Faz algum tempo que não faço indicação de alguma obra pelo blog. Andei pensando em indicar algum filme ou algum livro para todos vocês, aproveitando que ainda nos encontramos em outubro. Já tinha pensado e até começado uma lista de animações infantojuvenis, só que é meio difícil para minha pessoa fazer coisas longas em relação a coisas pequenas.
Daí, fiquei pensando em um bom filme de animação para recomendar.
Pensei, pensei e pensei até vir na minha cabeça um longa por qual pessoalmente tenho grande apreço:
Como Treinar Seu Dragão.
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| Imagem: Reprodução. |
Então, vem me acompanhar? :)
Filme: Como Treinar Seu Dragão
Antes do tempo da DreamWorks ter tido a boa ideia de transformar a história de Hiccup e de seus amigos em um filme bem apreciado por um diverso público desde seu lançamento em 2010, Como Treinar Seu Dragão (título original, em inglês: How To Train Your Dragon) era apenas conhecido através de sua obra de origem: o primeiro livro de uma série (publicado em 2003), tanto o livro como a série tendo o mesmo nome que foi dado ao primeiro filme da trilogia de animação, escrito pela autora britânica Cressida Cowell. Para quem se interessar, o site oficial em português da série, aqui no Brasil lançada e traduzida pela editora Intrínseca, está aqui. Já o site oficial da autora, em inglês, é este aqui. Ela é uma escritora de 44 anos, esposa, mãe de três crianças, formada em Inglês na Oxford University e em Ilustração na St Martin’s and Brighton University. A contadora de histórias tem o hábito de escrever, segundo o que relata na biografia em seu site, desde aos nove anos e passou a ter seu primeiro livro publicado só em 1999, Hiccup the Viking Who was Seasick (título em inglês que encontrei), a obra que antecede os eventos que se iniciam no livro How To Train Your Dragon.
Para dar uma ideia a vocês do que se trata, esse primeiro livro da autora mostra um pequeno viking, Hiccup (aqui no Brasil traduzido literalmente como Espirro), um garotinho que não consegue se encaixar entre seus semelhantes. Como também referenciado tanto na série que seria uma sequência direta dessa fábula infantil, o personagem, diferentemente de seu pai Stoick The Vast (aqui, Stoico) que é uma representação do que podemos imaginar de um viking pelos relatos da história, é pequeno, tem mais tendência a pensar bastante antes de agir, educado e é assustado por quase qualquer coisa: em especial, de ir ao mar pela primeira vez. Não é um rito que se sinta confortável a fazer, mas, bom, se ele deve fazer isso como viking, como diria não? No entanto, durante a travessia no barco, algo dá errado e quem pode solucionar quando os 'homens grandes' perdem a calma? Ainda não li nem esse primeiro livro (o qual, em minha pesquisa no momento em que faço esse post, estou procurando se não há uma tradução oficial brasileira, embora não encontre ainda pela internet) e nem o How To Train Your Dragon, mas, pelos comentários que costumo ler na tag do livro/filme no Tumblr e também por resenhas, parece que a escritora consegue contar de modo legal e divertido. Houve também alguns comentários sobre a diferença do que os leitores do livro imaginavam ser o Hiccup em comparação com o que é mostrado (e animado!) no longa-metragem do estúdio da DreamWorks, embora, pelo que foi mostrado do desenvolvimento do visual dos personagens, houvesse características muito parecidas no começo (Nico Marlet, arte de concepção) que vão se distanciando até chegar no 'produto final' (Simon Otto, quem foi o responsável pela animação de personagens). Mas, sabendo que pode haver algum leitor que possa ter tido a oportunidade de ler algum dos livros ou até outros da série, você pode compartilhar sobre isso nos comentários :)
Agora, ao filme! E uns spooolieers do começo...
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| Bem-vindos a Berk! |
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| Hiccup |
Como comentado por Hiccup, os vikings possuem uma 'teimosia própria': eles são guerreiros, tendo, por meio dos cenários de fazendas de animais e atividades agrárias, uma organização em torno dessa economia para sustentação. Também, além da agropecuária, tem a arriscada navegação marítima (em sua grande maioria, os homens da aldeia) e também a pesca. Então, para defender o povo dos dragões vistos como ameaças ao domínio e segurança de suas terras e de suas famílias, esses guerreiros vão se jogando na batalha em gestos brutos, como está na nossa cabeça de século XXI quando ouvimos a palavra 'vikings', com armas de guerra e com bastante disposição por:
Aquilo, batalhar dragões, ser tudo para eles.
