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sexta-feira, 28 de junho de 2013

[COISAS DE LIVRO] Trocas e Empréstimos

Você já leu aquele livro. Uma, duas, dez vezes, não importa. E agora ele está ali, na sua estante, acumulando poeira.
Seu amigo pede emprestado. Ou alguém no Skoob te propõe trocá-lo por outro livro que você quer muito, mas ainda não tem. O que você faz?
Reunimos nossos colaboradores pra dar seus pitacos sobre a difícil decisão de trocar e emprestar livros. Quais os prós e os contras? Por que fazer e por que não? Continue lendo e compartilhe suas opiniões com a gente!


Lucie Fernandes

    Olá, NRAnianos, como vocês vão? :) Faz algum tempo que eu empresto algum livro meu ou troco algum de meus livros por outro (se bem que a segunda ação, durante minha vidinha, foi menos frequente), então tenho só algumas lembranças vagas para servir de apoio para compartilhar algumas dicas com vocês. E a primeira delas, talvez a fundamental, é a:  

Você realmente quer emprestar ou trocar o seu livro?  
   Algumas pessoas veem livros como simples objetos, apesar do reconhecimento de sua importância, e não veriam problema se, após a perda do interesse sob alguma determinada obra ou após já se saciarem de saber sobre o conteúdo das páginas, fizessem uma negociação acerca do passe de um livro. Seja para uma troca, por algum título que possa lhe interessar, ou então só para emprestar seu título por um tempo determinado entre as duas pessoas. 
   Outras poderiam passar se o caso fosse um amigo que conhecessem bem ou para um colega que, pela 'análise clínica-social de comportamento' (como eu poderia denominar), tivessem uma boa impressão tão simpatizante que o dessem uma característica de 'cuidadoso'. Não emprestariam para alguém que fosse fora desses, vamos dizer assim, pontos de vista de perfis de pessoas.
   Mas existem aquelas que são capazes de ter uma certeza de trocar ou emprestar um determinado livro... Apenas no dia de São Nunca. A não ser que exista um convencimento, por parte de quem quer realizar a troca ou o empréstimo de determinado livro, sobre a necessidade que esta tem para ter por um tempo indeterminado ou determinado.

   Sei que é meio cansativo analisar por pontos desses três perfis, para algumas pessoas, pois isso pode dar uma impressão daquelas descrições que podemos dar uma olhada em revistas de beleza e onde se tem aqueles questionamentos de "Você é ou Você não é", você tem que marcar determinadas respostas e só então se chega a um determinado resultado que pode te ajudar. 
   Mas são algumas imagens de pessoas que geralmente todos (ou uma boa porcentagem) pensa quando se fala do termo "troca e empréstimo de livros". E talvez recortes de uma imagem ou várias se possam se achar em uma pessoa, através do olhar de quem a conhece ou através do julgamento dela com ela mesma. E isso se gera através da questão dela precisar ou não do livro
   Vamos ver, a) você tem uma altíssima afinidade com o livro e com o autor?  
   b) reveja o que você irá fazer se, por acaso, aceitasse trocar ou emprestar seu livro: ele irá te fazer um uso que poderá não ser substituído por outro tipo de material? Eu dizendo isso sobre trabalhos acadêmicos (mesmo se for um livro que você, em sua imaginação, possa não considerar um material pra 'trabalho acadêmico' pra o curso que você estiver de olho na faculdade ou que você já ter interesse ou já ter feito, sobre você achar o livro tão bom que quer reler e reler por conta de um determinado estado de sua mente (até se cansar) ou sobre você querê-lo ainda por perto por alguma conexão especial que geralmente é emotiva
   c) questione-se, se ainda tiver dúvidas a respeito do uso, "por quê ele está ainda comigo?". Você quer guardá-lo para alguém em específico (seu pai, sua mãe, seu futuro filho, sua futura filha, sua irmã, seu irmão, seu primo)? Se essa pessoa estiver viva no momento em que você questiona, interroga-a, sem esclarecer que é sobre aquele livro em específico (ou sim: bom, a decisão é sua), para ver se sua resguarda não é em vã. Se essa pessoa já a utilizou, comentou a respeito e te devolveu, vamos para a próxima letra (mesmo se você passado por tudo isso e não ter realizado algo, ainda carregando uma dúvida):
   d) coloque-se no lugar do outro. Se já houver o interesse antes da garantia de você querer trocar ou emprestar, converse, em uma boa, sobre o porquê. "Porquê eu quero", se for a resposta, tenha cuidado quanto aos riscos. Talvez uma resposta mais argumentativa sobre as razões dessa pessoa, para quem você vai emprestar ou com quem você vai trocar, pode te convencer a aceitar que ela pode fazer esse negócio com você. Mas algo que a pessoa indicar "Porquê eu quero", pode indicar várias direções e você poderá que acatar com algumas responsabilidades, como qualquer decisão que você fará para deixar de lado, por um tempo ou talvez até o fim de sua vida, de algo.
   Primeira é que,  

