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terça-feira, 9 de julho de 2013

[AUTOR CONVIDADO] O Sabor do Amor

A autora catarinense Vanessa Gramkow resolveu tirar seu talento da gaveta e investir na publicação independente. Através da loja virtual da Amazon, Vanessa lançou seu primeiro livro, O Sabor do Amor.
E como a gente adora divulgar novos talentos pra vocês, trouxemos com exclusividade o primeiro capítulo do livro da Vanessa pra vocês! Confira agora uma palhinha desse romance irresistível...


Muito cansada por dirigir durante duas horas aquele carro antigo, mas vencedora por aguentar mais uma viagem; jogo as minhas malas no canto do apertado quarto que pelo visto não tinham mudado nada, a proprietária falou para nós que faria umas mudanças para valorizar mais o apartamento, mas pela breve olhada que dei: as rachaduras ainda estavam lá; nem uma pintura nova ela mandou fazer. Estava igual ao último ano que nós viemos, igual não, um pouco mais acabado, mas não podia me apegar aos detalhes, depois eu cobrava isso dela, estava feliz por poder passar mais alguns dias de férias na praia. Me jogo na cama, exausta, e sem ao menos ter conseguido dar um suspiro de alívio, escuto Juliana gritando comigo.
– Levanta dessa cama, vamos a praia depressa, garota! – e abre uma de suas malas e joga as roupas dela em cima de mim, e continua a falar – Achei! Hoje eu vou com esse biquíni rosa, pois como toda gata loira é, fico linda de rosa. – e já foi tirando a roupa e vestindo o biquíni.
Essa era a minha querida amiga Juliana, que como sempre, não perdia tempo e nem ao menos se importou de perguntar se eu queria ir. Será que ela não estava vendo que eu estava muito cansada, aquele meu carro não é um modelo hidráulico e com aquele volante pequeno, tenho que fazer muito esforço, sem falar na atenção que tenho que ter na estrada? É maravilhoso ter a liberdade de dirigir, mas o gasto psicológico da atenção no trânsito é bem mais do que o físico brevemente falando. Meu avô tinha razão quando dizia que temos que cuidar muito mais dos outros do que da gente quando dirigimos, e ele estava certo, eu vi cada barbeiragem no caminho, e nem era mulher que estava dirigindo, e Juliana não viu nada disso, e nem me ajudou a prestar atenção na rodovia, pois ela estava muito descansada, dormiu quase a viagem toda, e ela agora quer é aproveitar.
- Eu não acredito que você já quer ir a praia! Acabamos de chegar. Eu estou cansada e temos que arrumar nossas coisas. – e tiro as roupas dela em cima de mim e continuo a falar – e fazer compras, pois não temos nenhuma comida, e nem a sua mãe, nem a minha vó para fazer isso para nós!
-Depois vamos fazer isso, relaxa amiga, estamos de férias. É tempo de nos divertir. Sozinhas, sem compromisso nenhum. Vamos curtir! – e me puxou fora da cama.
Juliana estava certa, durante todo o ano, nossas vidas eram muito rotineiras, tínhamos dias muitos difíceis e estressantes e agora tínhamos é mais que aproveitar, sem nos importamos com hora; compromisso e organização. Respirei fundo e fiz minha cabeça dizer para o meu corpo esquecer que estava cansado; puxei minha mala perto de mim; peguei o primeiro biquíni que vi, o vesti e fomos a praia.
Juliana era minha melhor amiga, a amava muito, mas o ritmo dela era muito acelerado. Completamente diferente de mim, eu era uma pessoa mais calma, e organizada. Ela fazia tudo ligeiro, pois não gostava de perder tempo, por causa disso, muitas vezes, entrava em cada fria, e me levava junto, mas no fim sempre dava tudo certo, pois eu a freava em alguns momentos, e ela me dava aquele empurrão em outros. Era uma amizade em que uma preenchia os defeitos e qualidades na outra. Ela é louca, chata, irritante, mas será sempre minha melhor amiga.
