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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

[RESENHA] Cidades de Papel - John Green

Edição: 1
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580573749
Ano: 2013
Páginas: 368
Tradutor: Juliana Romeiro
SinopseEm Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.
Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.


Quentin Jacobson vive em Orlando, e tem uma vida tão normal quanto possível - ele tem dois melhores amigos, Radar e Ben, pais amorosos, um futuro pela frente e está na contagem regressiva para o final do ensino médio. E, claro, tem uma paixão platônica; Margo Roth Spielgerman, sua vizinha e colega de classe, de quem ele costumava ser amigo na infância, mas que a vida tratou de afastar.
Numa das noites absolutamente comuns da vida de Quentin, tudo muda. Margo aparece na sua janela e o convida para ser seu motorista por uma noite; ela tem uma lista de pessoas de quem se vingar, onze lugares para ir, e nenhum carro para levá-la. Depois de alguma hesitação, Quentin acaba cedendo, e vive a maior e mais inusitada noite de sua vida ao lado da garota por quem sempre foi apaixonado. Mas antes que ele possa se enganar acreditando que as coisas estão mudando entre eles, Margo some - da escola, de casa e da cidade. Não que ela não tenha feito isso antes. Margo sempre foi famosa por suas fugas e aventuras, mas desta vez é diferente; sua família se recusa a procurá-la e Quentin sente que, de alguma forma, ela plantou pistas para levá-lo até onde ela está.
As últimas semanas do resto da vida de Quentin Jacobsen são viradas pelo avesso enquanto ele arrasta seus amigos na busca por Margo. Ele só não imaginava tudo o que iria encontrar pela frente.

Cidades de Papel é o terceiro livro de John Green que tenho o prazer de ler, e meu segundo preferido até agora. Comecei a lê-lo completamente no escuro - acho mais legal desconhecer a premissa da história em certos casos - e fui me surpreendendo com o desenrolar da história.
O livro é narrado em primeira pessoa por Quentin, e preciso dizer que ele se tornou, de longe, meu personagem favorito do John Green até agora. Ele é perspicaz, sensível, e ao mesmo tempo tem uma veia real muito interessante. Embora ele seja louco pela Margo e centre a maior parte do seu tempo e energia na busca dela, Quentin não se põe de lado em nome dela, o que, por si só, já me faz amá-lo. Ele a ama, mas também ama sua família, seus amigos e a si mesmo. Fiquei contente que o desenvolvimento do personagem se deu de forma independente do seu "par romântico" (Margo aparece tão pouco no livro que nem sei se posso considerá-la assim). Ele cresce, de certa forma, por causa dela (ou, melhor, por causa da busca que ele faz por ela), mas ela não o muda - Quentin o faz sozinho. E, quando chega a hora, todas as decisões são tomadas tendo como prioridade ele próprio.
Em contrapartida, não consegui sentir a menor atração nem carinho por Margo, e muitas vezes me perguntei que diabo Quentin via nela. Há uma aura de mistério que cerca a personagem, sempre dada a surtos de comportamento e a ações impensadas, mas conforme a história vai se desenrolando, o que mais se prova pra mim é que Margo é uma pessoa fraca; ela foge, e faz de tudo pra chamar atenção, e gosta de estar no centro de sua arena particular o tempo todo, mas ao mesmo tempo ela não permite que ninguém se aproxime o bastante dela. As ações, o egoísmo e os motivos dela me deixaram bastante irritada, pra falar a verdade, o que só reforça meu amor e minha admiração pelas decisões finais de Quentin.
Me apeguei muito também a Ben e Radar, os amigos de Quentin que o acompanham durante a busca. Não apenas são dois personagens muito divertidos - sozinhos e na sua dinâmica entre si - como também são o chamado de Quentin para a realidade quando sua obsessão está ultrapassando um pouquinho os limites. Eles dão um equilíbrio muito legal à trama, e isso só melhora quando Layce (não falei dela antes, mas é uma amiga da Margo que acaba ajudando os garotos) se junta à turma. As páginas finais, preenchidas exaustivamente com todos eles, são a melhor parte da história.
No todo, é um livro ótimo, com uma porção de questões sobre amizade e valores morais, futuro e escolhas, além da narrativa fluída e gostosa que só John Green sabe fazer. Super indicado :)

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3 comentários:

  1. Olá, tudo bem?
    Adorei hein... A historia é bem envolve o leitor, ultimamente tenho dificuldade de ler livros. Adorei seu blog e outros posta, muito bem :)

    beijo,
    @maahmusic
    http://instagram.com/maah_music

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  2. Oi Larissa,
    Adorei sua resenha! Gosto muito do Green e espero poder ler Cidades de Papel logo, já que vi diversos comentários positivos e a história parece muito, muito boa mesmo!

    Beijos,
    Kamila Andrade

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  3. Eu gostei mais desse do que 'O Teorema Katherine' e agora estou lendo 'A culpa é das estrelas'..

    Gostei bastante do Quentin, a Margo é meio louca, senti que apesar de todas as lições que ela gosta de passar, na verdade é ela que precisa, me passou ser uma personagem que só queria atenção.. apenas.

    Adorei Ben e Radar, como sempre os melhores amigos chamam atenção.

    bjs
    Nana - Obsession Valley

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