se for um negócio sob as características de um empréstimo

   você pode ter uma pequena (ou maior) crise de abstinência. Não estou dizendo que isso vá ocorrer para todo empréstimo (outra dica que posso dar é, se você conhece bem amigos dessa pessoa [ou nomes confiáveis que já tenham essa atividade com essa pessoa] que também já tenham livros e ela já ter tido livros emprestados ou trocados com ela, poder fazer uma discreta pesquisa sem imediatamente expressar que quer emprestar ou trocar algo) que você fazer, com determinado título ou autor, para determinada pessoa dentro desse processo. 
   Mas existe a possibilidade e você tem que se precaver caso sentir isso. Ou quando você já tiver emprestado e considerar "tarde demais" porquê o que foi feito já foi feito. A primeira medida que você pode fazer é ver as datas. Quando essa pessoa poderá te entregar? Quando você acha que ela poderá? Ela poderá carregar o livro? Será um 'emprestado' por um prazo por mais de um dia? 
   Antes de qualquer ação, negocie e diga "tenha cuidado com o livro, por favor, vou deixá-lo com você por um tempo" apenas quando sentir a necessidade de falar isso com a pessoa. Se for uma imagem de pessoa que, após muita convivência para constatar, não for exatamente responsável, mas você sente a necessidade dela de ter o livro e você ainda ter necessidade de ter ainda o livro, faça uma breve pressão sobre 'você o querer em um bom estado'.
   Não é todo estado físico de livro que vai ser levado em conta como um 'mau estado'.  Mas toda pessoa, em um empréstimo, já deve ter uma noção de responsabilidade. Falo isso porquê existem pessoas que você acaba se simpatizando, você entrega o livro e, de repente, ela pode te entregar amassado, rasgado, com muitos, muitos rabiscos de caneta e... Isso pode depender da justificativa e do quanto você confia nela. Ou, até, das condições da própria pessoa.
   Algumas vezes, isso ocorre não porquê a pessoa não se esforçou para ter o mínimo e o máximo de cuidados possíveis, mas porquê simplesmente ocorreu um incidente que acidentalmente prejudicou o exemplar. Também há esse lado, como também outros. Dependendo de sua paciência, você pode deixar passar e aceitar o livro de volta da maneira como está. Ou não. Você bem pode requerer vias de pagamento de outro exemplar, caso você sinta ainda uma necessidade de ainda querer o livro (aquele título) pra algum uso. 
    Recomendo que você possa simplesmente dizer para ela pagar com o dinheiro (e para isso, querer o exato preço do pagamento de um novo exemplar, sem mais e sem menos do que esse preço) ou direto com um novo exemplar. Isso dependendo do que você conhecer de condições financeiras daquela pessoa, pois, se ela realmente não poder fazer isso, você deve respirar fundo e dizer para si mesmo/a que "Tá, vou esquecer isso" porquê, bom, bom senso e compreensão.
  Talvez uma semana, duas semanas. Veja a quantidade de páginas que o livro tem, considere se a leitura possa ser rápida e pense na quantidade de dias que você demorou para ler uma vez com um básico entendimento sobre o contexto. Talvez essa pessoa possa considerar que ela consiga terminar de ler por poucos dias. Caso ela diga isso, tudo bem. Estabeleça uma data, mas já a avise sobre a possibilidade dela querer estender o prazo e dela avisar antes caso isso ocorrer. E caso seja necessário, justificar também para poder clarear as coisas.
    Emprestado o livro? Distraia-se um pouco. Jogue videogames, veja o que você ainda tem que fazer durante a semana (tarefas? compromissos? comprar algo? o que?), coma bem, converse com seus amigos, tente ler outros livros ou revistas também (quais você ainda não leu ou terminou de ler?), faça sua rotina diária... Mas mantenha um olho aberto quanto a outra pessoa. Basta um questionamento sobre o livro ou uma observação, caso ela esteja com o livro emprestado próximo de você, para só assegurar. 
    Faça um aviso para si mesmo quanto ao dia que você tenha certeza que funcione: ponha o