Há três anos, quando tirei a minha carteira de motorista, minha querida vó emprestava o carro de meu falecido avô; alugávamos o mesmo kitinete na praia brava em Itajaí (SC) e aproveitávamos a nossa semana de férias. Era uma semana em que eu e minha amiga Juliana tínhamos um tempo de esquecer quem na verdade nós éramos e fingir quem nós queríamos ser; não tínhamos que trabalhar, nem pensar em contas, muito menos em obedecer, éramos apenas Ju e eu, curtindo a liberdade.
No primeiro ano que fomos sozinhas, os pais de Ju e minha vó estavam preocupados, mas deu tudo certo e acabamos ganhando a confiança deles, e como não éramos adolescentes muito complicadas, confiavam na gente e deram essa brecha de liberdade, pois afinal das contas não era qualquer pai que deixava duas moças passarem uma semana inteira sozinhas em outra cidade, mas também não éramos mais tão adolescentes e maluquinhas assim, e eles também não eram tão burros assim, confiavam em nós duas, mas se algo acontecesse de estranho tinham uma pessoa que ficava um pouco de olho em nós duas, a tia Ana, a famosa tia Ana do caldo de cana.
Adorávamos o Caldo de Cana da Tia Ana! Ela era umas das amigas que fizemos nesse período que sempre passávamos nessa praia, e era ela que dizia de verdade como estava nosso comportamento, aqui na praia, para a nossa família. Ela era uma mulher batalhadora que cuidava e sustentava sozinha os quatro filhos, pois o marido pescador já tinha falecido. A família toda era super legal.
E então, fui aproveitar o nosso primeiro dia de praia com minha amiga, e passamos o restinho da tarde tomando sol na praia, eu e Juliana adorávamos ficar esticadas na toalha na areia da praia jogando conversa fora e olhando as pessoas caminharem, quer dizer olhando os gatos passarem. Eu até que gostava de tomar banho de mar, mas Juliana não entrava na água de jeito nenhum e fui também deixando esse hábito, de tomar banho de mar, de lado e acompanhando ela na toalha pegando sol, apreciando o movimento dos gatos; mas hoje o dia estava fraco de gatos, e ficamos esticadas na toalha, escutando aquele som maravilhoso das ondas se estourando e curtimos o sol para marcar um pouco mais nosso bronzeado, agora natural e não artificial, como fizemos nos últimos meses. E quando o pôr do sol chegou, fomos até a barraca de caldo de cana, matar a nossa sede e chegando lá, a filha mais velha dela nos reconhecendo falou com a mãe.
-Mãe, prepara aquele caldo gelado, que as meninas estão de volta pra agitar essa praia! – e Carol veio nos abraçar:
Olhei para ela e nem acreditei que aquela menina já tinha se tornado uma moça, só passou um ano que não nos víamos, e com apenas 13 anos já estava maior que eu e falei para ela:
- Tua mãe dá fermento para você? – perguntei levantando meus pés para ficar na altura dela, e depois a dei um abraço forte.
- É você que é baixinha! Saudade de vocês! – falou Carol.
Carol era uma menina querida, vivendo aquela difícil fase de pré-adolescência, que queria muito sair para se divertir, mas tinha que ajudar a mãe a criar os irmãos, pois a vida deles não era muito fácil, mas apesar de todos os anos que a conhecemos, sempre presenciamos muitas brigas das duas, mas Carol amava a família e depois pedia perdão à mãe pelas ofensas e a ajudava. E veio tia Ana já servir o caldo para nós e pergunta:
- Ainda estão solteiras? Quando vão sossegar esse tempo de festa e arranjar um homem pra casar? – em seguida ela piscou e deu um abraço em nós duas.
-Eu não consegui ainda arranjar um homem com uma mina de ouro e Manu ainda não conheceu o príncipe dela, então temos que vir aqui para essa praia e aproveitar as baladas para conhecer gatões para apagar nosso fogo – Respondeu Ju.
Tia Ana começou a rir e falou:
-Você não muda, Ju! Mas Manu, você este ano também está com esse fogo todo fervendo aí? Tua vó falou que está mesmo na hora de arrumar um namorado!