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| Stoick |
O que ele quer mudar em sua vida é o modo que as pessoas o olham (como ele diz quando Gobber tenta falar que ele só poderá ir 'lá fora matar dragões' quando este deixar de ser 'isso', ser Hiccup: "O senhor tá jogando um jogo muito perigoso... Querendo manter toda essa minha vikingdade impetuosa reprimida...! As consequências vão ser terríveis!", uma fala que, apesar de dirigida a Gobber, também poderia demonstrar a revolta dele com o pai ou, até de modo geral como o vilarejo o via, alguém que seria um empecilho em batalha). Ele quer ser aceito e visto como um deles.
| Gobber, treinador de matadores de dragões e ferreiro |
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| Toothless, o Fúria da Noite :D |
Somos passados para uma cena de um outro lugar de Berk. Uma reunião entre os adultos do vilarejo, com o Stoick questionando quais pessoas vão com ele para acabar com os dragões "ou eles acabam conosco", procurar o ninho deles. Ali, é comentado sobre os barcos não voltarem. Ao que Stoick replica: "Somos vikings, é um risco ocupacional!". Com o comentário, o desânimo se instala em aceitar até o líder da aldeia falar que quem ficasse cuidaria de Hiccup. Isso faz todos, exceto Gobber (quem está bebendo), levantarem suas mãos. Quando este faz um comentário sobre ir já agir, Stoick diz que precisa que o amigo fique ali para treinar novos recrutas. "Ah, perfeito, e enquanto eu estiver ocupado, Hiccup/Soluço cuida da ferraria: ferro derretido, lâminas afiadas e tempo à beça sozinho... Onde é que poderia dar errado?", Gobber, com uma leve ironia, faz voz à preocupação que tenta passar ao líder da aldeia. Stoick questiona o que poderia fazer com Hiccup, como ele é também um pai em conflito, como muitos no nosso tempo, que não sabe como agir em determinada situação para ficar de boa com seu filho.
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| Snotlout, Tuffnut, Astrid, Fishlegs e Ruffnut: os eventuais companheiros de Hiccup após Toothless |
No entanto, Stoick não aceita a sugestão no começo, ao dizer que Hiccup teria dificuldades assim que o amigo soltasse o primeiro dragão na arena de treinamento, expressando "Você sabe como ele é... Desde que engatinhava, ele era... Diferente! Ah, ele não me escuta, ele não presta atenção em nada... Eu levo ele pra pescar e ele fica procurando por trolls!", já referindo a característica da curiosidade de seu filho. E então o homem passa a relatar, relacionado a como sente Hiccup diferente de quando ele mesmo era garoto, de que batera a cabeça em uma rocha, não questionando seu pai ao obedecer a orientação de fazer isso, esta se quebrar e ele, quando menino, já saber o que ele viria a ser como um viking e o que era, mas "Soluço/Hiccup não é assim". Gobber replica dizendo que ele, Stoick, não podia impedir Hiccup; e que o líder só podia preparar o filho como nem sempre este estaria perto para proteger o filho quando Stoick achasse que o garoto precisaria dele por, conhecendo bem nosso protagonista, Hiccup sempre sair dessa 'proteção'. E essa indicação parece fazer efeito.
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| De volta à Fúria da Noite :) |
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| Vamos com o primeiro ponto |
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| Toothless sendo fofo como um dragão-gato ô_ô |
Fora a trama e os personagens, elementos do filme que acho que são o suficiente para que recomendar o longa a vocês, há também a questão da animação de qualidade, mostrando, em detalhes e bem feitos, as expressões dos personagens, o contraste dos cenários, as texturas, os movimentos e até as cores! Tem também a trilha sonora instrumental, a que cabe certo nos momentos 'auge' do filme que também o ajudam a ser memorável :)
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| Astrid, Hiccup e Toothless :) |
Até a próxima indicação, povo!
Enquanto isso, esperamos o segundo filme da trilogia :D










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