CALMA
Acho que foi a algum tempo que não sinto esse tipo de sensação. Não a sensação, mas como se sente.
Uma das coisas legais de andar de ônibus pela cidade é talvez naqueles períodos de vento e você está sentado encostado na janela. Meu caso foi esse hoje pela tarde, depois de uma boa refeição com meus pais e após também checar se meu celular estava suficientemente carregado para ouvir música. A música estava lá e eu me encontrava em um assento do ônibus. E o vento veio sorrateiro, carregando aqueles braços que há algum tempo não sentia para relaxar.
A chuva estava próxima de acontecer em Manaus, assim como as gotas de água ficando maiores e maiores. Não sei porquê sentir o vento me fez de repente mais calma ou até a sensação de nostalgia. Quando me dei conta que eu sentia falta de alguma coisa, tentei adivinhar o quê. Porém, era uma sensação que parecia distante, quase como um eco em meu ser. Um eco antigo e que eu antes não decifraria com tanta facilidade.
Mesmo não tendo decifrado o eco da nostalgia, ainda assim me admirei com a orquestra do vento. Por alguns momentos, uma alegria veio comigo e me deixou também nos ares. Ela não tardaria a ficar muito na minha presença, contudo eu me achava bem depois que ela se fora.
Não sei se o nome dessa sensação seria paz, então penso que talvez seja calma. Calma repentina.
fim.
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