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sexta-feira, 7 de junho de 2013

[RESENHA] Insurgente - Veronica Roth

Série: Divergente #2
Título original: Insurgent
Edição: 1
Editora: Rocco
ISBN: 9788579801556
Ano: 2013
Páginas: 512
Tradutor: Lucas Peterson
Sinopse: Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor. 

O mundo está pegando fogo.
Com a Audácia dividida entre traidores e fugitivos, e a Erudição se preparando para tomar de forma ainda mais abusiva o controle de todas as outras facções, Tris, Quatro e seus amigos não tem bem pra onde ir, nem exatamente um plano em mente. Só sabem que precisam escapar com vida pra tentar colocar os pingos nos is e resolver esse caos. É assim que acabam num trem, rumo à sede da Amizade.
Logo, o que já era ruim começará a piorar. Enquanto os alegrinhos da Amizade relutam em tomar partido na guerra iminente, os membros da Franqueza se dispõe a lutar em prol, claro, da verdade - pelo menos se dispunham, até que Janine Mathews, líder da Erudição e centro de todo o problema, resolve começar suas ameaças. Quando não há mais nenhum lugar seguro, será preciso procurar abrigo onde Tris jamais imaginaria pisar: com os sem-facção.
Mas aqueles que ela aprendeu a vida toda a repudiar parecem ser os mais organizados em meio ao caos. Liderados por alguém que deveria estar morta, planejam a derrubada da Erudição e o fim de todas as facções. O plano rebuscado conquista os olhos de Quatro, mas todos os instintos de Tris apontam que isso é uma péssima ideia - e que há muito que não está sendo dito a eles. Quando os segredos começam a despontar, Tris precisará escolher um lado para apoiar; e, surpreendentemente, não se trata mais de estar entre a Erudição e os sem-facção, mas entre a liberdade e o completo sobrepujamento da sociedade.

Insurgente começa exatamente no ponto em que Divergente termina - com Tris, Quatro, Caleb e companhia no trem, fugindo para a sede da Amizade. Ainda sem muita noção do que farão a seguir, vão planejando seus próximos passos de acordo com as novas descobertas.
E quantas descobertas! Lendo Insurgente, tive a sensação de que não sabia absolutamente nada sobre nada até então, como se a autora tivesse deixado tudo pra contar num único livro. Não é algo exatamente ruim, mas rola tamanha sobrecarga de revelações que, se a gente não tira um tempo pra pensar a respeito, acaba misturando tudo e não entendendo nada.
Em Insurgente, conhecemos mais de perto o funcionamento e os princípios de todas as outras facções a que tínhamos sido apresentados superficialmente em Divergente. Essa foi, na verdade, uma das partes que mais gostei, porque permite que a gente entenda os diferentes níveis de controle que as facções tem sobre seus membros - o soro da verdade na iniciação da Franqueza, o ambiente estilo "sala de aula" nos laboratórios da Erudição, o soro relaxante ministrado diariamente nos membros da Amizade. Tudo isso deu ao universo as pontinhas que faltavam pra que ele se tornasse mais real e menos estereotipado - embora, pessoalmente, eu ainda ache que a lógica de facções criadas pela autora é muito sem sentido e excessivamente estereotipada.
Se em Divergente eu tinha me apaixonado por praticamente todos os personagens, em Insurgente boa parte desse amor foi derrubado. Especialmente em se tratando de Tris e Quatro, eles caíram MUITO no meu conceito. Isso porque Tris está absurdamente melodramática e irritante, e Quatro passa tanto tempo querendo protegê-la que se esquece de um dos princípios básicos de relacionamento: confiança. O que, aliás, é algo mútuo, já que parece que nenhum dos dois consegue confiar no outro. O livro inteiro, eles passam escondendo segredos - sobre o que fizeram, sobre o que pensam, sobre o que sentem, sobre o que querem fazer - e Tris fica remoendo essa falta de confiança. Mas ao invés de agir, de tomar a iniciativa, ela esconde mais coisas e reage como uma criança chorona. E, sério, isso é demais pra minha paciência.
Senti que a autora pesou demais a mão nas questões sentimentais e pessoais, quando poderia ter explorado mais o lado político. Não que ele não seja bem trabalhado - é até melhor que no primeiro - mas os traumas e os draminhas do casal principal acabam se colocando tanto no caminho que, pra mim, foi como se mascarassem o peso real das coisas.
Muitas pontas ficaram soltas, e sinceramente não sei o que esperar do terceiro (e, dizem, último) livro da série. Como em Divergente, o final me deixou bastante ansiosa, mas não beirando o desespero. Meio naquelas de "onde será que ela vai chegar com isso?". Estou esperando pra ver!

Beijões e até mais!

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Um comentário:

  1. Oi Larissa, tudo bem?

    Estava passeando pela blogosfera e encontrei seu blog. Gostei e estou seguindo! *.*

    Esta série está pertinho da leitura em minha lista! Não vejo a hora! Hehe

    Beijos, parabéns pelo blog e pela resenha.

    Deixo meu endereço, se puder fazer uma visitinha vou ficar muito feliz.

    http://escrev-arte.blogspot.com.br

    Boas leituras, sempre!!

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