Eu ri do comentário da tia Ana e me babei toda tomando o caldo de cana, realmente minha vó nos últimos tempos insistia muito em eu arranjar um namorado, mas não sei se estava preparada para namorar, ainda não tinha achado aquele cara que fizesse meu coração acelerar mais rápido, era muito nova ainda e tinha muito tempo para isso, e depois de me limpar com o guardanapo falei:
-Não é tanto fogo assim, mas até que a Ju está certa, somos tão certinha o ano inteiro e quando chega essas férias eu quero mesmo é me divertir. E se a Juliana deixar um gato pra mim, quem sabe aproveito. Mas namorado, não mesmo! A vó que está querendo que eu arranje um logo, pois não quer que eu fique sozinha, ela começou de novo com aquela história que não vai durar muito tempo! Eu já disse para aquela teimosa não se preocupar, ela vai virar semente! - e todas riram.
O que eu queria mesmo era que minha avó virasse mesmo semente, mas ultimamente ela não estava passando muito bem e isso estava me preocupando, passava muitas noites acordada com ela, pois ela não conseguia dormir, tinha muita falta de ar, mas a teimosa não ia ao médico, quando chegava o dia da consulta, ela dava um jeito de me enrolar dizendo que agora já estava melhor e me convencia a desmarcar. Na verdade eu agora tinha que procurar um bom médico, pois percebia que ela não estava muito bem, pensei até em desistir de viajar com a Juliana esse ano, para economizar e procurar um médico especialista, ela insistiu muito para eu aproveitar minhas férias, e prometeu que, assim que chegasse de volta, ela iria num bom médico, e que tiraria o dinheiro da poupança, que era pouco, ela tem umas economias e investigaríamos o que mais ela tem. E assim ela me convenceu a viajar.
-Depois vou ligar para ela, e avisar que vocês chegaram, pois ela já ligou perguntando.
-Essa é a minha vó! – falei para a Ju.
Pois eu tinha até estranhado ela ainda não ter ligado, com certeza não queria que eu soubesse que estava preocupada comigo, essa é a minha vó, preocupada e discreta. Carol veio com uma propaganda e entregou para a Juliana e falou:
-Essa boate é uma das que mais frequentadas por gatos de nível alto e essa festa de hoje vai bombar! – Ju deu um sorriso malicioso e olhou para mim, mas tia Ana já foi pedindo explicações para a filha.
-Como você está sabendo disso, filha? Não pense que já tem idade para dar suas voltinhas! – e olhou super braba para Carol.
-Calma mãe, eu escutei a conversa de umas meninas que hoje de manhã vieram aqui na barraca e deixaram esse folder aqui na mesa e eu guardei já pensando na Ju. – fala rapidamente Carol tentando se explicar.
E percebendo que o clima esquentaria, Ju agradeceu a Carol para aliviar a tensão entre mãe e filha.
- Obrigada Carol – e dá um beijo no rosto de Carol e continua a falar olhando com uma cara bem inocente para tia Ana - ela só estava pensando em ajudar, eu prometo que não vou levar ela junto, tá! – e beija agora tia Ana.
-Acho bom mesmo! – fala tia Ana, ainda super desconfiada com a filha.
Carol estava naquela idade que não é fácil para nenhum pai, a pré-adolescência. E para um casal já era complicado educar os filhos, imagina tia Ana sozinha?
Juliana levanta rapidamente, e com aquele ar de que vai aprontar, fala para mim:
-Vamos Manu, temos que começar a nossa transformação para fazer os gatões babar por nós. - e Ju entrega o dinheiro do caldo para tia Ana e já vai caminhando.
Ela não sossega mesmo, já queria me arrastar para farra, claro que eu gostava de me divertir, mas tínhamos chegado hoje e tínhamos tanta coisa para fazer ainda. E eu braba falo:
-Se esqueceu das compras? Não arrumamos nada ainda, e não temos nada para comer, como vamos passar essa semana? – e coloco a mão na cintura protestando.
-Manu, calma! Vamos aproveitar, e viver um dia de cada vez, amanhã resolvemos essa pendência, agora vamos curtir o dia de hoje e a festa! Relaxa amiga, não vai perder essa festa! – e se ajoelha na areia na minha frente, suplicando – Por favor, amiga!
-Levanta sua boba, está bem!
Tinha prometido a mim mesma que iria parar de me preocupar com o amanhã e viveria mais o hoje, para mim, era difícil ser tão maluquinha como a Ju, mas estava de férias, e chega de trabalho e horário, vou aproveitar, e sorridente falo:
-Vamos nos preparar, mais promete que não vai sair com o primeiro rapaz que vier conversar com você e me deixar sozinha na festa.
