é um dos traços que eu mais gosto nos livros dele. Ao invés de colocar todos eles em cena o tempo todo, formando assim um grupo imenso de personagens difíceis de conciliar, cada um tem momentos específicos de ação e nunca trabalham com a dupla de protagonistas simultaneamente; contudo, sua participação individual é fundamental no resultado total, como se cada um tivesse uma pecinha do quebra-cabeças, sem a qual a figura jamais ficaria completa. Por isso, me apeguei muito a alguns desses coadjuvantes, como a deusa menor/gata/guardiã Bastet, Anúbis, entre vários outros.
Também é muito fácil gostar de Sadie e de Carter. Verdade seja dita, ambos são, pra mim, uma repetição da fórmula que já havia funcionado com Percy Jackson: boas tiradas, muito humor, uma leve tendência a fugir de qualquer confronto emocional na narrativa e uma inocência que vai se perdendo aos poucos. O bacana é ver isso em dose dupla e no relacionamento com os irmãos. Eles começam como completos estranhos, e chegam num ponto em que não sabem mais viver um sem o outro. O que não significa, claro, que não possam existir briguinhas bestas, nem pequenas provocações. É um relacionamento bacana de acompanhar.
É uma leitura muito gostosa, divertida e super válida. Quem curtiu PJ com certeza vai amar os Kane.

Beijinhos!

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3 comentários:

  1. Eu não gostei muito não, mas porque não é o meu estilo. Mas pra quem gosta de mitologia egípcia e aventura, recomendo.

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  2. Não sei porquê eu li A Pirâmide Vermelha tão rapidinho e quando foi a hora de Trono de Fogo LOL Não consigo ler até hoje. Mas gostei de APV :) Achei bem legal. É meio diferente de PJO, mas ainda curti legal.

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  3. O que falar de A Pirâmide Vermelha? Não consigo defini-lo como nada menos do que incrível, assim como todas as obras do louvado Rick Riordan!

    Parabéns pelo blog! É um dos poucos blogs literários que têm qualidade de layout e postagens.
    http://paragrafosecapitulos.blogspot.com.br/

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