dia de entrega, a última que vocês marcarem dentro do possível (se a pessoa tentar prolongar tempo demais [tipo... UM ANO], tente recomendar outras formas dela ter posse do livro. Se esse mesmo livro estiver na biblioteca, se vocês estudarem na mesma escola, ou até em algum site de digitalização - mas se ela tiver condições de comprar e o livro for bastante acessível no lugar/espaço onde vocês se encontram, que ela compre), na sua agenda, ou em um papel na parede do seu quarto, ou no quadro de avisos do seu celular [com toque, com barulho para poder alertar] ou em algum lugar que você tenha certeza 'absoluta' que possa ver antes de umas cinco (ou mais) horas antes de vocês dois se encontrarem e quando ocorrer o encontro (se ela/ele não te devolver o livro):
- Cadê o livro?
    Não exatamente nessas palavras, mas você deve a/o lembrar que, bem, o tempo acabou.
    A partir daí, você pode ter uma experiência de 'negócio literário' para, quando essa mesma pessoa te pedir algum outro livro, você já ter uma 'prevenção de julgamento de confiança para emprestar livros ou obras literárias' com aquela determinada pessoa. MAS, NÃO GENERALIZE PARA "PESSOAS QUE PEDEM/NECESSITAM LIVROS EMPRESTADOS".
     Experiência própria: Se a pessoa que requerer o livro for alguma desgraça de pessoa que você não confie por conta da convivência de ambos e você não souber dizer não, faça um termo de compromisso em que ele/ela se comprometa e assine para, se ela não aparecer com o bendito livro porquê ela esqueceu E ISSO SE PROLONGAR PRA MESES DEPOIS, você a lembrar que ela tem um débito com você.
      Cruel, mas necessário.
      Pois, a partir daí, você pode encontrar alguém de bem com quem você tenha um assunto para conversar e também pode ampliar suas amizades com pessoas que você ter nunca imaginado terem um gosto literário parecido com o seu ou pode servir como apoio para se aproximar de alguém que você goste muito. YAAAAAAAAY! E você pode ter alguma história, se ocorrer algo cômico durante o processo, para contar para seus filhos, sobrinhos, netos, bisnetos e assim vai. Há, há, há! :D Se a pessoa não atender a isso (processo) bem, bom, controle-se e tome um bom senso caso um empréstimo ocorrer de novo. Porquê, sob a interpretação de um empréstimo ser um negócio, negócios são negócios e negócios são acordos que precisam de mútua responsabilidade.
       Mas ao mesmo tempo, não se esqueça: ainda que tenha um valor, o livro, como ser, ainda é um objeto. Não vá apontando o dedo para medir todos os defeitos da pessoa caso ela te decepcione em um comentário ou pelo estado físico do livro. Como posso dizer... Se você sentir (e talvez o que você sentiu não foi o que ela/ele quis passar a mensagem) um propósito de ofensa, responda com maturidade caso queira a alertar sobre a atitude dela da maneira mais educada que você encontrar. Vai ver que a intenção não foi outra? 
         Logo, ao fazer esse processo de empréstimo e ficar com o pé atrás, tenha cuidado com o tom, dependendo da afinidade com tal pessoa e também o perfil/caráter dela, de conversa e em como vocês vão realizar isso.
         Se for troca,
         É tooodo aquele processo que tentei orientar antes de fazer essa direção sobre empréstimos: mas com um detalhe - você pode não ver mais aquele exemplar porquê, no lugar dele, vem outro. Para algumas pessoas que podem achar a presença do exemplar ou do título na estante como desnecessária, tudo bem. Mas há quem iguale um livro, em valores, como seu bebê. Por isso, faça uma pesquisa antes de quais os perfis de histórias de livros você quer em troca, veja quais são as ofertas (eu falando isso tanto em Skoob e também amigos próximos da sua cidade) e veja a qual você acha que está a altura do seu interesse e condição. Dependendo de suas preferências de requerimento, você pode solicitar informações sobre o livro que você quer com o dono do outro livro. Daí, tenha cuidado na hora em que você for trocar, combinem um local e uma data onde vocês possam se encontrar (ou o método de mandar via correio mais acessível aos seus bolsos) e PUUUUF! 8D 

Larissa

Eu sou 100% a favor de trocas e de empréstimos. Ok, mais de trocas do que de empréstimos. E eis o porque:

- Se você tem um livro que não lê há milênios e nem pretende reler um dia, nem é daqueles que você quer manter só pela recordação, pra dar pros filhos, ou sei lá, pra que guardá-lo na estante, juntando poeira? É injusto com você E com o livro. Ele merece alguém que o leia!
- Se você alguma vez já pediu livros emprestados, não emprestar é no mínimo um pouquinho hipócrita da sua parte
- Trocando e emprestando livros, você consegue chegar a mais títulos por menos dinheiro. E todo mundo gosta de um pouquinho de economia.