-Prometo, vou esperar o segundo. – fala Ju.
Rimos desse comentário e fomos para casa para a nossa sessão de beleza, pois como toda mulher normal: isso levava horas.

Às onze da noite, já estavam as duas prontas para ir à festa; o apartamento continuava na mesma bagunça, sem arrumarmos nada, e o nosso quarto era roupa espalhada por todo o canto, pois tanto eu quanto Ju demoramos em decidir a roupa que colocaríamos, mas depois de muitos desfiles achamos a ideal e Ju como sempre estava maravilhosa, seus cabelos loiros brilhavam, e seu vestido de um ombro só Pink era tão apertado que não sei como ela respirava, mas ressaltava todas as curvas de seu corpo, eu achava um pouco curto demais, mas ela adorava provocar os homens. Pelo menos dessa vez, ela tinha usado uma maquiagem mais leve, pois geralmente se pintava muito. Eu reparando ela se olhar no espelho falo:
- Tá, linda amiga! Tudo perfeito! – abaixo minha cabeça e termino de fechar minha sandália.
-Você também está, amiga. Venha aqui, eu vou passar melhor essa chapinha no seu cabelo que aqui atrás tem umas pontas levantadas.
Eu fui à frente dela no espelho e deixei-a alisar meu cabelo e, me olhando no espelho, vi que eu estava bonita, não provocante como Ju, mas aquele vestido tomara que caia lilás, que tinha ganhado de minha vó no natal, estava caindo muito bem em mim. Eu também tinha curvas perfeitas no meu corpo, mas gostava de ser discreta com o meu visual, e não provocante como Ju era, achava muito piriguete, mas a respeitava. E fazia o meu estilo também sensual, mas um pouco mais comportado, não tudo à mostra.
Depois que Ju terminou de arrumar meu cabelo, eu vi como ele ficou lisinho, a cor preta dele até brilhava e ela se colocou do meu lado e disse:
-Hoje a loira e a morena vão arrasar corações!
-Hoje concordo com você, amiga, estamos de arrasar! – pego a chave do meu carro e vou até à porta e falo – Vamos?
-De jeito nenhum que nós vamos com esse carro velho, eu já chamei um taxi – e vendo a minha reação de preocupação, continuou a falar - não se preocupa com a volta, nós arranjamos carona!
-Tá bom. – concordei com ela para não começarmos a discutir.
A boate em que íamos curtir a noite ficava na cidade vizinha, em Balneário Camboriú, e, para curtir a festa mais animada, provavelmente, tomaria umas bebidas, não era bom eu dirigir de volta mesmo, não que eu fosse tomar um pileque, mas não estava muito acostumada à bebidas, e meu raciocínio não seria mais o mesmo, acabei até que gostando da ideia dela de ter chamado um taxi. Mas quando o motorista falou o valor da corrida, eu tinha vontade de pular no pescoço dela, pois tivemos que deixar quase toda a nossa grana com ele, e logo quando descemos do carro já comecei a brigar com ela.
-Tu vais me deixar louca! Você viu o que acabou de fazer? – perguntei irritadíssima.
-O que? Não dei gorjeta para ele, não liga, pois só a nossa presença no taxi dele já é uma gorjeta. - respondeu Juliana rindo.
-Para de brincadeira, nós ficamos agora só com o dinheiro da entrada, não temos nenhum outro dinheiro junto, nem para bebermos, nem para ir para casa. – revirei minha bolsa e nada, só algumas moedas, e uns pedaços de torrão de amendoim que minha vó tinha me dado e eu se esquecido de tirar.
-Você é muito estressadinha! Bebidas, sempre pagam pra gente e carona, deixa comigo... E também ele nem cobrou tanto assim, para esse horário achei R$150,00 até que barato – ela me puxa para a entrada da boate e continua a falar – relaxa, amiga e vamos nos divertir, Carol tinha razão, olha só os gatos! – e foi andando.
Tentei me acalmar para não pular no pescoço e estrangular minha amiga; olhei em volta, tinha muitas pessoas na entrada e vários gatinhos, e com aquela visão maravilhosa de festa, fiquei mais calma, e falei:
-Tenho que arranjar um logo para não enlouquecer aqui perto de você!
