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terça-feira, 19 de agosto de 2014

[RESENHA] Princesa Mecânica - Cassandra Clare

Série: Peças Infernais #3
Edição: 1
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501092700
Ano: 2013
Páginas: 430
Tradutor: Rita Sussekind
Sinopse: Continuação de Príncipe mecânico, “Princesa Mecânica” é ambientado no universo dos Caçadores de sombras, também explorado na série Os Instrumentos mortais, que chega agora ao cinema. Neste volume, o mistério sobre Tessa Gray e o Magistrado continua. Mas enquanto luta para descobrir mais sobre o próprio passado, a moça se envolve cada vez mais num triângulo amoroso que pode trazer consequências nefastas para ela, seu noivo, seu verdadeiro amor e os habitantes do Submundo.

CUIDADO - DEVE CONTER SPOILERS DOS LIVROS ANTERIORES


Tessa Gray e Jem Carstairs estão noivos. Enquanto ela se apronta escolhendo seu vestido para o casamento (ainda nem aprovado pela Clave), ele se esforça para sobreviver por ela, apesar do vício que o mata. E Will Herondale, dono de metade do coração da noiva e parabatai do noivo, assiste tudo e sofre em silêncio. Não bastasse tudo isso, sua irmã mais nova, Cecily, resolveu se juntar aos Caçadores de Sombras e insiste para que ele volte para casa.
No dia da prova do vestido de Tess, Gabriel Lightwood explode pelas portas do instituto pedindo ajuda; os estágios finais da demon pox atacaram seu pai, Benedict, e ele se transformou... num verme gigante. Todos partem às pressas para a casa dos Lightwood (incluindo Tessa, sem sequer trocar de roupa) para tentar detê-lo, e o caos que se segue tem diversas consequências: Gabriel vai se juntar ao irmão, Gideon, e se abrigar no Instituto, o Cônsul Wayland tentará reprimir as ações de Charlotte, chefe do Instituto de Londres, e os documentos de Benedict apontarão para uma aproximação inevitável de Mortmain e seus autômatos.
Com a ameaça crescente, Jem e Tessa decidem adiantar o casamento - de preferência, para dali a alguns dias. Mas antes mesmo que tenham a oportunidade de planejar, uma orla de autômatos ataca o instituto e Tess é sequestrada. Com o calor e o esforço da batalha, Jem adoece; só então seu parabatai e os outros do instituto descobrirão que seu yin fen, a droga que o mata e o mantém vivo, está acabando e não há mais para ser adquirido - todo o estoque existente está nas mãos de Mortmain. Caberá a Will a missão de resgatar Tess, mesmo que isso signifique ser forçado a se afastar de seu melhor amigo em suas últimas horas de vida. E na escolha entre a lealdade e o amor, qual sentimento falará mais alto?
Tocou esse amor e tocou o amor de ambos por Tessa, e o dela por eles, e tocou Will dizendo, em seus olhos, sempre encontrei a graça.
É muito difícil pra mim resenhar Princesa Mecânica, assim como foi muito difícil resenhar todos os demais livros da trilogia. Parece que resumir em palavras não é o bastante, entende? Como se eu estivesse traindo o sentimento que o livro em trouxe por tentar diminuí-lo pra caber numa resenha.
Tinham me adiantado, antes de ler, que o último era o pior de todos em matéria de sofrimento. Eu já esperava, afinal, se os outros dois já tinham me comido a alma, quão pior poderia ser este? Mas nem minhas expectativas mais altas me colocaram à frente do turbilhão que é Princesa Mecânica. Antes mesmo de chegar nos 50% do livro, eu já estava chorando. E isso continuou por mais muito, muito tempo mesmo.
Eu não tinha nenhuma ideia de como Cassandra Clare resolveria os conflitos que haviam se construído ao longo da série - o triângulo amoroso, os planos de Mortmain, a doença de Jem, as origens de Tessa. Fiquei feliz e surpresa quando descobri que as coisas se resolveram, ao mesmo tempo, da maneira mais inesperada e mais simples possível. É como se a resposta estivesse lá o tempo todo, na sua cara, mas, ao se revelar, você tomasse um susto e pensasse "mas é claro".
Eu a amo mais desesperadamente neste momento do que jamais o fiz, e daqui a uma hora a amarei ainda mais.
Assim como o fiz nas resenhas anteriores (leia a resenha de Anjo Mecânico e de Príncipe Mecânico), reitero que essa série é a mais madura e bem escrita de Cassandra até agora. Não dá pra compará-la ao seu trabalho anterior (Instrumentos Mortais) apenas porque são materiais tão diferentes, mesmo dentro de um único universo! Peças Infernais fala por si só no que diz respeito às capacidades de escrita dela - na verdade, eu diria até que nem parece a mesma autora. Dá pra ver a evolução da escrita e da criatividade dela se compararmos Cidade dos Ossos, seu primeiro livro, a qualquer um desta trilogia. É impressionante de se ver.
Terminei Princesa Mecânica com o coração na mão e uma ressaca literária daquelas. Chorei até quase afogar o Kindle, embora, surpreendentemente, o livro não seja exatamente triste. Não, essa não é a palavra que eu escolheria pra defini-lo - ainda mais visto que o final é dos mais felizes possíveis. A questão é que o livro fala e mexe com coisas tão profundas, e a série faz com que o leitor crie vínculos tão fortes com todos os personagens, que tudo neste volume final é digno de uma lágrima. Não dá pra escapar. Quando dei por mim, já estava soluçando.
Peças Infernais é daquele tipo de série que, como diria nosso amado Rony Weasley faz você "sofrer, mas você vai ser feliz por isso". O tipo de trilogia que eu vou indicar pra pessoas na rua. O tipo de livro que eu vou demorar muitos e muitos anos ainda pra superar.

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Um comentário:

  1. Esse livro me destrói e Jem acaba comig mais ainda. Chorei muito em todo ele e acabei em dpl por vários dias. Acho que é o melhor trabalho da Cassie (até melhor que COHF). A profundidade do relacionamento dos 3 protagonistas superou todas as relações que ela já construiu... <3
    Esta entre os melhores livros do ano pra mim =)

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