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quarta-feira, 3 de abril de 2013

[RESENHA] Na passarela — Meg Cabot



Título Original: Runaway
Autora: Meg cabot
Editora: Galera Record
Ano: 2012
Páginas: 271

   Onde se esconder quando todos sabem seu nome? Em Watts está fugindo; das notas da escola, dos compromissos de trabalho, das cobranças da família e dos amigos. Mas, principalmente, dela mesma. Uma viagem inesperada com Brandon Stark — aquele que deveria ser seu namorado, agora que Em é Nikki — faz com todos fiquem furiosos, mas ela nem pode explicar seus motivos. Pensou em chantagem? Acertou. E quem dera  a viagem/sequestro fosse o único de seus problemas...


   Quando o assunto é Meg Cabot, mesmo eu, a distópica/geek do grupo não consigo me controlar. Ainda que tendo ficado com um certo pé atrás com a diva do YA depois de “Insaciável”, tenho de confessar que eu estava louca para terminar de ler a saga de Em Watts/Nikki Howard. Sim, porque este é o terceiro livro da série, e se você ainda não leu os primeiros, aconselho a parar imediatamente e dar uma olhada em nossos outros textos.Vai continuar? Sério mesmo? Ok. É por sua conta e risco...

   Eu já havia gostado bastante dos livros anteriores “Cabeça de Vento” e “Sendo Nikki”, por isso minha expectativa estava altíssima com “Na passarela”. Mas advinha? Não me decepcionei. A história da nerd que teve o cérebro transplantado para o corpo de uma modelo me ganhou completamente, ainda que, devo confessar, a Em tenha me irritado um pouquinho no começo. Mas nada que o fofo/nerd do Christopher a história não me fizesse esquecer.

   Seria injustiça relatar o que acontece durante o livro, pois assim estragaria o impacto das descobertas, mas é óbvio que no final ficamos sabendo do plano secreto do terrível mega empresário Stark (sempre me lembrava do Robert Downey Jr.). E a revelação não se dá daquela forma clichê vilão-conta-a-mocinha-seu-plano-antes-de-tentar-matá-la-no-final. Não, foi através de uma apresentação de Power Point e vídeo conferência! Tudo bem, aposto que você deve ter saltado da cadeira agora e gritado Dafuck.... ! Mas vai por mim, é chocante e ao mesmo tempo angustiante a cena.

   E a forma como Christopher e seu primo “salvam o dia” pode ter parecido aos olhares de alguns um tanto fantasiosa, mas sinceramente não é.

   “Ah, Chris. Vai dizer então que qualquer um pode entrar no site de uma empresa e ver todo o seu banco de dados?” perguntaria você, leitor (a) cético(a).

   E eu responderia: Ok. Não qualquer um. Mas a proteção virtual de muitas empresas é absurdamente falha, e basta um bom hacker/craker de apenas 13 anos no seu laptopzinho do Ben10 para botar um império abaixo, roubar dados, e ainda escrever na homepage da empresa: “Fulano esteve aqui. Beijo, mãe!” Portanto, ok, Meg. Você fez sua pesquisa direitinho.

   No entanto, o que mais me deixou feliz foi o fato da nossa autora magnânima ter encontrado um espaçinho em um livro tão dinâmico, para questionar de forma crítica os padrões atuais de beleza. E isso sem cair no politicamente cof cof chato cof cof correto, e de forma bem sincera e realista. Afinal, é bom se ouvir que é bonita? Claro que é! Mas quem define o que é bonito ou não? A indústria da beleza? A moda? Os filmes? O capitalismo? E o que é a ideia de beleza senão uma abstração temporal?

   Quanto ao alívio cômico proporcionado pelo Félix, o primo nerd meio tarado do Christopher,   pela Lulu Collins, a amiga maluquinha de Nikki/Em, só posso dizer que era o tempero que faltava a esse chick-lit com pitada de sci-fi. A única coisa mesmo que me incomodou foi a mudança de vilão mimado para babaca bêbado que o Brandon Stark se transformou do livro 2 para o 3. Fora isso, 500 pontos para Corvinal (desculpe, aqui é Ravenclaw pride!) pelo Christopher e suas jaquetas de couro no estilo bad-boy-sou-quase-vilão, e para a Em por sua coragem mostrando que a mulher é o verdadeiro sexo forte.

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2 comentários:

  1. O Chris é tudo de bom <3 E eu adorei o irmão da Nikki *-* Cara, eu até gostei da Em ._. Senti um pouco de pena da Nikki, mas... Bem... Não tanto. E Lulu <3 Que orgulho compartilhar com ela um apelido meu, achei ela da hora <3 A Meg fez uma boa trilogia :)

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  2. Eu quero ler esse livro!

    bjoos

    colecionndo-livros.blogspot.com

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