E entramos. Realmente a boate estava cheia, e estava para perceber que o lugar era de alto nível, pois as bebidas que a galera estava tomando eram as mais caras, onde nós olhávamos víamos vários gatos e hoje eu iria me divertir.
Nem dez minutos se passaram que nós chegamos e já chamamos a atenção de uns rapazes; eles pagaram bebidas para nós, até que eram bonitinhos; os dois eram morenos, um pouco baixinhos, mas em forma. Eu fiquei conversando com um e Juliana foi dançar com o outro lá no meio da pista, e, como ela não perdia tempo, já agarrou ele e o beijou. E o que estava comigo comentou:
-Sua amiga é determinada, e você? – Começou a chegar bem perto de mim e beliscou minha bunda.
Quando eles se aproximaram de nós, eu tinha percebido que os achei um pouco convencidos e sacanas, mas preferi deixar esse pressentimento só comigo e conversar com eles para ver se o meu palpite estava certo, mas Ju já partiu para o ataque e eu fiquei ali, sozinha com o outro. E irritadíssima com a atitude dele falo:
-Sim, ela é atirada, mas tenha um pouco de respeito comigo! – e me afastei dele.
-Não me vai dizer que é virgem? – e começou a rir.
Fiquei tão irritada com o tom de deboche da voz dele que me deu vontade de dar um chute na canela dele, mas não sendo violenta, nem mal educada, tentei responder calmamente:
-Não sou mais. Isso nem é problema seu, só não acho legal já chegar assim numa garota. – e olhei para Juliana se agarrando com o rapaz, ela às vezes me envergonhava.
-E o que você acha que eu estou fazendo aqui numa boate? Eu vim aqui para transar com uma garota, mas pelo jeito você está aqui para jogar conversa fora, muito devagar para o meu gosto. Olha, vou indo!
Fiquei até que contente em escutar que ele iria embora, não estava gostando da companhia dele mesmo, mas quando sai, ele derrama o resto da bebida que ele estava tomando na minha sandália e grosso fala:
–Gastei dinheiro com essa bebida para você, mas vou jogar fora, pois não vale tanto assim. – e vai embora.
Eu tive vontade agora de pular no pescoço dele, mas no fundo sabia que não tinha coragem e respirei fundo, apenas agradeci em pensamento por ele ter ido e fui ao banheiro, para secar minha sandália. Lá, sentada no banco enxugando meus pés, olhei para o espelho e pensei “Será que meu problema é que eu sou muito devagar, e só quero conversar mesmo? Não sei mais, eu não sou como Juliana que já se entrega para qualquer um, tem que ter alguma atração, algo que deixa um arrepio. Será que estou tão errada assim?” e o meu celular vibrando me fez parar de pensar, e quando vi a mensagem fiquei mais braba ainda.
“Manu, não estou te achando, mas acho que você também se deu bem, eu estou indo para casa com o Bruninho, não vem logo, ele é muito gostoso, tchau amiga”
-Droga! – exclamei.
Levantei do banco super irritada, e como minha sandália ainda estava úmida, escorreguei e cai no chão, e no susto deixei o celular cair também e ele rachou a tela e se desligou. Mais braba ainda, levantei do chão, peguei o celular, joguei dentro da bolsa, nem podia ligar para ela para brigar com ela e ainda por cima, estava agora sozinha na boate e sem dinheiro. Claro tinha muita gente lá, mas hoje eu não estava inspirada para ficar com ninguém, estava é braba. Aquele comentário daquele rapaz dizendo que eu sou devagar, me deixou irritadíssima e olhei no espelho, respirei fundo e falei para mim mesma “Calma Manoela, calma, droga... Droga... Não é o meu dia!”

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Um comentário:

  1. Obrigada pelo carinho na postagem e pela parceria.
    A história que rola entre Manu e Luca é bem emocionante, e tem esse ar de mistério em saber qual é esse Sabor do Amor. Aguardo ansiosa a opinião de seus seguidores sobre esse primeiro capítulo.
    Espero que seja o começo de uma parceria bem agitada e uma amizade longa.
    Obrigada por tudo.
    Beijussss
    Vanessa Gramkow

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