E aí, galera! Estamos meio ausentes, mas ainda estamos aqui!
ENTREVISTA: Juliana Pery
NRA: Como
descobriu que queria ser escritora?
JULIANA: Eu acho que eu sempre
escrevi, na verdade. Mas eu me lembro de um episódio específico que me fez
querer ser escritora. Eu tinha doze anos e uma quedinha por um garoto do
colégio, alguns anos mais velho. Minhas amigas sabiam da minha paixonite por
ele e um dia, uma dessas amigas, roubou a minha pasta com todos os meus poemas
bregas que eu escrevia para ele e entregou um deles – o pior - para esse
garoto. Eu estava por perto quando ele leu e eu acabei vendo quando ele riu do
meu poema e mostrou para os seus amigos, debochando do que eu tinha escrito.
Aquilo partiu o meu coração pré-adolescente em
tantos pedaços que eu jurei naquele dia que um dia, eu escreveria um texto tão
bem, que eu o faria chorar. Quando, três anos depois, isso aconteceu, eu soube
que era isso que eu queria fazer na vida. Eu decidi que eu queria ser escritora
e conseguir despertar nos outros as emoções que eu queria, só com as minhas
palavras.
NRA: Como foi
a reação da sua família quando você os contou que queria ser escritora?
JULIA NA: A melhor
possível. Nunca ouvi nem uma palavra negativa da minha família. Sempre tive
apoio dos meus pais e da minha irmã. Mesmo quando eu sabia que o que eu tinha
escrito estava ruim, eles nunca deixaram de me incentivar, lendo tudo o que eu
mostrava para eles e sempre comprando todos os livros que eu queria ler.
NRA: Conte-nos um pouco sobre “Incondicionalmente” e
seu processo de escrita. O que foi fácil e o que foi difícil?
JULIANA: O Incondicionalmente é um livro sobre dois
jovens, a Jess Turner e o Chay Bernard. Eles se conhecem quando a Jess se muda
para o apartamento que Chay divide com seu melhor amigo, o Eric. Desde o
primeiro dia, a Jess sente logo de cara, uma conexão muito forte com Chay,
mesmo quando ele demonstra querer ser só amigo dela. Quando a Jess finalmente
toma coragem para dizer para ele que ela quer ser mais do que apenas amiga, ela descobre que o Chay já está
apaixonado por outra garota, a Alice, quem ele namora há anos. Mesmo quando ela
descobre que Chay é compromissado, Jess não consegue evitar que os sentimentos
que ela vinha nutrindo por ele se tornem cada vez mais fortes.
É uma
história sobre encontrar a pessoa certa no momento errado e todas as dúvidas e
julgamentos que você tem com você mesma quando se apaixonada por uma pessoa que
já está apaixonada por outra. Eu resolvi escrever o livro sob a visão da Jess,
por que, sempre que se fala sobre esse assunto, a maioria das pessoas se
apressam a julgar e criticar as pessoas que passam por essa situação, sem saber
exatamente o que acontece entre elas. Eu queria mostrar que nem sempre o amor
vem de uma forma fácil e que ás vezes – muitas vezes – você vai ter que correr
atrás da sua felicidade sem se preocupar com quantas pessoas você vai ter que
magoar no caminho.
Normalmente,
eu demoro vários meses para escrever um livro e mais alguns outros para finalmente
finalizá-los, mas no caso de Incondicionalmente
eu demorei só dois meses para escrevê-lo. O processo da revisão foi o que
mais me levou tempo nesse livro. Talvez porque eu tenha me apaixonado completamente
pela história e entrado de cabeça nessa, foi o primeiro livro com personagens
que eu terminei de verdade.
NRA: Antes de “Incondicionalmente”, você costumava
escrever outras obras? Quais?
JULIANA: Sim, eu escrevia de tudo.
Crônicas, poemas, contos, e poucos livros de romance. Nunca publiquei nada, mas
quando eu tinha uns treze, quatorze anos, eu publicava histórias na comunidade
do N.R.A no Orkut – ok, faz tempo, mas nem tanto assim, ok?! – e foi assim que
eu conheci vocês. Foi lá que eu tive meus primeiros leitores fora os meus
amigos e familiares, e devo dizer que essa parte da minha vida, escrevendo lá,
foi muito importante para me formar como escritora.
NRA: Você pode nos contar se você escuta
determinadas músicas ou fica em um local reservado? Se não, há alguma mania na
hora de escrever que você possa nos compartilhar?
JULIANA: Eu só
escrevo ouvindo música. No caso de Incondicionalmente,
principalmente por Chay, Eric e Gabe fazerem parte de uma banda, a música
foi muito importante para a composição de cada personagem. O próprio título do
livro tem a ver com uma música. Unconditionally
da Katy Perry. Devo dizer aqui,
para quem for ler o livro, que é essa a música que eu imagino a Jess cantando
com o Chay. ;)
Eu costumo escrever em qualquer lugar, desde
que a inspiração venha. O bloco de notas do meu celular está cheio de ideias de
livros, porque, sempre que surge alguma coisa na minha cabeça, eu registro lá.