Agora, claro que não estou dizendo "vai fundo e troca com qualquer um", muito menos "empreste o livro praquele seu amigo que não te devolve nem a borracha na sala de aula". Ei, até eu tenho limites! Troca boa é troca feita com sabedoria, e ninguém gosta de receber um livro de volta todo ferrado e/ou nunca tê-lo de volta.
Então, algumas dicas básicas pras duas ocasiões...

Trocas

- Utilize plataformas pra intermediar a troca pra você. O Skoob PLUS ou o site LivraLivro são boas pedidas. Nele, cada livro seu que você manda pra outra pessoa equivale a um ponto, que você pode utilizar pra solicitar outro livro. Se a pessoa não te mandar o livro, você continua com o seu ponto, e aí não sai perdendo.
- No caso de fazer trocas de livro por livro (comum no skoob ou entre blogueiros), peça pra ver fotos do livro. Primeiro porque isso em geral indica que a pessoa TEM o livro, e porque você consegue ver melhor o estado em que ele está, pelo menos parcialmente.
- Ainda em caso de livroxlivro, procure referências. Pessoas que trocam muitos livros pelo skoob costumam ter nos seus perfis uma lista de usuários confiáveis. Se você não confiar nessa pessoa, peça pra que ela envie o livro primeiro
- SEMPRE exija o código de rastreamento dos correios!


Empréstimos

- A menos que seja um amigo virtual de longa data, ou pelo menos alguém cuja reputação você conheça minimamente, não empreste livros pra quem você não conhece
- Seu amigo que pediu o livro emprestado costuma ler muito? Se sim, isso é bom sinal - significa que ele reconhece o que um livro é, mais como algo respeitável do que como objeto
- Observe as manias de leitura do seu amigo. Ele marca com a orelha? Ele dobra a capa? Ele faz qualquer coisa que você considere abominável? Então melhor não emprestar
- Observe o estado das coisas do seu amigo, e também sua organização, quando possível. Pessoas organizadas tendem a ser mais cuidadosas, mas não é regra. Às vezes, só pelo estado lamacento de um caderno ou de uma mochila, a gente já prevê que nosso bebê corre perigo grave!
- Tenha uma listinha com os livros que você emprestar, pra quem emprestou e quando emprestou. Às vezes a gente esquece com quem está, e depois não tem com quem reclamar. É rapidinho e não cai a mão
- Amigo há seis meses, amigo de uma vida ou parente, não importa: faça suas recomendações no empréstimo. Boas e velhas ameaças sutis como "se voltar amassado eu te estrangulo" sempre valem a pena. Não custa nada reforçar.


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3 comentários:

  1. EU não gosto de emprestar, principalmente meus livros preferidos. O máximo que faço é compartilhar em família, porque sei que minha irmã é cuidadosa como eu. Aqui não há muito essa distinção de "seu" livro "meu livro", a biblioteca é comum. Mas eu já emprestei livros de amigos, li, gostei, e acabei comprando depois só para ter um rs

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  2. EU não gosto de emprestar + 1, porque nem sempre as pessoas tem o mesmo apresso e cuidado com o livro como eu. Trocar já é algo que eu faça mais, principalmente com livros que eu já li e não vou ler mais e nem quero guardar, ou aqueles que a gente compra por impulso e sabe que não valer nem em um tempo remoto.

    Alias, quem tiver afim de trocar livros o meu skoob é esse: http://www.skoob.com.br/usuario/166693 =D

    Bjs, @dnisin
    www.seja-cult.com

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  3. Eu sou uma grande colecionadora de livros e trocar soa absurdo. Eu acumulo, não troco. Cruzes. Até porque, trocar de livro é como trocar de, sei lá, filho. Ou bichinho de estimação! É um GRANDE abandono seguido de uma substituição sem amor.

    Agora... dar meus livros, eu dou. Porque ai é menos horrível e pelo menos eu sei que a pessoa será feliz com ele. Eu me sinto mais dando um presente do que sendo um ser humano horrível.

    Emprestar eu empresto, mas só quando confio na pessoa e se que ela vai me devolver. Porque poucas coisas me deixam mais brava do que gente que não devolve livro. Meu deus.

    Beijos, Lucie, amei o post!

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