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domingo, 12 de maio de 2013

[INDICAMOS] A Hospedeira


Título Original: The Host
Direção: Andrew Niccol
Roteiro: Andrew Niccol, Stephenie Meyer
Duração: 125 minutos
Ano: 2013

Baseado no romance homônimo de Stephenie Meyer, A Hospedeira conta a história de Melanie Stryder e Wanderer, duas almas que passam a habitar o mesmo corpo após uma invasão alienígena na Terra.
Eu sei. Parece totalmente maluco e completamente diferente do estilo da Sra Meyer, né? Mas A Hospedeira pode surpreender você!

Imaginem a Terra no futuro. Estamos acabando com os nossos recursos naturais, destruindo nosso lar e a nós mesmos. Somos perigosos pra nossa própria sobrevivência. E então, uma raça alienígena chega e começa a tomar nossos corpos. Parece horrível, né?
Na verdade, em teoria, esses caras não querem nosso mal. Eles são espécies que necessitam dessa relação meio"parasita" pra sobreviver, pois seus corpos são muito frágeis e pequenos. Uma vez implantados num ser humano, assumem total controle sobre nosso corpo, suprimindo nossa consciência. E eles não são de todo ruins. Tem tecnologia avançada, uma veia forte para a honestidade e um jeito bonito de viver em harmoniza com a natureza.
Quando Wanderer (que, em português, virou Peregrina mas eu não gosto dessa tradução então vou falar Wanderer mesmo) chega na Terra, traz consigo a experiência de já ter vivido muitas vidas em muitos planetas. Mas logo que sua nova vida começa na Terra, ela percebe que as coisas não serão fáceis aqui por um simples motivo: ela não suprimiu a consciência de sua hospedeira, e ela está lutando.
Logo, ela descobre que Melanie Stryder, a garota cujo corpo ela agora habita, era parte de um grupo de humanos resistentes, que agora se esconde dos invasores, lutando pela própria sobrevivência. Não satisfeita em não ter se permitido sucumbir, Melanie agora inunda Wanderer com imagens, memórias e sentimentos daqueles que ela conhece e ama - Jamie, seu irmão mais novo, e Jared, seu grande amor.
São essas memórias que farão com que Wanderer se sensibilize com sua causa, e as duas acabam fugindo dos outros invasores, em busca do agrupamento da resistência. Quando enfim os encontra - ou melhor, é encontrada - Wanderer, obviamente, não é bem recebida, mas sua conexão com Jamie e com o dono do esconderijo - seu tio Jeb - garantem sua sobrevivência.
Aos poucos, Wanderer vai ganhando a confiança daqueles que a cercam, e vai mudando de lado, cada vez mais favorável à sobrevivência dos humanos e da expulsão de sua própria espécie daquele mundo. Mais do que tudo, ela luta pela sobrevivência de Melanie; mesmo que isso signifique sacrificar a si mesma.
A Hospedeira tem uma história muuuito mais comprida do que eu sinto que consegui contar aqui. Acabei até omitindo detalhes importantes dessa "pequena" sinopse, pra não entregar absolutamente tudo que a história tem pra contar. Sabe aqueles livros/filmes com tanta informação que, quando chega ao fim, parece que você viveu uma vida fora da sua? É mais ou menos isso.
Eu li o livro logo após seu lançamento em 2009, e, embora ansiosa, eu não tinha grandes expectativas para o filme. O lance é que A Hospedeira é um livro extremamente introspectivo e detalhista, em extremos que o cinema encontra desafios pra traduzir. Quem já leu, sabe a quantidade de passagens enormes e hiperdetalhadas que o livro tem. E, se por um lado é bacana que nem todas elas estejam no filme - porque ia realmente ficar um saco assistir 200 horas de paisagens sem nada acontecendo - por outro, algumas fizeram falta; em especial, gostaria de ver na tela vários dos planetas citados pela Wanderer em que ela já viveu. São detalhes que fazem a gente se apegar ao personagem e que, no filme, foram transformados em diálogos curtos e rápidos, que não surtem o mesmo efeito.
Tem também o lance de que Melanie e Wanderer são duas consciências vivendo num único corpo, e que, muitas e muitas vezes ao longo da narrativa, conversam entre si por pensamento. Antes de assistir, fiquei o tempo todo me perguntando como isso seria trabalhado no filme, já que mais da metade dos diálogos da primeira parte da história se dá exclusivamente em pensamento. Como separar duas vozes de uma mesma pessoa? A solução encontrada - que, embora compreensível, eu particularmente não gostei - foi deixar Melanie no pensamento e Wanderer aos sussurros. A introspecção virou quase uma esquizofrenia na tela, mas ok. De outro modo, acredito eu, dificilmente poderia ser feito.
A Hospedeira me ganhou nas páginas por seus personagens bem delineados, pela sua narrativa adulta e pelas longas páginas detalhistas e reflexivas; na telona, me ganhou por um dedicado respeito ao livro, um trabalho muito bom de direção de arte e efeitos visuais e por um elenco que estava em sincronia com os seus personagens. Embora eu não tenha gostado especialmente de um ou outro, tive aquela percepção de que eles sabiam o que estavam fazendo, que entendiam os seus personagens. Mais do que atuar numa história, eles faziam parte dela, e se envolveram com aquele universo e com o pensamento de cada um. E isso por si só já é muito válido.
Por fim, as duas dicas de hoje: livro e filme de A Hospedeira. Vejam o filme primeiro, pra minimizar as possibilidades de "oh meu deus, destruíram a história". Garanto que você não vai se arrepender ;)

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6 comentários:

  1. Não li o livro, então acho que não terei muitas críticas em relação ao filme não ser fiel ao livro. A história parece bem bacana e eu adoro a Saoirse Ronan, portanto estou louca pra assistir.

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  2. Eu li o livro ja faz um tempinho e por mais que teve essas cenas muito descritivas foi uma leitura bem legal...estou louca para assistir o filme..principalmente para ver o final que ficou gravado em minha mente e queria ver muito ele representado em um filme!
    bjãooo
    sonhos-perdiidos.blogspot.com.br/

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  3. Oie =)

    Confesso que tenho uma certa birra com a tia Meyer então até hoje não me interessei muito para ler A Hospedeira, mesmo todo mundo me dizendo que não tem nada haver com Twiligth rs...

    Que sabe um dia eu assista ao filme, se eu gostar posso me arriscar a ler o livro.

    bjus;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary

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  4. Oi
    Li o livro e assisti o filme e super recomendo também. Eu adoro mesmo, apesar de achar que o filme deixou um pouco a desejar em alguns quesitos vale apena assistir, mas de preferência depois que ler o livro.

    http://soubibliofila.blogspot.com.br/

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  5. Olá Larissa!!!

    Então... eu li este livro assim que ele foi lançado, e foi no BUM de Crepúsculo. Na época eu achei a narrativa lenta, mas não desaprovei o livro, porém ainda não vi o filme, então eu acho que não terei esta reação, por lembrar muito pouco do enredo, somente o foco principal da trama. Ainda pretendo assistir.

    Beijos!
    www.tesouroliterario.com

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  6. Okay, acabei de assistir o filme e me senti na obrigação de voltar aqui e dizer que é ótimo! Amei o filme, pretendo ler o livro agora. o/

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