Depois, eu passo para o computador e então são pelo menos quatro, cinco horas
escrevendo concentrada nos meus personagens e desligada do mundo. A cada
capítulo, eu escuto uma mesma música no repeat
até terminar o capítulo. Faço isso porque, em cada capítulo quero despertar
uma determinada reação e acredito que a forma mais rápida e eficaz de buscar
essa reação, é a música.
NRA: Como foi a corrida pela publicação de suas
produções? O que te levou a ir por uma alternativa pela internet?
JULIANA: Então,
assim que eu terminei o Incondicionalmente,
eu corri atrás de várias e várias editoras para enviar o meu original, e
como todas as outras vezes em que eu mandei, as editoras aceitaram publicar,
desde que eu comprasse uma determinada quantidade dos livros. Só que, para mim,
esse valor acaba pesando demais e acabei não fechando com nenhuma editora. Mas
eu não queria que o livro voltasse para a gaveta. Eu queria e estava disposta a
apostar no Incondicionalmente, porque
eu tinha me esforçado bastante para escrever esse livro e eu acreditei que
fazendo uma boa divulgação, eu conseguiria conquistar um público que se
interessasse pelo meu livro.
A
internet é uma opção muito eficaz e viável para quem quer realizar o sonho de
ver o seu livro em papel, existindo, de verdade, sem pagar muito por isso. A
plataforma da Amazon em que eu publiquei o meu livro, é uma ferramenta bastante
simples e de fácil acesso para quem quer publicar independentemente. Foi a
melhor alternativa que eu encontrei para realizar o meu sonho.
NRA: Quais
escritores te inspiram como escritora?
JULIANA: Nossa. Tem tanta gente. Eu
leio de tudo, literalmente, mas o gênero que eu mais gosto de ler e no qual eu
escrevo, é o new adult. As minhas
escritoras preferidas, nesse gênero, são: Abbi Glines, Colleen Hoover, Jamie
McGuire, Kate Evans, K.L. Scott, Bianca Briones e Carina Rissi.
NRA: Quais
livros você leva como referência?
JULIANA: Eu acho que O morro dos
ventos uivantes é o livro mais bonito que eu já li na vida. Eu me emociono
sempre que eu leio e então, é a minha maior referência.
NRA: Bandas
e/ou artistas que você aprecia? Se sim, por quê?
JULIANA: Eu
sempre ouço um artista, uma banda, principalmente, pelas letras. Os meus
artistas preferidos são: John Mayer, Taylor Swift, Ed Sheeran, Katy Perry, The
1975, Maroon 5, Passenger, Matchbox Twenty, Sam Smith, Los Hermanos, Jay
Vaquer, Legião Urbana, Onze:20.
NRA: Há
desenhos animados que você aprecia? Se sim, quais?
JULIANA: Eu sou
viciada em qualquer tipo de desenho animado. Assisto todos. Sei as falas e as
músicas de cor. Se você quer me fazer feliz, me leva para assistir desenho! Eu
amo Monstros S.A, Toy Story, os clássicos da Disney e agora, o Fronzen.
Confessei mesmo.
NRA: Há seriados ou programas de televisão que você
aprecia? Se sim, quais? JULIANA: Assisto mais seriados do que deveria. Meus
preferidos são: The Vampire Diaries, The
Originals, Once Upon a Time, Revenge, The Beauty and the Beast, e Criminal
Minds.
NRA) PENSE
RÁPIDO!
a)
Café,
chá ou coca? Coca!
b) Doce, salgado ou amargo? Doce!
c)
Frio ou
calor? Frio, sem dúvidas!
d) Drama, comédia ou tragédia? Comédia
(romântica, de preferência)
e)
Escrever
ou revisar? Escrever, escrever e escrever!
f)
Se você
fosse um personagem de ficção, para onde você queria ir? Hogwarts sem sombra de dúvidas!
NRA: Antes da sua primeira publicação, como era a
rotina com seus escritos? Havia público, como amigos de seus círculos, gente da
sua escola ou faculdade e família? Ou você os mantinha reservados? Se não, como
era a divulgação?
JULIANA: Antes, eu escrevia sempre que me dava vontade e
quando dava tempo. Agora, apesar de eu não ser uma escritora muito organizada,
eu tento escrever com mais frequência possível. Eu sempre dei as minhas
histórias para as minhas melhores amigas lerem. Devo confessar que ainda faço
isso, só para saber se elas gostam e se devo continuar a escrever.
NRA: Deixe um recado para aqueles que estão lendo a
sua entrevista. Obrigada por participar da nossa coluna!
JULIANA: Obrigada,
gente, por terem lido! Tentei ser o mais sucinta, mas mesmo assim, acho que
acabei falando demais! Ops. Eu queria dizer que o Incondicionalmente já está a venda na versão digital no site do
Amazon, no seguinte link:
Para outras informações,
sigam o livro no instagram: @incondicionalmentelivro e curtam a página do livro
no facebook: www.facebook.com/incondicionalmentelivro
~x~
Conhece um autor? Você é um autor nacional? Caso tenha interesse de ser entrevistado ou de repassar um conto pra a gente divulgar por aqui, envie um e-mail pra contatonra@gmail.com ;)
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